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7.28.2012

Duas resoluções do Conselho Regional de Medicina proíbem participação dos profissionais no procedimento e barra também a entrada de doulas em hospitais

Coren-RJ diz que resoluções do Cremerj obrigam grávidas a ter bebê no hospital

Coren-RJ diz que resoluções do Cremerj obrigam grávidas a ter bebê no hospital (Jupiterimages)
O Conselho Regional de Enfermagem do Estado do Rio de Janeiro (Coren-RJ) cumpriu o prometido e entrou nessa sexta-feira com uma ação civil pública na 2ª Vara Federal contra as resoluções do Conselho Regional de Medicina (Cremerj) que proíbem médicos de fazerem parto em casa e vetam a ação de parteiras e doulas (acompanhantes de gestantes) em ambientes hospitalares.
"O objetivo é anular as medidas para que seja assegurada a presença de uma equipe de apoio complementar, com a participação de médicos, na realização de partos domiciliares. A ação pede também que as doulas, parteiras e obstetrizes tenham acesso garantido aos ambientes hospitalares na realização dos partos, se esta for a opção da parturiente, em respeito à Constituição", destaca nota assinada pelo presidente do Coren-RJ, Pedro de Jesus.
O que o Coren-RJ defende é o direito de escolha da mulher, tanto no que diz respeito a onde quer que seu filho nasça como também quais acompanhantes deseja que estejam com ela no hospital. Já o Cremerj diz que sua intenção é alertar as mulheres de que, ao optar por fazer o parto em casa, estariam se expondo a um "risco desnecessário".
Apoio - A seu lado, o Coren-RJ já tem a Defensoria Pública do estado, que estuda pedir explicações sobre as determinações, e um grupo de mulheres, que organizam uma manifestação a favor do parto humanizado. A caminhada ganha força e adeptas principalmente pelo Facebook, e espera reunir de 500 a 1.000 pessoas no próximo dia 5 de agosto, em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro.


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