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7.02.2012

Ditadura teria destruído mais de 19 mil documentos secretos

Ordens teriam partido do comando do Serviço Nacional de Informação e foram cumpridas no governo João Baptista Figueiredo

Do Portal Terra

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Um conjunto de 40 relatórios encadernados, guardado em sigilo por mais de três décadas, detalha a destruição de aproximadamente 19,4 mil documentos secretos produzidos ao longo da ditadura militar brasileira pelo extinto Serviço Nacional de Informações (SNI). Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, as ordens de destruição, agora liberadas à consulta pelo Arquivo Nacional Brasileiro, partiram do comando do SNI e foram cumpridas no segundo semestre de 1981, no governo João Baptista Figueiredo. Entre os documentos, estavam relatórios sobre personalidades famosas, como o político Leonel Brizola, o arcebispo católico d. Helder Câmara, o poeta e compositor Vinicius de Moraes e o poeta João Cabral de Melo Neto.
Boa parte dos documentos eliminados trata de pessoas que já tinham morrido. A análise dos registros sugere que o SNI procurava se livrar de todos os dados de pessoas mortas. O general da reserva Newton Cruz, que chefiou a agência central do SNI na época da destruição dos papéis alega não se recordar do ato, mas afirma ter seguido a legislação em vigor. "Foi de acordo coma lei da época. O SNI existia para assessorar o presidente da República na política do governo". Para o general, documentos produzidos a partir de informantes do SNI deveriam ser todos destruídos.

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