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4.10.2012

Laqueadura sem corte

Método em teste no Brasil garante esterilização irreversível sem a necessidade de cirurgia e é feito em somente cinco minutos

Monique Oliveira

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"Passei muito mal quando engravidei.
Não quero sofrer novamente"

Viviane Brito, portadora de doença cardíaca
grave, que se submeteu à técnica
Um procedimento de esterilização feito sem cortes e em apenas cinco minutos está em teste no Brasil. Concebido como uma alternativa à cirurgia de laqueadura, o método é uma opção para portadoras de doenças cardíacas graves, para quem tanto a cirurgia quanto a gravidez sobrecarregariam o coração. Elas também não podem tomar anticoncepcionais (os hormônios desses remédios representam risco para elas).

A técnica consiste na colocação, pela vagina, de um aparelho feito de titânio e níquel – chamado Essure – projetado para ser introduzido nas trompas. Após três dias, forma-se uma fibrose, espécie de reação de rejeição ao corpo estranho presente na trompa. Ela acaba funcionando como um obstáculo que impede o óvulo de alcançar o local onde se encontraria com o espermatozoide.

O implante está em testes em hospitais públicos de referência em saúde da mulher do Rio de Janeiro e de São Paulo (em algumas instituições particulares do País, já está disponível). “A eficácia da esterilização é de 90%”, explica Paulo Olmos, chefe do serviço de Reprodução Humana do Hospital Brigadeiro, em São Paulo. E também é irreversível. “A mulher só poderá engravidar por meio de fertilização in vitro (junção de óvulo e espermatozoide em laboratório)”, explica o ginecologista Luciano Gibran, do Hospital Pérola Byington, em São Paulo.

A vendedora paulistana Viviane Brito, 24 anos, submeteu-se ao procedimento. Ela nasceu com uma cardiopatia que impede o sangue bombeado do coração de chegar aos pulmões. Casada há um ano, Viviane engravidou acidentalmente, mas teve de interromper a gestação para que seu coração não fosse sobrecarregado. “Passei muito mal”, conta. “Não quero sofrer novamente.”

Os especialistas acreditam que o método tem bom potencial para ser usado em programas de planejamento familiar. “Sua adoção diminuiria a fila de espera para a laqueadura”, diz o médico Olmos. A Conceptus, fabricante do aparelho, já está em negociação com o governo brasileiro. “Estamos conversando sobre a possibilidade de ampliar os testes em outras instituições públicas”, disse Spencer Roeck, presidente da companhia.
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Carola

EM 09/04/2012 17:29:57
Que maravilha o SUS deveria fazer isso rapidinho nessa mulherada que tem filhos que nem rato e não tem competência nem capacidade de criar nem um !

Carla

Pois a retirada dos ovários deixaria a mulher menos feminina, pois esse órgão é responsável pelos hormônios sexuais da mulher. A solução é a seguinte: retirar TODOS os óvulos da mulher, um por um, ou então por um "aspirador" e jogá-los fora. Essa é a ÚNICA solução PERFEITA.

Carla

Enquanto houver ovulação, não há método anticoncepcional ALGUM que realmente impedirá uma gravidez! Não estou falando de retirar o útero (histerctomia), pois ainda assim pode ocorrer gravidez ectópica (nas trompas), tampouco estou falando de retirar os ovários. Continua acima.

Romeo

Por que a ONU não impõe esse método para paises pobres, em que a população sobrevive, não seria direitos humanos? Ou ela só serve para paises ricos? Etá mundo Imundo!

Criska

Sou super a favor..tanto em homens quanto em mulheres... tenho 28 anos, casada e 1 filho.. não pretendo em hipostese alguma ter outro. Pois nas condições que o mundo está dar educação e criar uma pessoa de bem é complicada com 1 imagina 2, 3.. efim..

O QUE É LAQUADURA:

Laqueadura

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Laqueadura
Informações gerais
Tipo Esterilização
Primeiro uso 1930
Taxas de falha (por ano)
Uso perfeito 0.5%
Uso típico 0.5%
Uso
Duração do efeito Permanente
Reversibilidade 80 a 100% dos casos
Lembretes aos usuários Nenhum
Revisões clínicas Nenhum
Vantagens
Benefícios Contracepção permanente
Desvantagens
Proteção contra DSTs Não
Ganho de peso Não
Riscos Menos que 1%
Laqueadura ou ligadura de tubas uterinas (trompas de Falópio) consiste no método de esterilização feminina caracterizado pelo corte e/ou ligamento cirúrgico das tubas uterinas, que fazem o caminho dos ovários até o útero. Assim, as tubas uterinas impedem a passagem do óvulo e os espermatozóides não o encontram, não havendo fecundação, ou seja, impossibilitando a gravidez da mulher. É um procedimento seguro que pode ser feito de várias maneiras, sendo necessária internação e anestesia geral ou regional. Existem cerca de dez técnicas para a laqueadura: pode-se colocar anéis de plástico, queimar e cortar as tubas uterinas, clipes de titânio, fazer com fio de sutura etc. Também existem alguns dos possíveis problemas que podem ocorrer durante o procedimento, como o médico dar um nó muito forte ou atingir as artérias; quando cortar as tubas pode prejudicar a circulação do ovário e suas funções. Segundo o ginecologista Malcolm Montgomery isso pode, em casos extremos, causar menopausa precoce.[1]
Após a operação, o risco de gravidez da mulher é de menos de 1%.[2] O uso de métodos contraceptivos torna-se obsoleto. Porém, uma laqueadura não impede a mulher de contrair DSTs.

Reversão

A decisão de realizar a cirurgia deve ser tomada com ponderação e cautela, visto que a mulher está sujeita a danos psicológicos e muitas chegam a se arrepender de tê-la feito. Segundo alguns dados, cerca de 60% das pacientes que querem fazer reversão é porque mudaram de parceiro, os outros motivos principais são a perda dos filhos ou mudança nas condições financeiras.[3]
A laqueadura é reversível em aproximadamente 80% dos casos, atingindo quase 100% quando feita por anéis.

No Brasil

No Brasil, a cirurgia está regulamentada pela Lei 9.263 (Lei Sobre Planejamento Familiar), de 1996 (art.226 da Constituição Federal).[4] Segundo a Lei, para ser submetida à laqueadura, a mulher precisa ter mais de 25 anos ou dois filhos. Além disso, ela também precisa de uma reunião de planejamento familiar e entrevista com assistente social. A cirurgia também não pode ser feita logo após o parto ou a cesárea, a não ser que a mulher tenha algum problema grave de saúde ou tenha feito várias cesarianas.[5]

Ver também

Notas

  POR ISTO É

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