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5.25.2012

Contraceptivo não hormonal masculino


Gene ligado ao esperma abre caminho para anticoncepcional masculino

Estudo mostrou que regular esse gene pode levar ao amadurecimento total dos espermatozoides e, consequentemente, da perda de seu efeito reprodutivo

Regulação de gene pode ser chave para criação de contraceptivo não hormonal para homens Regulação de gene pode ser chave para criação de contraceptivo não hormonal para homens (Thinkstock)
O descobrimento de um gene ligado ao amadurecimento dos espermatozoides nos homens abre as portas para a criação de um anticoncepcional masculino de tipo não hormonal, segundo indica um estudo publicado nesta quinta-feira na revista PLoS Genetics. O estudo, que foi feito na universidade escocesa de Edimburgo, demonstrou que o gene chamado Katnal 1 é chave para permitir que os espermatozoides percam o efeito reprodutivo nos testículos.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: KATNAL1 Regulation of Sertoli Cell Microtubule Dynamics Is Essential for Spermiogenesis and Male Fertility

Onde foi divulgada: revista PLos Genetics

Quem fez: Lee Smith, Laura Milne, Nancy Nelson, Sharon Eddie, Pamela Brown, Nina Atanassova, Moira O'Bryan, Liza O'Donnell, Danielle Rhodes, Sara Wells, Diane Napper, Patrick Nolan, Zuzanna Lalanne, Michael Cheeseman e Josephine Peters

Instituição: Universidade de Edimburgo, Escócia

Resultado: Regular o gene Katnal 1, que está ligado ao amadurecimento dos espermatozoides, pode fazer com que o esperma amadureça e perca seu efeito reprodutivo. Ratos que tiveram esse gene eliminado ficaram inférteis
Segundo os analistas, se eles conseguirem controlar a função do gene, seria possível desenvolver um novo tipo de contraceptivo masculino que, ao contrário dos hormonais, que são baseados na supressão da testosterona, não teria efeitos secundários como irritabilidade, acne ou mudanças de humor. Os cientistas acreditam que regular o efeito do Katnal 1 nos testículos poderia prevenir que o esperma amadurecesse completamente, o que atuaria como um anticoncepcional natural ao eliminar seu efeito reprodutivo.
Segundo a pesquisadora, Lee Smith, especialista em genética endócrina do centro de saúde reprodutiva da Universidade de Edimburgo, a vantagem de um método como esse seriam seus efeitos reversíveis, já que o gene "só afeta as células em seus estádios de desenvolvimento tardios", por isso a capacidade do homem em produzir esperma não seria afetada.
A pesquisa sobre o Katnal 1 também poderia ter outras aplicações, como contribuir para encontrar tratamentos contra a infertilidade quando esta ela está relacionada com uma disfunção do gene.
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(Com agência EFE)

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