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3.31.2012

Número de diagnósticos de autismo aumenta nos EUA


Estudo mostra que incidência cresceu em mais de 20% em dois anos; especialistas tentam entender razões

RIO - A probabilidade de uma criança receber um diagnóstico de autismo, síndrome de Asperger ou de alguma síndrome do espectro autista aumentou mais de 20% de 2006 a 2008 nos Estados Unidos, de acordo com um relatório publicado na última quinta-feira pelos Centros para Controle e Prevenção de Doenças, informa reportagem publicada pelo "New York Times" esta semana.
O novo relatório estima que, em 2008, uma criança num grupo de 88 recebia um desses diagnósticos, conhecidos como espectro dos transtornos do autismo, aos 8 anos de idade, comparado com a média de uma criança em cada 110 dois anos antes. Em 2002, esta taxa era de uma em 155.
A frequência de diagnósticos de espectro do autismo tem aumentado nas últimas décadas, mas pesquisadores não chegam a um consenso sobre se a tendência é um resultado da maior conscientização da doença, uma expansão da definição do espectro, um aumento real na incidência ou alguma combinação desses fatores. Diagnosticar a condição não é uma ciência exata. As manifestações dos distúrbios nas crianças variam muito e vão desde dificuldade em falar e limitação intelectual a dificuldade de se relacionar.
Crianças com este tipo de diagnóstico costumam receber um extenso financiamento do Estado de apoio para serviços, o que alguns especialistas acreditam que pode ter contribuído para um aumento nos números, diz o jornal americano. Médicos que trabalham para atualizar o Manual Estatístico de Diagnóstico de Doenças Mentais propuseram mudanças significativas para a definição de autismo, que devem entrar em vigor em 2013. Se as alterações forem realizadas, alguns especialistas dizem, podem reduzir o número de crianças recebendo um diagnóstico.
- Uma coisa que os dados nos dizem com certeza: há muitas crianças e famílias que precisam de ajuda - disse ao "New York Times" Thomas R. Frieden, diretor dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças.
Na última pesquisa, os meninos apresentaram cinco vezes mais probabilidade que as meninas de obter um diagnóstico deste tipo - uma taxa de um em cada 54 para eles, contra um em cada 252 para elas. O aumento aconteceu mais entre crianças hispânicas e negras, que historicamente se mostram menos propensas a receber um diagnóstico do espectro do autismo do que crianças brancas.


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