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7.17.2012

Alemanha proibe a circuncisão. .


Gianni Carta

16.07.2012 14:45

‘Circuncisão proibida no país do Holocausto’

Para tribunal de Colônia, a circuncisão de menores. viola direito à integridade física devido a tradições religiosas. Ignorância ou preconceito?
Permitir ou não a circuncisão de menores. Eis o debate. De todos os países do mundo, o pior deles para correr livre essa inusitada e ridícula altercação é a Alemanha.
Isso porque, como alegam organizações judaicas, muçulmanas e laicas, ‘a Alemanha é o país do Holocausto’. E a remoção do prepúcio aos 8 dias de vida é um ritual fundamental para o judaísmo. Significa nada menos do que a Aliança entre Deus e o povo judeu.
Tudo começou quando um menino muçulmano de 4 anos sofreu uma hemorragia após uma circuncisão. O médico foi julgado e absolvido porque o ritual não é proibido. Milhares de circuncisões são realizadas anualmente na Alemanha – e sem nenhum problema pós-operatório.
No entanto, os juízes presentes no tribunal de Colônia, onde se deu a contenda, decidiram que a circuncisão é um procedimento médico ilegal. O motivo? Pode provocar danos físicos. Mais: viola o direito à integridade física devido a tradições religiosas.
A decisão do tribunal de Colônia, diga-se, é vigente somente na região da cidade. Mas, a Associação Médica da Alemanha recomendou médicos do país a não fazer circuncisões. Pelo menos enquanto durar o debate.
O governo da chanceler Angela Merkel encontra-se numa saia justa.
Para o presidente da Conferência dos Rabinos Europeus, Pinchas Goldschmidt, a decisão do tribunal de Colônia foi o “pior ataque à vida judaica desde o Holocausto”. O rabino emenda: “A questão é existencial para a comunidade judaica na Alemanha”.
Goldschmidt está coberto de razão.
Mas não são somente os judeus os prejudicados.
A circuncisão, embora tenha tradições religiosas, é uma prática milenar. Em suma, trata-se de um tema a ser incluído na esfera de direitos humanos.
A prática remonta ao Oriente Médio. Os hebreus a herdaram dos egípcios faraônicos. Abraão teria sido, aos 80 anos, o primeiro a fazer uma circuncisão. Deus então lhe disse que esta seria a Aliança entre Ele e o povo judeu. Mas não se sabe se Abraão de fato foi adiante.
A intervenção cirúrgica, afinal, é dolorosa. A hipersensibilidade da glândula requer vários dias de repouso. E é por isso que recomenda-se a circuncisão para bebês.
Na Roma antiga, os centuriões pediam para os suspeitos levantar suas túnicas. Se não fosse constatado prepúcio, a vítima pagava um fiscus judaicus, que ia não para o Templo de Jerusalém, como prometido, mas direto para as caixas do Estado.
No Alcorão não existe menção sobre circuncisão. Trata-se, porém, de uma prática pré-islâmica provavelmente por motivos de higiene.
Higiene, aliás, é o que leva os católicos e gente de todos os credos a realizar o procedimento. Homens sem prepúcio não somente têm menos infecções e câncer do pênis, como também são mais imunes ao vírus da AIDS, segundo a Organização Mundial da Saúde.
A ausência do prepúcio, ademais, prolonga os encontros sexuais e torna o homem menos apto a ter ejaculação precoce.
No entanto, os juízes de Colônia não parecem ter entendido que estão  a misturar vários fatores ao proibir a circuncisão.
Ignorância ou preconceito religioso?

Sua opinião

32 Comentários

  1. Guilherme disse:
    Despreparo ou vontade de aparecer? Patética reportagem em uma das maiores revistas do Brasil. A nível daquela dos “Altos” da Veja.
  2. Mª Bonita disse:
    A circuncisão na MINHA perspectiva:
    Tratado entre o “povo escolhido” e o seu “deus” (ou demônio?), visando identificar este ou aquele homem, criança do sexo masculino, adolescente, etc., como sendo integrante do rebanho deste tal “deus” ou “demônio”. É a mesma coisa que marcar gado, para diferir o seu rebanho do rebanho do vizinho, no caso de um julgamento no fim da vida, quem vai ou quem fica, quem serviu ou quem é inimigo do tal deus. É para deus identificar seus fiéis serviçais (aqueles do pacto há milênios atrás) do resto da humanidade, aquela mesma que luta pela sobrevivência neste mundo cão. Não gostou? Sinto muito, a internet está aí para permitir a livre expressão e livre tráfego de informações. Acredite se quiser, rsrsrs. Vai cortar o pint… e matar palestinos para servir o sangue para o seu deus e assim assegurar sua riqueza terrena.
  3. Rafael disse:
    Fazia tempo que não lia uma reportagem tão preconceituosa. Por um instante pensei estar lendo o site da revista Veja, pisquei os olhos algumas vezes e notei que ainda permanecia no site da Carta Capital, e pior: O Jornalista que assinou a matéria tem sobrenome Carta. Uma pena este texto. Dessa vez o Mino Carta fez o seu filho se igualar aos tão odiados, por vocês, colunistas da Revista Veja. “País do Holocausto”, lamentável.
  4. JM disse:
    Sou judeu, e nao fiz a circunsicao e sou muito agradecido por meus pais nao me terem feito. Quem quiser que faca de grande e por decisao própria como fazem muitos,…e como diz minha tia que é ginecóloga, hoje em dia fazer nao faz tanta diferenca de higiene pois nessa vida moderna, esta tudo mais higienico, as mudancas sao extremamente gritantes com tempos atrás… muito melhor que ficar com o corpo marcado para o resto da vida sem opcao… tenho amigos judeus que sentem raiva de seus pais por essa opcao sem perguntar…dá pra dizer que é os primórdios do autoritarismo paternal tambem… e ainda por cima se perde muita sensibilidade, o que nao é desejável…se voce tem ejaculacao precoce amigo, há outras formas mais interessantes de se tratar, como ir no psicologo, estudar tantra, sair do egoísmo, da re´pressao e se rebelar dessa forma ridícula de sociedade que criamos que é totalmente precoce em todos os sentidos…no mundo do nao temos tempo, da ansiedade de querer fazer tudo e ter tudo, e das mulheres acessíveis muitas vezes só através de capas de revista e programas tipo panico, é normal para os seres passivos e adoradores de computadores e quartos fechados terminarem sendo precoces…agora voce também pode cortar fora seu pau, garanto que precoce voce nunca mais vai ser…fora isso, é melhor usar a inteligencia…qual o problema, quem quiser que fasca de grande, como os mais ortodoxos continuam propagandeando para que os adeptos e jovens que se somam fascam…aí cada um de grande decide o que quer da vida… Achei muito preconceituoso o texto…voce nao chega nem aos pés do seu pai…sinto muito
  5. Valéria disse:
    Um reporter falando sobre preconceito sendo preconceituoso, fantástico!
  6. Guilherme disse:
    Quanto preconceito contra o povo alemão em tão poucas palavras. Vergonhoso esta reportagem. A Carta Capital as vezes se supera!!!! “No país do Holocausto”? A Alemanha tem tantas coisas lindas para ser lembrada e admirada: “País dos grandes cientistas”; “País dos grandes Filósofos modernos”; “País das grandes indústrias”; “País dos grandes matemáticos”; enfim um infinidade de adjetivos positivos. Infelizmente pessoas se apegam a trechos que são obscuros e vergonhosos para praticamente todo cidadão alemão para vender reportagens como esta….afinal não vejo ninguém chamando Portugal, Espanha, França e Inglaterra de “Países que escravizaram o povo africano”. Falar sobre preconceito sendo preconceituoso é uma hipocrisia incrível.
  7. Lukas C. Herman disse:
    Fiquei abismado com o preconceito deste reporter nesta reportagem. Assustador uma revista dar margens a jornalistas deste nível. De nada se difere das publicações preconceituosas de Mainardi na Veja. Sou filho de pai judeu(brasileiro) com mãe cristã(alemã), e posso informar que vivi os melhores dias da minha infância na década de 70 em Hamburgo na Alemanha, somente boa lembranças tenho do ‘país do holocausto’. Depois no início dos anos 90 voltei a morar na Alemanha, e não foi diferente. Nunca sofri alguma espécie de preconceito por parte de um cidadão alemão. E posso garantir que talvez não exista lugar melhor hoje em dia em toda Europa para um estrangeiro morar. Muito infeliz esta reportagem.
  8. eduardo disse:
    Sensacionalismo do pior tipo. O escritor alega preconceito e ignorância, mas falha em esconder que quem realmente carrega tais adjetivos é ele mesmo. A carta capital tem ótimas reportagens mas infelizmente carrega muitos “jornalistas” péssimos e hipócritas.
  9. Alisson Mader disse:
    Já houve na Europa tb outras decisões judiciais bem discutíveis, como a proibição da burka na França.
  10. LuAtena disse:
    Provavelmente por esse texto, deveríamos ser permissivos com tantas outras “culturas” milenares, arcaicas e selvagens, correto? Há sociedades que cortam as mãos dos ladrões, matam cças deficiêntes, etc… Ou são dois pesos e duas medidas, de acordo com o que VOCÊ julga correto? Em primeiro lugar, todas essas práticas religiosas e fundamentalistas que impliquem em sofrimento físico deveriam ser feitas sob consentimento. Em segundo lugar, as pessoas que se encontram em países cuja cultura diverge da sua, deveria respeitar o país onde se encontra e não exigir que aceitem seus credos… Ou seja cada um no se
  11. Shmelova disse:
    Cartal capital , o que mais esperar né.
    Tudo absolutamente dentro dos “conformes”.
    Sem mais.
  12. Palmeirense xarope disse:
    Ai não dá, quantas besteiras ditas em uma só matéria!
  13. Rodrigo disse:
    As colocações deste comentarista são preconceituosas e descabidas. Pelo título nota-se a falta de respeito com o povo alemão colocando a República Federal Alemã como o país do Holocausto. O Holocausto ocorreu numa entidade política que não existe mais, o Terceiro Reich. Portanto é extremamente preonceituoso taxar a atual Alemanha de país do Holocausto.
    Segundo, a circuncisão é um ato bárbaro de desfiguração do corpo humano feito em um indivíduo que nem sequer pode se pronunciar a respeito do mesmo, é uma clara violação de direitos humanos, só que esta violação é passível de admiração só por que é de uma religião específica que se diz perseguida em mais de 2000 anos. Fica extremamente clara a posição deste comentarista a favor das tradições judaicas.
  14. miguel ogg disse:
    Toda decisão médica é valida, para proteger a vida do bebe.
    A milenios se praticava o ritual de oferenda à divindades, sacrificando a vida de jovens. Por ser uma pratica antiga, valida o ritual?
    Viva a vida, e combata o preconceito. Se fere os coitadinhos dos judeus, eles que se mudem de país…
  15. Helder disse:
    Só alguns pontos:
    - Nem o pênis nem a glande são glândulas.
    - Segundo o texto, quem alega a Alemanha ser o país do Holocausto são as organizações judaicas, muçulmanas e laicas. Não expressa a opinião do autor.
    - A decisão do tribunal alemão não afeta só os rituais, mas interfere na prática médica. Existem diversas indicações para a cirurgia de postectomia (circuncisão) que agora é considerada “ilegal”.
    Enfim, uma decisão extremamente equivocada.
  16. Mª Bonita disse:
    Pelo revisionismo do Holocausto, pq escrever a história do tempo presente ñ se faz da maneira como foi feita (por um seleto grupo parcial e cheio de interesses)!
    .
    Aliás, NÃO se escreve a história do tempo presente, por causa do anacronismo. Este episódio necessita de esclarecimento.
  17. Ciro disse:
    esse é o texto mais nojento e preconceituoso que já li nesta revista. propaganda bizarra a favor da circuncisão, o que é isso?
  18. André V. disse:
    Pelo jeito, o texto ofendeu a massa anti-semita por aqui.
  19. Lucca Ignacio disse:
    Reportagem tendenciosa e totalmente mal pensada, termos preconceituosos como ”o país do holocausto” são ridiculos! Sr. Gianni Carta peca e suja essa magnifica revista com tal jornalismo revoltoso.
  20. Antonio Jose disse:
    Inusitado e ridículo é o texto, tratar a Alemanha como “país do holocausto” é um desrespeito. Por causa de erros dos antigos dirigentes alemães o povo alemão de hoje e das futuras gerações não tem de ser obrigado a carregar esse estigma.
    Direito humano é antes de tudo direito à vida e à integridade física, os outros vêm depois.
    É sim uma mutilação nos homens que perdem uma parte natural do seu corpo, basta uma boa higiene no local e usar preservativo para derrubar os supostos benefícios médicos.
  21. Marcelo disse:
    Circuncisão é uma selvageria, um costume bárbaro e primitivo. Corta uma das partes mais sensíveis ao prazer sexual. Ou seja, é uma castração disfarçada, mais do que simplesmente metafórica.
    • Anselmo Arruda disse:
      Interessante a opinião que temos ou “compramos”, dependendo da sua origem. Se é uma prática islâmica é atraso, horror; se é judaica, é preconceito da nossa parte.
  22. Fábio de Oliveira Ribeiro disse:
    A circuncisão não é só uma grave violação do direito da criança de escolher seu caminho e uma lesão corporal criminosa, é também obscena. Porque nunca dizem que o Rabimo aspira (chupa) o sangue que escorre do prepucio cortado?
  23. Armando S Marangoni disse:
    Não vejo muita diferença entre ignorância e preconceito quando se trata de gente.
    Não posso afirmar nada em relação à cultura germânica, mas o procedimento de se cortar o prepúcio é indicado por questões higiênicas. Escolhi fazer a minha, mas gostaria que tivesse acontecido na primeira infância.
    Não se trata de mutilação, mas só quem leva a saúde a sério consegue entender.
  24. thaian disse:
    por esse âmbito, dá pra entender o título desta matéria como ignorância ou preconceito histórico, também? “país do holocausto”? ‘serio mesmo? vocês tomam o brasil pela alcunha “país da escravidão de angolenses” também?
  25. Emilio disse:
    Acho injusto que se faça qualquer coisa referente a credo religioso com um ser que não tem condições de se manifestar se é contra ou a favor. Inclui-se ai o batismo.
    Deve-se respeitar a pessoa e aguardar que ela faça a opção por qual o caminho seguir.
  26. Eduardo Oliveira disse:
    É, sem dúvida, uma mutilação dolorida. Em alguns casos pode acarretar infecção e morte. Se é feita por motivos puramente religiosos, sou radicalmente contra sua permissão. Ninguém pode machucar outra pessoa, ainda que seja seu filho, por uma convicção religiosa. Há estudos que indicam que pode haver benefícios para a saúde. Como sabemos, a medicina é cheia de estudos que depois se contradizem. O melhor é deixar a criança crescer e ela mesma decidir se quer ou não fazer a circuncisão.
  27. Alexandre disse:
    A retirada do prepúcio não retira do homem a possibilidade do prazer sexual, como ocorre quando se extirpam clitóris e lábios vaginais nas mulheres. É completamente diferente, Eder.
  28. Vinicius disse:
    “Goldschmidt está coberto de razão.” Razão em que, Dr. Gianni? Faça-me o favor! Esse seu texto é tão revoltante e realmente tem o intuito de tirar qualquer cidadão do sério.
  29. Carlos disse:
    A circunsisão deveria ser uma escolha pessoa, e não uma imposição, seja por qualquer motivo.
    Se fala em hingiene. Deveriam, então fazer leis, obrigando aos homens tomar banho !!
  30. Eder . disse:
    Nenhum dos dois, apenas dar o direito do homem poder escolher mais tarde se quer ou não fazer a circuncisão, ou por acaso a jornalista é a favor também da costura dos lábios vaginais feita em crianças em alguns países da Africa?

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