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5.04.2012

Banco do Brasil corta novamente juros para pessoa física

Finanças Pessoais

Taxa de cheque especial cai para menos da metade, enquanto encargos de crédito pessoal ficam 32% mais baratos

Decisão já havia sido adiantada na quarta-feira, quando o BB divulgou lucro menor Decisão já havia sido adiantada na quarta-feira, quando o BB divulgou lucro menor (Ricardo Moraes)
O Banco do Brasil (BB) reduziu novamente os juros para financiamentos de pessoas físicas, conforme anunciou a instituição nesta sexta-feira. O destaque foi nas linhas de crédito do cheque especial e crédito pessoal.
Para os clientes que tenham conta salário no BB e aderirem ao programa "Bom pra todos" do governo, a taxa de cheque especial cai de até 8,31% para uma taxa única de 3,94% ao mês - menos da metade. Já a linha para crédito pessoal automática, ficará no teto de 3,94% ao mês ante 5,79% atualmente (32% menores).
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As medidas já haviam sido adiantadas pelo banco na quarta-feira, quando divulgou seus resultados trimestrais. Nos primeiros três meses do ano, o BB lucrou 2,5 bilhões de reais, aproximadamente 14,7% menos do que no mesmo período de 2011.
O anúncio foi feito pelo vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, Alexandre Corrêa Abreu. Ele destaca que houve forte aumento dos desembolsos desde que o BB cortou os juros. De 12 a 30 de abril, houve alta de 156% na liberação de recursos, comparando esse período a março, quando não havia redução nas taxas. A liberação diária de empréstimos chegou a ultrapassar 40 milhões de reais.
Hoje, além do corte de juros, o BB anunciou também uma nova linha para pessoas que não recebem salário pelo banco, com garantia de imóvel próprio, que tem juros 1,52% a 1,60% ao mês e prazo de 180 meses. Quem não tiver imóvel próprio, pode dar o veículo como garantia, mas as condições são diferentes (prazo de até 58 meses e juros médios de 1,58%).
Nesta semana, a presidente Dilma Rousseff apertou o tom com os bancos. No Dia do Trabalho, ela falou em cadeia nacional de televisão e rádio que a economia brasileira só será plenamente competitiva quando as alíquotas ao produtor e ao consumidor caírem próximas às praticadas no exterior.
Portabilidade - O vice-presidente de Negócios de Varejo do BB disse que a instituição quer facilitar a transferência de dívidas de financiamento de veículos para o banco, a chamada portabilidade do crédito. "Observamos quantidade enorme de clientes que tinham feito dívida em outras instituições financeiras e estavam interessados em mudá-la para o BB, que reduziu as taxas e passou a ter juros menores", disse Abreu.

A portabilidade, segundo o executivo, não estava funcionando bem até agora, apesar do interesse das pessoas físicas. Por isso, o BB fez mudanças em sistemas e processos para facilitar a transferência de dívida.

Com a mudança, o BB é que vai liquidar a dívida do cliente no outro banco. Depois, recalcula as condições do empréstimo para o tomador já com as taxas menores, de acordo com o executivo. A taxa mínima para o financiamento de veículos do BB é de 0,95%, ante 0,99% dos bancos privados.

Os interessados em trazer o financiamento de veículos para o BB precisam atualizar os cadastros, para saber seu limite de crédito e pedir a transferência da dívida. O BB cuida dessas mudanças, que até agora ficavam a cargo do próprio cliente e, por isso, a portabilidade era complicada e burocrática, de acordo com os executivos.
Outros bancos - Além do BB, a Caixa Econômica Federal também já fez vários cortes nos juros. Os bancos privados - Itaú, Bradesco e Santander - fizeram uma redução seguindo os movimentos das instituições públicas e dizem estar avaliando novas mudanças.
(Com Agência Estado e Reuters)

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