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5.17.2012

Greve de professores começa nesta quinta-feira nas universidades federais

Instituições pararam no Amazonas, Espírito Santo, Pará, Paraíba e Paraná.
No DF, professores podem aderir à greve a partir da terça-feira (22).

Do G1, em São Paulo*
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Professores de diversas universidades federais iniciaram nesta quinta-feira (17) uma greve por tempo indeterminado, segundo a Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes). A entidade afirmou que a paralisação pode atingir pelo menos dez universidades em nove estados. Na manhã desta quinta-feira, instituições do Amazonas, Espírito Santo, Pará, Paraíba e Paraná tiveram aulas comprometidas. No Distrito Federal, uma assembleia marcada para a sexta-feira (18) pode decidir pela adesão à greve a partir da terça-feira (22).
Ainda de acordo com a Andes, alguns institutos federais podem iniciar uma paralisação a partir da segunda-feira (21).
A categoria pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese (atualmente calculado em R$ 2.329,35), e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.
Na quarta-feira (16), o Ministério da Educação afirmou que não comentaria o anúncio de greve.
Professores se mobilizam pelo indicativo de greve (Foto: Divulgação )Assembleia de docentes no AM (Foto: Divulgação )
Amazonas
Professores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) anunciaram na terça-feira (15) que entrariam em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta. O presidente da Associação dos Docentes da Ufam (Adua), Antônio Neto, disse que as atividades no Campus serão mantidas e que docentes vão aproveitar a parte da manhã para passar nas salas e departamentos, com intuito de dialogar sobre a programação e ganhar apoio da comunidade acadêmica do movimento. "A principal intenção não é paralisar e sim fazer uma grande movimentação em todas as unidades, para que todos até mesmo alunos nos apóiem", disse.
O movimento também deve atingir as unidades acadêmicas da Ufam fora da capital, como Benjamin Constant, Humaitá, Parintins, Coari e Itacoatiara.
Ainda segundo o presidente da Adua, a mobilização tem intuito de ganhar mais adesão ao movimento, o Comando Local de Mobilização, com aproximadamente 20 professores,estão no campus fazendo panfletagem e aviso nas salas.
Distrito Federal
Os professores da Universidade de Brasília (UnB) aprovaram um indicativo de greve durante assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (16). A principal reivindicação da categoria é a reestruturação da carreira dos docentes.
"Nossa greve não tem nada a ver com 4% ou 5%. Nós queremos é a reestruturação da carreira.O governo está fazendo a reestruturação de todos os servidores públicos e nós precisamos nos mover se não quisermos chorar daqui a 10 anos", disse o presidente da Associação dos Docentes da UnB, Ebenezer Nogueira.
Os professores vão fazer nova assembleia na sexta-feira (18) e, se aprovada, a greve deve começar a partir de terça-feira (22).
Espírito Santo
As aulas na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) foram paralisadas nesta quinta-feira (17). Segundo a Associação dos Docentes da Ufes (Adufes), acontece às 10h uma assembleia no Campus de Goiabeiras, em Vitória, para definir os rumos do greve dos professores no estado.
A diretora da Adufes, Mariane Lima de Sousa, alega que as principais reivindicações dos professores são a restruturação do plano de carreira dos profissionais e a destinação de 10% do PIB para a educação. “Essa paralisação visa corrigir as distorções na carreira do professor, que, muitas vezes, no final da carreira, acaba recebendo menos que um profissional que acabou de entrar no mercado de trabalho”, disse.
Mariane informou que a Adufes tem um plano para repor todas as aulas após o período de paralisação. Segundo a diretora, o salário de um professor de 20h é de aproximadamente R$ 1,5 mil.
Pará
Professores da Universidade Federal do Pará realizam ato público a partir das 9h30 desta quinta-feira (28) para marcar o início da greve da categoria. A paralisação pode deixar mais de 30 mil alunos sem aulas.
O movimento pede a ampliação de vagas para concursos públicos, melhorias salariais e mudanças nas condições de trabalho dos professores.
Uma reunião com representantes do governo federal foi agendada para 28 de maio para discutir as reinvidicações
Professores da UFCG votaram pela greve por tempo indeterminado durante assembleia (Foto: Adufcg/Divulgação)Professores da UFCG durante assembleia
(Foto: Adufcg/Divulgação)
Paraíba
Professores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) aderiram à greve a partir desta quinta-feira. Com a paralisação por tempo indeterminado, 62 mil alunos devem ficar sem aula no estado.
A assessoria de imprensa da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (Adufcg) informou que como a greve tem caráter nacional as reivindicações das instituições são as mesmas. Segundo a assessoria, os professores querem a restruturação da carreira docente, prevista em um acordo firmado em 2011. Os docentes também pleiteiam melhores condições de trabalho e a valorização profissional.
De acordo com a assessoria de imprensa da UFPB, atualmente a instituição tem 42 mil alunos distribuídos nos campi de João Pessoa, Areia, Bananeira, Rio Tinto e Mamanguape. Já a assessoria de imprensa da Adufcg informou que a Universidade Federal de Campina Grande conta com 20 mil alunos.
Paraná
Os professores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) decidiram aderir à greve nacional da categoria. Na Universidade para a Integração Latino-Americana (Unila), os professores ainda não decidiram se entrarão em greve. Segundo a presidente da Associação dos Docentes da Unila (Adunila), Gisele Ricobom, os professores da instituição não são filiados à Andes e, por isso, não seguem o mesmo cronograma que a UFPR e a UTFPR.
Ricobom diz que os professores da Unila farão uma assembleia na quinta-feira (24) para definir se param ou não. “Conhecemos as reivindicações da Andes e vamos analisar se aderimos ao movimento ou não. Ainda não é possível afirmar se entraremos ou não em greve”, afirma.
A Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) informou que a orientação dada aos sindicatos locais é para que não haja greve. Com isso, as aulas no Instituto Federal do Paraná (IFPR) também não devem ser afetadas pela paralisação.
*Com informações do G1 AM, G1 DF, G1 ES, G1 PA, G1 PB e G1 PR

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