Gianni Carta
16.07.2012 14:45
‘Circuncisão proibida no país do Holocausto’
Permitir ou não a circuncisão de menores. Eis o debate. De todos os
países do mundo, o pior deles para correr livre essa inusitada e
ridícula altercação é a Alemanha.
Isso porque, como alegam organizações judaicas, muçulmanas e laicas, ‘a Alemanha é o país do Holocausto’. E a remoção do prepúcio aos 8 dias de vida é um ritual fundamental para o judaísmo. Significa nada menos do que a Aliança entre Deus e o povo judeu.
Tudo começou quando um menino muçulmano de 4 anos sofreu uma hemorragia após uma circuncisão. O médico foi julgado e absolvido porque o ritual não é proibido. Milhares de circuncisões são realizadas anualmente na Alemanha – e sem nenhum problema pós-operatório.
No entanto, os juízes presentes no tribunal de Colônia, onde se deu a contenda, decidiram que a circuncisão é um procedimento médico ilegal. O motivo? Pode provocar danos físicos. Mais: viola o direito à integridade física devido a tradições religiosas.
A decisão do tribunal de Colônia, diga-se, é vigente somente na região da cidade. Mas, a Associação Médica da Alemanha recomendou médicos do país a não fazer circuncisões. Pelo menos enquanto durar o debate.
O governo da chanceler Angela Merkel encontra-se numa saia justa.
Para o presidente da Conferência dos Rabinos Europeus, Pinchas Goldschmidt, a decisão do tribunal de Colônia foi o “pior ataque à vida judaica desde o Holocausto”. O rabino emenda: “A questão é existencial para a comunidade judaica na Alemanha”.
Goldschmidt está coberto de razão.
Mas não são somente os judeus os prejudicados.
A circuncisão, embora tenha tradições religiosas, é uma prática milenar. Em suma, trata-se de um tema a ser incluído na esfera de direitos humanos.
A prática remonta ao Oriente Médio. Os hebreus a herdaram dos egípcios faraônicos. Abraão teria sido, aos 80 anos, o primeiro a fazer uma circuncisão. Deus então lhe disse que esta seria a Aliança entre Ele e o povo judeu. Mas não se sabe se Abraão de fato foi adiante.
A intervenção cirúrgica, afinal, é dolorosa. A hipersensibilidade da glândula requer vários dias de repouso. E é por isso que recomenda-se a circuncisão para bebês.
Na Roma antiga, os centuriões pediam para os suspeitos levantar suas túnicas. Se não fosse constatado prepúcio, a vítima pagava um fiscus judaicus, que ia não para o Templo de Jerusalém, como prometido, mas direto para as caixas do Estado.
No Alcorão não existe menção sobre circuncisão. Trata-se, porém, de uma prática pré-islâmica provavelmente por motivos de higiene.
Higiene, aliás, é o que leva os católicos e gente de todos os credos a realizar o procedimento. Homens sem prepúcio não somente têm menos infecções e câncer do pênis, como também são mais imunes ao vírus da AIDS, segundo a Organização Mundial da Saúde.
A ausência do prepúcio, ademais, prolonga os encontros sexuais e torna o homem menos apto a ter ejaculação precoce.
No entanto, os juízes de Colônia não parecem ter entendido que estão a misturar vários fatores ao proibir a circuncisão.
Ignorância ou preconceito religioso?
Isso porque, como alegam organizações judaicas, muçulmanas e laicas, ‘a Alemanha é o país do Holocausto’. E a remoção do prepúcio aos 8 dias de vida é um ritual fundamental para o judaísmo. Significa nada menos do que a Aliança entre Deus e o povo judeu.
Tudo começou quando um menino muçulmano de 4 anos sofreu uma hemorragia após uma circuncisão. O médico foi julgado e absolvido porque o ritual não é proibido. Milhares de circuncisões são realizadas anualmente na Alemanha – e sem nenhum problema pós-operatório.
No entanto, os juízes presentes no tribunal de Colônia, onde se deu a contenda, decidiram que a circuncisão é um procedimento médico ilegal. O motivo? Pode provocar danos físicos. Mais: viola o direito à integridade física devido a tradições religiosas.
A decisão do tribunal de Colônia, diga-se, é vigente somente na região da cidade. Mas, a Associação Médica da Alemanha recomendou médicos do país a não fazer circuncisões. Pelo menos enquanto durar o debate.
O governo da chanceler Angela Merkel encontra-se numa saia justa.
Para o presidente da Conferência dos Rabinos Europeus, Pinchas Goldschmidt, a decisão do tribunal de Colônia foi o “pior ataque à vida judaica desde o Holocausto”. O rabino emenda: “A questão é existencial para a comunidade judaica na Alemanha”.
Goldschmidt está coberto de razão.
Mas não são somente os judeus os prejudicados.
A circuncisão, embora tenha tradições religiosas, é uma prática milenar. Em suma, trata-se de um tema a ser incluído na esfera de direitos humanos.
A prática remonta ao Oriente Médio. Os hebreus a herdaram dos egípcios faraônicos. Abraão teria sido, aos 80 anos, o primeiro a fazer uma circuncisão. Deus então lhe disse que esta seria a Aliança entre Ele e o povo judeu. Mas não se sabe se Abraão de fato foi adiante.
A intervenção cirúrgica, afinal, é dolorosa. A hipersensibilidade da glândula requer vários dias de repouso. E é por isso que recomenda-se a circuncisão para bebês.
Na Roma antiga, os centuriões pediam para os suspeitos levantar suas túnicas. Se não fosse constatado prepúcio, a vítima pagava um fiscus judaicus, que ia não para o Templo de Jerusalém, como prometido, mas direto para as caixas do Estado.
No Alcorão não existe menção sobre circuncisão. Trata-se, porém, de uma prática pré-islâmica provavelmente por motivos de higiene.
Higiene, aliás, é o que leva os católicos e gente de todos os credos a realizar o procedimento. Homens sem prepúcio não somente têm menos infecções e câncer do pênis, como também são mais imunes ao vírus da AIDS, segundo a Organização Mundial da Saúde.
A ausência do prepúcio, ademais, prolonga os encontros sexuais e torna o homem menos apto a ter ejaculação precoce.
No entanto, os juízes de Colônia não parecem ter entendido que estão a misturar vários fatores ao proibir a circuncisão.
Ignorância ou preconceito religioso?
Tratado entre o “povo escolhido” e o seu “deus” (ou demônio?), visando identificar este ou aquele homem, criança do sexo masculino, adolescente, etc., como sendo integrante do rebanho deste tal “deus” ou “demônio”. É a mesma coisa que marcar gado, para diferir o seu rebanho do rebanho do vizinho, no caso de um julgamento no fim da vida, quem vai ou quem fica, quem serviu ou quem é inimigo do tal deus. É para deus identificar seus fiéis serviçais (aqueles do pacto há milênios atrás) do resto da humanidade, aquela mesma que luta pela sobrevivência neste mundo cão. Não gostou? Sinto muito, a internet está aí para permitir a livre expressão e livre tráfego de informações. Acredite se quiser, rsrsrs. Vai cortar o pint… e matar palestinos para servir o sangue para o seu deus e assim assegurar sua riqueza terrena.
Tudo absolutamente dentro dos “conformes”.
Sem mais.
Segundo, a circuncisão é um ato bárbaro de desfiguração do corpo humano feito em um indivíduo que nem sequer pode se pronunciar a respeito do mesmo, é uma clara violação de direitos humanos, só que esta violação é passível de admiração só por que é de uma religião específica que se diz perseguida em mais de 2000 anos. Fica extremamente clara a posição deste comentarista a favor das tradições judaicas.
A milenios se praticava o ritual de oferenda à divindades, sacrificando a vida de jovens. Por ser uma pratica antiga, valida o ritual?
Viva a vida, e combata o preconceito. Se fere os coitadinhos dos judeus, eles que se mudem de país…
- Nem o pênis nem a glande são glândulas.
- Segundo o texto, quem alega a Alemanha ser o país do Holocausto são as organizações judaicas, muçulmanas e laicas. Não expressa a opinião do autor.
- A decisão do tribunal alemão não afeta só os rituais, mas interfere na prática médica. Existem diversas indicações para a cirurgia de postectomia (circuncisão) que agora é considerada “ilegal”.
Enfim, uma decisão extremamente equivocada.
.
Aliás, NÃO se escreve a história do tempo presente, por causa do anacronismo. Este episódio necessita de esclarecimento.
Direito humano é antes de tudo direito à vida e à integridade física, os outros vêm depois.
É sim uma mutilação nos homens que perdem uma parte natural do seu corpo, basta uma boa higiene no local e usar preservativo para derrubar os supostos benefícios médicos.
Não posso afirmar nada em relação à cultura germânica, mas o procedimento de se cortar o prepúcio é indicado por questões higiênicas. Escolhi fazer a minha, mas gostaria que tivesse acontecido na primeira infância.
Não se trata de mutilação, mas só quem leva a saúde a sério consegue entender.
Deve-se respeitar a pessoa e aguardar que ela faça a opção por qual o caminho seguir.
Se fala em hingiene. Deveriam, então fazer leis, obrigando aos homens tomar banho !!