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6.04.2012

GATAS


  gatos intelectuais
Ciclo Reprodutivo em Gatas
A duração e o que ocorre durante o ciclo depende de:
Gatas são animais poliéstricos estacionais. Isto significa que seu cio depende da época do ano, geralmente na mais quente ( estacional, de estação ) e que tem vários períodos de cio nestas épocas (poliéstrica).
E ela é ovuladora induzida (só ovula quando cruza). Em humanos e em cães, o ovário, em determinada fase do ciclo reprodutivo, libera um ou mais óvulos; em
gatas, o óvulo só é liberado depois da monta (cruza). Se após a gata cruzar, o cio persistir, é porque não houve fecundação e a fêmea não está prenhe.
Em algumas fêmeas, basta uma cruza para se ter ovulação; em outras, são necessárias várias montas.

A duração e o que ocorre durante o ciclo depende de:
  • se a cruza ocorreu,
  • se houve ovulação,
  • se houve concepção,
  • se houve gestação,
  • se houve parição,
  • se houve lactação.
Os intervalos entre os ciclos duram em média 6 semanas em gatas que cruzam mas não ficaram prenhez.
  • Se sabe quando a fêmea está para entrar no cio, ou já está nele, quando ela se esfrega demais nas coisas e nas pessoas, e fica rolando no chão, fica mais carinhosa, começa a urinar mais, e as vezes urina em jatos para demarcar território, como os machos. Ela "chama" o macho, entorta a coluna com o rabo para cima, desvia a cauda para um dos lados, abaixa - se sobre os membros anteriores, dá passos rápidos com os membros posteriores e mostra desejo de cruzar. Pode haver perda de apetite. O macho é atraído tanto por seu comportamento , seu chamado, quanto pelo odor de sua urina.
  • A passagem da fase anterior para a fase do cio é rápida, podendo ser em 6 horas.
  • Gatos parecem ter pelo menos 2 ferormônios sexuais (substâncias que são excretadas por um animal e modificam o comportamento de outro) . A fêmea possui um que também induz ou auxilia na indução do cio de outras fêmeas (além da função de atrair machos). Então, num gatil, por exemplo, pode acontecer de várias gatas ficarem no cio ao mesmo tempo. O macho tem outro ferormônio, cujo odor também fazem algumas gatas entrarem no cio.
  • Seu cio é chamado de sazonal ou estacional por depender da época do ano para ocorrer (mais especificamente, depende da duração da luz do dia, que é mais longa em épocas quentes e mais curto no frio). O cio pode durar de 5 a 14 dias em épocas quentes, e em épocas menos quentes, de 1 a 6 dias.
  • A estação do ano em que o aparelho reprodutor da fêmea está em descanso também é regulada pela duração do dia.
  • Raças de pelo longo são menos governadas pela duração do dia do que as gatas de pelo curto (incluindo aí os gatos "vira latas").
  • Dentro de cada fase ocorrem 2 a 3 ciclos de 2 semanas. Cada cio dura de 2 a 7 dias ou mais.
Ciclo da gata:
  • ocorre o cio;
  • período de gestação de 58 a 72 dias ( média 63 );
  • parto;
  • período de lactação de 6 a 8 semanas;
  • cio depois de 2 a 4 semanas após o desmame.
O primeiro cio depois de uma gestação geralmente ocorre 8 dias após o desmame, em média 8 semanas após o parto.
Alguns relatam estro em até 7 a 10 dias após o parto.
O 1º estro ( cio ) é muito variável, dependendo da raça, idade, e época do ano que o animal nasceu. geralmente o primeiro é ao atingir um peso de 2,3 a 2,5 Kg ( geralmente aos 7 meses), mais pode ocorrer até aos 3 meses, ou em raças de pelo longo, até com 12 a 18 meses ( de 4 a 10 meses). O que é mais determinante nesses casos é a época do nascimento com relação a estação de acasalamento. Se o animal nasce 1 mês antes da época de calor, então ele só vai entrar no cio na época de calor seguinte.
A atividade reprodutiva pode ir até uns 14 anos, porém com o tempo o número de gatinhos por ninhada, e o próprio número de ninhadas começam a diminuir.
Os machos tem sua maturidade sexual aos 9 meses em média, com um peso aproximado de 3,5 Kg. Pode ocorrer aos 7 meses e aos 12- 18 meses, tem as mesmas variáveis das fêmeas. Antes disso, aos 4 meses, pode se ter simulação de cruza, mas a produção de espermatozóides só começa aos 5 meses.
É completamente contra-indicado fêmeas cruzarem no primeiro cio ( ideal é por volta dos 16 a 18 meses) e machos antes dos 12 a 13 meses.

Dra. Maria Thereza Cera Galvão do Amaral -
Médica Veterinária


O GATO NA HISTÓRIA

Por.: Claudia Porto

Do ponto de vista histórico, os gatos têm desemptenhado um papel assombrosamente ambivalente na nossa sociedade.
Venerados como deuses benévolos em certas culuras, noutras foram duramente castigados como agentes do demônio.
Os primeiros gatos selvagens africanos provavelmente foram domesticados ainda nas cavernas e aldeias pré históricas, onde há vestígios de sua passagem. Em 1983, no Chipre, uma escavação arqueológica descobriu um osso de maxilar felino em uma aldeia neolítica.
Mas os primeiros registros de sua criação remontam ao Egito, há cerca de cinco mil anos, onde eram reverenciados e adorados na forma da deusa Bastet.
Os antigos egípcios foram os primeiros a usar o gato no combate aos animais daninhos, especialmente ratos, que atacavam seus armazéns de grãos.
O gato era a encarnação viva da divindade. Quem matava ou feria um gato recebia pena de morte. Quando o gato da família morria, este era embalsamado conforme a riqueza do proprietário. e todos raspavam as sobrancelhas e guardavam luto fechado por muito tempo.
Eram tomadas providências para que o gato tivesse uma boa vida no outro mundo, sendo comum embalsamarem-se ratos junto ao corpo.
Uma pintura mostra a mãe do faraó Akhnaton alimentando um grande gato peludo em um banquete. Por volta de 950 a.C., o culto ao gato estava no apogeu.
Se um casa pegava fogo, eles eram os primeiros a serem salvos.
Milhares de múmias de gatos foram encontradas no Egito. Em 1889, 19,5 toneladas delas foram exportadas para a Inglaterra, moídas e usadas como fertilizante.
Apesar da proibição de importação, muitos gatos foram traficados para diversos países, como a Índia, a China, o Japão e o sudeste da Ásia, locais onde permaneceram sagrados através dos séculos. Também no Islã o gato permaneceu querido, especialmente por ter sido o animal favorito de Maomé, que tratava seu gato Muezza com muita deferência.
Quando surgiu o Império Romano, vários gatos foram contrabandeados do Egito por comerciantes fenícios, e tornaram-se em pouco tempo bastante queridos, por seu auxílio na caça aos animais daninhos.
À medida em que o Império Romano se expandia, o gato se difundia, tornando-se cada vez mais manso.
Há rumores de que tanto os romanos quanto os gauleses teriam adotado o hábito de enterrarem os gatos com seus donos, como comprovam algumas pedras funerárias encontradas em vários países da Europa.

Imagem.: Débora R. Pinto
Gatos estão presentes também na fundação da Escócia, tornando-se os mascotes deste país. Conta a história que o general Galsthelos, sobrevivente do episódio em que Moisés separou as águas do Mar Vermelho, saiu do Egito em companhia de sua esposa Scota, filha do faraó, levando consigo seus inúmeros gatos, fixando-se em Portugal.
Séculos mais tarde, seus descendentes teriam ido para o norte em companhia de seus gatos e fundado um novo país, ao qual chamaram Escócia, em homenagem à sua ancestral.
Na Inglaterra de 936, os gatos haviam se tornado tão valiosos que a lei estabelecia penas severas para quem os matasse, baseadas nas suas qualidades de caçador.
Assim sendo, um gato adulto tinha um enorme valor.
Durante a Idade Média, porém, desenvolveu-se no Vale do Reno um culto no qual os gatos desempenhavam importante papel. Era o ritual da deusa da fertilidade Freya, cuja carruagem era puxada por gatos cinza.
Imediatamente, a Igreja Católica sentiu-se ameaçada e iniciou a caça às bruxas, perpetrando ações inomináveis contra milhares de inocentes e seus gatos, que receberam as mesmas punições, entre elas a morte na fogueira.
Na coroação da rainha Elizabeth I, gatos vivos foram aprisionados e levados em procissão, representando o demônio sob o controle da Igreja; no final da procissão, forma queimados vivos. Na Inglaterra elizabetana, também era comum que gatos fossem colocados em sacos de couro e usados como alvos para os arqueiros.
Com a peste negra, trazida pela enorme proliferação de ratos, que assolou a Europa causando grande mortandade, começou-se novamente a perceber a utilidade de se ter por perto os gatos.
Possivelmente os gatos migraram para o Novo Mundo em companhia dos primeiros colonos. Há registros de gatos embarcados no Mayflower, em 1620.
Porém só no princípio do século XVIII eles apareceram em quantidade considerável, quando os colonos da Pensilvânia importaram muitos destes animais para controlar uma praga de roedores.
Gatos aparecem em algumas obras que retratam a conquista do território americano, entre elas a coleção de livros infantis de Laura Ingalls Wilder, que deixa claro que os gatos eram bastante procurados pelos colonos americanos. Até o famoso Daniel Boone teve ele mesmo um gato cinzento chamado Bluegrass.
Antes da metade do século XVIII, o gato era um animal novamente apreciado pelo grande público, e foi inventada a portinhola que permitia aos gatos entrarem e saírem de casa quando bem lhes aprouvesse.
Tudo indica que o autor dessa fenomenal invenção foi nada mais nada menos que Sir Isaac Newton, para maior conforto de seus muitos gatos.
Na Londres vitoriana, os gatos eram um modismo, fato comprovado pelo grande número de gravuras onde eles aparecem brincando ou vestidos de gente.
Aliás, como nesta época não se castravam animais, muitos filhotes indesejados foram empalhados, transformando-se em obras de uma arte que hoje nos parece macabra.
Arq.: Débora Pinto
Em 1822 foi aprovada na Inglaterra a primeira lei anti-crueldade, e em 1824 começaram a ser fundadas organizações em defesa do gato e dos animais, entre elas a RSPCA. Muitos gatos passaram a receber cuidados especiais desde então.
Muitos chefes de estado adotaram o gato como companhia. Frederico, o Grande e Winston Churchill tinham gatos e os adoravam.
Frederico fez dos gatos os guardas oficiais dos silos e armazéns de seus exércitos. Do gato de Churchill, Jack, diz-se que compartilhava sua cama e estava sempre presente nas reuniões de Gabinete.
Nos Estados Unidos, a presença dos gatos tornou-se tradição na Casa Branca. George Washington era um emérito fã dos felinos.
Abraham Lincoln tinha um gato chamado... Cat ! O primeiro gato siamês a pisar em território americano chegou como um presente ao presidente Rutherford. Theodore Roosevelt tinha um gato chamado Slippers.
E quem não conhece o famoso Socks, gato de Bill Clinton ?
Assim sendo, vemos que ao longo da História o gato foi pouco a pouco se reabilitando e conquistando os corações dos seres humanos de todos os níveis sociais, tornando-se um dos animais de estimação mais populares do mundo, especialmente em países como a Inglaterra, onde a o número de gatos já ultrapassa a população canina.
Em muitos países, é comum a crença de quem não gosta de gatos não é boa pessoa... Uma crença bastante verdadeira, tendo em vista que Napoleão Bonaparte e Adolf Hitler odiavam gatos.


Socks, o gato do Presidente dos EUA, Bill Clinton
Agradeço a colaboração de.: Claudio Porto/Rio de Janeiro (matéria.: O gato na história)
Imagens.: Débora Pinto

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