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6.07.2012

Cientistas encontram caminho para nova terapia antiobesidade

Receptor cerebral envolvido no apetite pode levar ao desenvolvimento de novas drogas para prevenção e tratamento da obesidade

Obesidade: Entre 2006 e 2009, quatro milhões de brasileiros atingiram o estágio da obesidade mórbida, segundo o Ministério da Saúde
Obesidade: Entre 2006 e 2009, quatro milhões de brasileiros atingiram o estágio da obesidade mórbida, segundo o Ministério da Saúde 
Pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Columbia (CUMC, sigla em inglês) descobriram que o receptor Gpr17, presente no cérebro, tem um papel central na regulação do apetite. A experiência, publicada nesta quinta-feira no periódico Cell, pode levar ao desenvolvimento de novas drogas para a prevenção e tratamento da obesidade.
“O que é especialmente encorajador é que esse receptor pertence a uma classe de receptores que são bons alvos para o desenvolvimento de drogas. Na verdade, diversos medicamentos existentes já interagem com esse receptor. Então, é possível que nós possamos ter uma nova droga para a obesidade mais cedo ou mais tarde”, diz Domenico Accili, professor de medicina da CUMC e um dos membros da equipe de pesquisadores.
Pesquisa - Durante o estudo, os cientistas criaram uma linhagem de camundongos deficientes de uma proteína chamada Fox01, que é essencial para sinalizar os hormônios insulina e leptina - que atuam regulando o apetite. A remoção dessa proteína fez com que os animais comessem menos e fossem, assim, mais magros. "Além disso, esses animais tinham ainda metabolismos mais saudáveis", diz Hongxia Ren, coordenador do estudo.
A proteína Fox01, no entanto, não é uma boa opção para terapias com medicamentos. Uma saída alternativa foi, então, foi desativar o gene Gpr17 - o que leva à anulação das funções da Fox01. Uma vez que o Gpr17 foi desativado, os animais passaram a comer menos. Segundo Accili, o Gpr17, que também é encontrado em humanos, é um alvo mais eficiente para os medicamentos antiobesidade. Cerca de um terço de todas as drogas já existentes agem na família de receptores da qual o Gpr17 faz parte.

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