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4.11.2012

CONFERÊNCIA RIO + 20 BRASIL: Documento de Contribuição Brasileira à Conferência Rio+20 (versão em português)

NOTÍCIAS

» 10 de abr. 2012 – Centro Educativo
» 03 de abr. 2012 – Mineração responsável em países 
meagadiversos  de gestão ambiental estratégica
» 03 de abr. 2012 – Seminário estratégico de Bangkok para o 
estabelecimento da rede de ONG da Ásia em ESD (ANNE)
» 02 de abr. 2012 – Ban diz ser preciso um novo paradigma 
econômico, incluindo progresso social e ambiental.
» 01 de abr. 2012 – Promover apoio ao Reino Unido 
na Rio+20, por meio de processos tomada de decisão local
» 31 de mar. 2012 – Educação para Desenvolvimento 
Sustentável promove sociedades verdes- UNESCO
painel em Nova York » 31 de mar. 2012 – MEDELLIN-RIO 
(SUSTENTABILIDADE NO CONTEXTO DA MUDANÇA
CLIMÁTICA NO DESAFIO DE DESENVOLVIMENTO
ATUAL NA CIDADE –região)
» 30 de mar. 2012 – Mobilidade Sustentável no 
caminho para Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável
» 30 de mar. 2012 – Por que o Rio+20 é tão necessário ? 
Uma entrevista com Brice Lalonde

TEMAS E QUESTÕES CRÍTICAS


Desenvolvimento sustentável enfatiza uma abordagem holística, eqüitativa e clarividente à tomada de decisões em todos os níveis.
Não enfatiza apenas a forte performance econômica, mas equidade intrageracional e intergeracional
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Download this file (BRASIL_Rio_20_portugues.pdf)Documento de Contribuição Brasileira à Conferência 
Rio+20 (versão em português)

A Rio+20 é uma oportunidade de identificação 
de soluções de longo prazo para os desafios 
do momento. O Desenvolvimento Sustentável 
envolve três áreas que enfrentam graves crises 
nos últimos anos: a econômica, pela crise 
financeira que assola os países desenvolvidos e
desafia o crescimento do mundo em 
desenvolvimento; a social, em que a estabilidade
 dos empregos e o acesso aos bens mais básicos 
ainda não é assegurado a grande parte da 
população mundial; e,
por fim, a crise do meio ambiente, pelas pressões 
sobre os recursos naturais e as conseqüências 
da mudança do clima.
Para enfrentar de forma coerente e coordenada 
essas crises, será necessária a ação dos mais 
diversos atores. Os governos nacionais têm 
papel-chave nesse processo. E os governos 
locais, principalmente das cidades, serão, 
por sua parte, fundamentais. O contínuo 
empoderamento da sociedade civil – por 
intermédio dos movimentos sociais, dos 
trabalhadores, dos empresários, da academia, 
das organizações não-governamentais 
– também é essencial. Não se pode subestimar, 
igualmente, o papel dos indivíduos, sobretudo 
por poderem exercer a liberdade de escolha 
que lhes dá grande poder na evolução do 
desenvolvimento sustentável. Todos esses 
atores deverão estar cada vez mais conscientes 
da importância da visão de longo prazo, 
uma vez que muitas das respostas que 
vêm sendo favorecidas no enfrentamento 
dessas crises concentram-se em ações de 
curto e médioprazo. O desafio de encontrar 
respostas para o longo prazo deve refletir-se 
particularmente nas discussões multilaterais. 
Enquanto grupos como o G-20 reúnem-se 
anualmente para buscar soluções 
necessariamente urgentes, na medida em 
que evoluem as crises, 
a Rio+20 – que faz parte de um conjunto de 
conferências que só se realizam a cada dez ou 
vinte anos –, diferentemente, deve-se concentrar 
em soluções projetadas no futuro.
O Brasil espera da Rio+20 uma série de 
conclusões que contribuam para que o 
Desenvolvimento Sustentável se fortaleça 
como paradigma para todos os atores relevantes 
nas áreas econômica, social e ambiental. 
O equilíbrio entre os três pilares do 
desenvolvimento sustentável
poderá ser fortalecido na Conferência 
com resultados concretos nas seguintes 
dimensões:
1) No nível de ações nacionais e locais, 
a elaboração de estratégias de desenvolvimento 
sustentável formuladas pelos próprios países, 
regiões e municípios, concebidas em função das 
especificidades nacionais e locais, com a clara 
identificação do que deve e pode ser feito;
2) No nível multilateral, avanços significativos 
no fortalecimento do desenvolvimento 
sustentável do ponto de vista da ação, da 
governança e da informação, por meio de:
a) Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, 
que determinarão as áreas nas quais se devem 
concentrar os esforços nacionais e a cooperação 
internacional com vistas ao desenvolvimento 
sustentável, levando-se em consideração a 
equidade entre as nações;
b) Estrutura de governança, que assegure 
que o conceito de desenvolvimento sustentável 
seja devidamente considerado como paradigma 
por todas as organizações e agências 
especializadas do sistema das Nações Unidas, 
incluindo o Banco Mundial, o FMI e a OMC. 
Essa estrutura poderá promover a preparação 
de relatórios integrados do já amplo 
conhecimento setorial (energia, finanças, 
população, meio ambiente, agricultura, 
entre outros), melhorando a interpretação 
dos nexos entre os diferentes setores e 
possibilitando ações coerentes nas áreas 
econômica, social e ambiental.

Com decisões que assegurem o tratamento 
adequado do Desenvolvimento Sustentável 
no plano das estratégias nacionais e locais, 
de objetivos e de governança multilateral, 
com a significativa compreensão acerca da 
inter-relação entre os diferentes setores, 
a Rio+20 poderá ir
além da universalização dos princípios da Rio 92
 – poderá contribuir para consolidar o 
Desenvolvimento Sustentável como 
resposta de longo prazo para o enfrentamento 
das crises econômica, social e ambiental.



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