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7.04.2012

CARRO A AR

INACREDITÁVEL, mas novo carro MOVIDO A AR (comprimido) pode começar a circular em agosto

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Novo modelo da indiana Tata Motors: carro movido a ar
A Tata Motors, líder no mercado automobilístico indiano e gigante industrial que se encontra em constante expansão global, promete lançar já agora em agosto um modelo de carro que deve repercutir ainda mais que o Nano, que pôs à venda em 2009 com a alcunha de “O Carro do Povo” – por seu valor baixíssimo (o equivalente a  4,240 reais).
Batizada Mini CAT, a nova aposta do ousado fabricante asiático – que em 2008 adquiriu nada menos que a duas marcas extraordinárias e tradicionais, como Jaguar e a Land Rover, junto à Ford – é constituída por um chassi tubular e corpo de fibra de vidro, ao qual se agrega um revolucionário motor que dispensa gasolina, diesel, gás ou eletricidade. Funciona apenas com a ajuda do mais disponível dos propelentes: o ar.
A tecnologia, desenvolvida pelo inventor e ex-engenheiro de Fórmula 1 francês Guy Nègre e a empresa MDI, de Luxemburgo, emprega ar comprimido para empurrar os pistões do motor do carrinho. Todas as funções elétricas do automóvel são controladas por um microprocessador, enquanto um pequeno transmissor de rádio envia instruções a todos os outros (poucos) dispositivos.
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A tecnologia do motor a ar comprimido foi criada pelo inventor e ex-engenheiro de Fórmula 1 francês Guy Nègre e pela empresa MDI, de Luxemburgo
No Mini Cat, tudo se (re)aproveita: com temperatura rondando os 15 graus abaixo de zero, o ar limpo expelido pelo tubo de escape é reutilizado pelo sistema interno de ar condicionado, o que evita o consumo de gases ou a perda de energia.
Não são necessárias chaves, apenas um cartão de acesso “lido” pelo veículo mesmo que esteja, por exemplo, dentro de uma bolsa. Segundo os engenheiros responsáveis, circular em um Mini Cat custa menos de 50 rúpias (a moeda indiana) por 100 quilômetros rodados, ou seja, cerca de um décimo do custo de um carro movido a gás natural aproximadamente 1 dólar para cada 100 quilômetros). O carro desempenha uma velocidade máxima de 105 quilômetros por hora rende algo como 300 km percorridos a cada reabastecimento.
Para recarregá-lo, basta ir a um dos postos de combustível que estejam munidos de compressores de ar especiais. O processo todo dura entre dois e três minutos, a um custo de cerca de 100 rúpias (3,60 reais). É possível também reabastecer em casa ou dispor de compressor elétrico a bordo. Neste caso, a carga demora de 3 a 4 horas para ser completa.
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O Mini CAT: chassis tubular com fibra de vidro
Por não efetuar combustão, o motor do Mini CAT consome, por meio de suas peças móveis, 1 litro de óleo vegetal a cada 50.000 km. Devido à sua estrutura simples, requer pouca manutenção.
A aposta ousada da Tata, que desafia muitos críticos sérios e céticos, pretende colocar nas ruas uma verdadeira revolução — um automóvel extraordinariamente econômico, ”limpo” e, para os parões internacionais, baratíssimo: seu preço na Índia será perto de 360 mil rúpias  (pouco mais de 13 mil reais no Brasil).
Bem, agosto está aí. Esperemos para ver. Se tudo se confirmar, estará sendo virada uma página na história do automóvel — nada menos do que isso.

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