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6.24.2012

Exames de imagens manipulados na hora da cirurgia

Sob o comando das mãos

Nova tecnologia permite que médicos manipulem exames de imagem de pacientes durante cirurgias usando apenas as mãos ou a voz

Mônica Tarantino

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MUDANÇA
Acima, cirurgião reposiciona exames de paciente em tela somente com gestos.
Abaixo, médico checa imagens para se orientar durante a operação em tela de luz convencional
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A tecnologia dos videogames foi parar na sala de cirurgia. Com poucos meses de diferença, hospitais em Londrina, no Paraná, e em Londres, na Inglaterra, implantaram sistemas que usam leitores de movimento sem fio para facilitar a visualização dos exames de imagem do paciente na sala de operação. O recurso permite que os próprios cirurgiões selecionem, ampliem e girem as imagens tridimensionais de qualquer parte do corpo sem precisar pedir ajuda a assistentes ou despir-se das luvas esterilizadas para usar teclados ou mouses. O efeito é conseguido apenas com comandos de voz ou movimentos das mãos. É possível também aplicar marcadores para mostrar à equipe o local exato da intervenção.

Na Inglaterra, o método está sendo usado no Hospital St. Thomas. Lá, a tecnologia adotada é resultado de uma parceria entre a empresa Microsoft Research e a Universidade de Lancaster e possibilita que o médico manipule as imagens usando a própria voz ou gestos. No Paraná, o Hospital Evangélico de Londrina utiliza sistema similar. A diferença é que responde somente a comandos gestuais. “Começamos a buscar soluções para facilitar a visualização dos exames na sala de cirurgia. Inicialmente, testamos tablets, mas ainda assim havia o toque”, conta Cezar Martinelli, gerente de tecnologia da informação do hospital paranaense. “A solução foi adaptar um monitor, um computador e o sensor de movimento Kinetc, da Microsof, usado nos videogames. Desenvolvemos o aplicativo em parceria com a empresa americana Active 3D”, diz Martinelli.

Uma das principais vantagens da tecnologia é a diminuição dos riscos de infecção hospitalar, já que o médico não precisa tocar nos aparelhos para ver melhor as imagens. “Outro ganho é a visualização mais precisa dos exames, aumentando a segurança dos procedimentos”, diz o neurocirurgião Luiz Koury, diretor do hospital paranaense. Especialistas independentes acreditam que o novo recurso será uma tecnologia amplamente usada em pouco tempo.
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