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7.09.2012

Cientistas descobrem novo componente que explica lesão nos tendões


Pesquisas são feitas em cavalos, que possuem tendões parecidos com o de humanos


Cientistas da faculdade Queen Mary, da Universidade de Londres, identificaram um componente vital dos tendões que pode ajudar a tratá-los em casos de lesões. A pesquisa, publicada na Interface Royal Society Journal descobriu que um componente dos tendões conhecidos como a matriz interfascicular (IFM) é essencial para sua função.
— Distúrbios de tendões são altamente debilitantes e dolorosos, e podem anunciar o fim da carreira de um atleta olímpico — disse o coautor do trabalho, Hazel Screen, professor de engenharia médica da universidade.
— Mesmo hoje, com os avanços na ciência do esporte, pouco se sabe sobre a saúde dos tendões, e ainda não entendo porque algumas pessoas são mais propensas a lesão no tendão do que outras — ressaltou Screen. — No entanto, nós descobrimos agora que a matriz que liga os fascículos do tendão, o MFI, é essencial para a função do tendão e que as alterações a esta estrutura podem ser responsáveis ​​pela lesão.
Cientistas da Queen Mary, junto de colegas da Universidade de Liverpool, estão trabalhando em um projeto financiado pela instituição Horserace Betting Levy Board para dissecar os tendões dos cavalos, a fim de compreender melhor o papel do IFM.
Lesão no tendão é comum em cavalos, assim como nos seres humanos, e geram um impacto econômico de mais de R $ 3 bilhões por ano em corridas de cavalos. Cerca de 16 mil cavalos estão em treinamento a cada ano e a taxa de lesão no tendão é de 43%.
Autor principal do trabalho, Chavaunne Thorpe, da Escola de Engenharia e Ciência de Materiais no Queen Mary explicou:
— Um tendão específico em cavalos conhecido como o tendão do músculo flexor superficial (SDFT) alonga e recua da mesma forma como o tendão de Aquiles e é ferido da mesma maneira.
A descoberta sugere que a IFM pode ser crucial na prevenção de ferimento devido ao uso excessivo dos tendões, e os autores estão agora tentando descobrir exatamente como isso é conseguido.

Como identificar lesões nos tendões pela imagem?


RM: diagnosticado uma tendinopatia do aquiles
RM: diagnosticado uma tendinopatia do aquiles
Atletas podem apresentar lesões agudas ou crônicas em tendões. As primeiras são freqüentemente rupturas - parciais ou totais, relacionadas a um trauma, e as últimas surgem por sobrecarga.

Em corredores, por exemplo, essas lesões ocorrem com certa freqüência na região do pé e tornozelo, especialmente no tendão calcâneo (aquiles), no tendão tibial posterior e nos tendões fibulares, que se localizam, respectivamente nas regiões posterior, medial e lateral do tornozelo.

Os métodos de Diagnóstico por Imagem são excelentes aliados dos ortopedistas e médicos do esporte para o diagnóstico destas lesões. Embora as radiografias não possam produzir imagens nítidas de estruturas de partes moles, como os tendões, elas são usualmente realizadas inicialmente na investigação da dor do esportista. E serão muito úteis caso diagnostiquem calcificação na região de um tendão, ou um esporão ósseo (no caso do calcâneo), ou mesmo um aumento do volume das partes moles, significando indícios de lesões a serem investigadas.

O exame de ultra-sonografia (US), realizado prontamente como primeiro exame ou após a realização de radiografias, destaca-se pela capacidade de poder analisar com qualidade os tendões. Ao se realizar um exame de US, o médico ultra-sonografista avalia se os tendões estão normais ou alterados. Resumidamente, as alterações possíveis de serem encontradas nos exames de US são: tendão espessado (com ou sem heterogeneidade de sua textura), presença de calcificações, rupturas parciais ou totais de suas fibras, e líquido em quantidade anormal em sua bainha sinovial (membrana que envolve o tendão).

Tendões com bainha sinovial, como o tendão tibial posterior e os tendões fibulares, que apresentarem aumento anormal de líquido na bainha, são diagnosticados como tenossinovite, fundamentalmente uma alteração inflamatória. Essa foi a lesão que pode ter acometido o maratonista Marílson Gomes antes da Maratona de Nova York.

Tendões que não têm bainha sinovial, como o tendão calcâneo, que se apresentarem com espessamento heterogêneo de suas fibras, são diagnosticados como tendinopatia crônica ou tendinose, que são alterações degenerativas. Estas alterações podem ou não ser acompanhadas de alterações na região ao redor do tendão, como bursite ou processo inflamatório em planos gordurosos (edema). Eventualmente, caso se detecte a presença de calcificações em tendões, o diagnóstico é de tendinopatia crônica calcárea. Tendões que apresentam tendinopatia crônica/tendinose estão mais sujeitos a rupturas.

Em caso de rupturas, o médico ultra-sonografista deve avaliar a extensão da lesão, principalmente classificando-a em ruptura parcial ou total, uma vez que isso determinará o tratamento a ser adotado pelo médico do atleta.

Ressonância -A ressonância magnética (RM) é, dentre todos os exames de imagem, a que produz melhor definição e diferenciação entre as estruturas do sistema músculo-esquelético. Além disso, é capaz de produzir imagens de toda a articulação e não se limitar aos planos superficiais, que é uma desvantagem da ultra-sonografia.

Dessa forma, além de a RM poder fazer os diagnósticos ao alcance da ultra-sonografia, acima descritos, permite que se demonstre outras possíveis causas de dor no tornozelo, como por exemplo: lesões ligamentares crônicas, fratura por estresse, lesões condrais (de cartilagem). Estas lesões podem, em alguns casos, causar sintomas semelhantes às de lesões tendinosas, ou acompanharem as tendinopatias. Assim, o médico obterá ainda mais informações fundamentais para iniciar o tratamento do esportista.

A tomografia computadorizada, apesar de ser muito útil na radiologia das lesões nos esportes, não tem um papel decisivo no diagnóstico de lesões em tendões. Por fim, a combinação racional dos exames de imagem solicitados pelo médico especialista poderá diagnosticar e graduar adequadamente vários tipos de lesão em atletas, e isso será ponto de partida fundamental para um bom tratamento.
Milton Miszputen 

SAIBA MAIS SOBRE TENDINITE

Tendões são estruturas formadas por fibras do tecido conectivo, agrupada em fascículos, separados em tecido conjuntivo frouxo. Estes ligam o músculo, tanto na origem, quanto na inserção à estrutura óssea adjacente. São de comprimento variável, e capazes de suportar grande pressão.
CAUSAS:
  • Sobrecarga quando o atleta / desportista realiza um esforço maior que suas possibilidades reais.
  • Microtraumatismo de Repetição (Overuse) quando a repetição exagerada de um mesmo movimento com ou sem resistência, leva a uma inflamação do tendão.
  • Processo Degenerativo dos Tendões em função do excesso de uso, poderá assim o tendão, passar a um processo degenerativo permanente que poderá inviabilizar prática das atividades.
  • Calcificações aumento no depósito de cálcio na bainha do tendão faz com que apareçam estas calcificações, surgindo assim, tendinites calcáreas e rupturas parciais do tendão.
  • Ruptura perda da solução de continuidade do tendão, por traumatismo direto, e processos degenerativos tendinosos.
Classificação:
Tendinite, Paratendinite e Tendinose, são nomenclaturas usuais. Tendinite é a inflamação "dentro" do tendão.Paratendinite envolve apenas a inflamação da camada externa do tendão. E Tendinose, descreve um tendão com alterações degenerativas significativas. Outro termo empregado é a, Tenossinovite. Do ponto de vista sintomático é muito semelhante ao da tendinite, entretanto, no aspecto da localização, tenossinovite é a inflamação que ocorre nas bainhas sinoviais que envolvem os tendões, responsáveis por reduzirem a fricção no movimento. O processo inflamatório instalado produz subprodutos que são "pegajosos" e proporcionam uma maior aderência do tendão a bainha sinovial, causando dor.
TRATAMENTO:
Dividiremos o tratamento em fase aguda, fase sub aguda e fase de resolução.
Na fase aguda, é a fase mais dolorosa, pela presença dos subprodutos da lesão que ativam as terminações nervosas livres ocasionando a dor.
O tratamento nesta fase é basicamente antiinflamatório e analgésico, sendo recomendados assim:
  • Uso de antiinflamatórios
  • Gelo
  • TENS modo convencional
  • Ultra-Som no modo pulsátil
  • Repouso
Na fase sub aguda, nos quais a dor já terá diminuído. Assim seguem as mesmas condutas antiinflamatórias da fase anterior podendo incluir(observar quadro clínico):
  • Ultra-Som modo contínuo
  • TENS no modo acupuntura
  • Massagem transversa de Cyriax sobre o tendão
  • Mobilização passiva e ativa – assistidas
  • Exercícios de facilitação neuromuscular proprioceptiva
  • Alongamentos
Na fase de resolução, a dor já terá desaparecido quase que totalmente, e sendo assim, o objetivo será a de recuperação da mobilidade articular e da força muscular do paciente. Então incluímos:.
  • Exercícios contra resistência manual
  • Exercícios com pesos
  • Exercícios de propriocepção
  • Exercícios funcionais
  • Alongamentos
Lembrar que em se tratando de atletas, poderá ser realizado um protocolo mais acelerado visando seu retorno as atividades o mais rápido possível.
PRINCIPAIS LESÕES
Membros Inferiores
• Tendinite de Aquiles
• Tendinite do tibial anterior
• Tendinite flexor longo do hálux
• Tendinite tibial posterior
• Tendinite dos fibulares
Membros Superiores
• Tendinite do manguito rotador: supraespinhoso, infraespinhoso, subescapular, redondo menor e tendão da     cabeça longa do bíceps
• Tendinite dos flexores de punho e dedos
• Tendinite dos extensores de punho e dedos
• Tendinite de Quervain

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