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7.14.2012

O Tolo, O Inteligente, Aquele que possui uma mente privilegiada e O Sábio

Ela disse que "todos os fulanos eram assim", porém, minutos depois, ela se retratou e disse "é... na verdade, não posso afirmar que todos os fulanos são assim, pois, não tenho a comprovação exata de que todos esses fulanos, de fato, são assim". Ou seja, ela é uma pessoa inteligente, pois, teve a capacidade de analisar aquilo que falou outrora, identificando em sua fala a falha que é a generalização infundada (Todo indivíduo/evento x é y) e corrigindo. Sim! A pessoa que profere um discurso, a priori infundado, mas que porém, num momento posterior tem a capacidade de analisar aquilo que proferiu e corrigir é, de fato, uma pessoa inteligente.

Há - não tenho dúvidas disso - relacionado à mostra de inteligência dela que pude presenciar (ela: galega, linda, de bustos grandes e salientes...) uma gradação que é perceptível ao nosso redor, no cotidiano e que é possível enquadrar os tipos (incluso nós mesmos) ainda que toda e qualquer rotulação seja perigosa e problemática. Porém, vamos a ela:

01) O tolo: Ela não é tola, pois, ela analisou aquilo que falou num primeiro momento, retratando-se num momento posterior, corrigindo sua fala da tão perigosa indução. O tolo, só fica no primeiro estágio e ali estanca, ou seja, ele profere uma sentença do naipe Todo indivíduo/evento x é y sem ponderar (não há ponderação, cuidado, quando se diz uma sentença desta forma). Ele a propaga sem ponderar a possibilidade de em algum lugar do planeta, ou do universo, acontecer um evento que possa invalidar esta sentença totalizante (penso em Hume, que sempre nos alerta para os perigos da indução). Este seria o tolo.


02) O inteligente: Já explanado no primeiro parágrafo do texto, ou seja, aquele que analisa o que foi dito e tem a capacidade de se retratar, interna ou externamente.

03) Aquele que possui uma mente privilegiada: Os destes naipe são raros. Pois, aquele que possui uma mente privilegiada, pensa (repare, ele não profere, ele não lança a sentença sonoramente ou na escrita) em uma sentença totalizante pautada em uma tola indução, porém, logo em seguida, ainda em pensamento, vê a vanidade desta sentença e, em pensamento, prontamente a descarta, sendo que esta é desintegrada nos confins profundos e obscuros de sua mente. Logo após este processo de desintegração desta sentença totalizante que assola seu pensamento repentinamente, sua mente, que privilegiada é, se aviva, clarifica-se novamente, abrindo-se às infinitas possibilidades que nela surgem, pois, esta mente é expansiva e caminha para a sabedoria, atributo do sábio.

04) O Sábio: Se aquele que possui uma mente privilegiada é raro, o sábio é raro dez vezes mais, pois, o sábio não se mostra e, a diferença deste último para aquele que possui uma mente privilegiada, é que este último, por não ser sábio, pode vacilar, às vezes, em atitudes típicas de um aqui considerado inteligente (assim como o considerado aqui inteligente, pode, às vezes, vacilar para a tolice). Ou seja, o sábio não é assolado com pensamentos de sentenças totalizantes; ele nem cogita a possibilidade de Todo indivíduo/evento x é y pois 01) ele se ocupa com outras coisas muito mais elevadas que a totalização e 02) de tão vão e sem nexo que são as sentenças deste naipe, elas nem lhe ocorrem, pois, ele está em um estágio que o faz vislumbrar a realidade de um modo totalmente diverso do homem comum (nós).

Evidentemente que sábio não sou. Oscilo entre o tolo e o inteligente. Somente em algumas poucas situações, cheguei a ponta mínima da centelha da mente privilegiada... A sabedoria é sim deste mundo, porém, muitíssimo rara, tendo hoje, mais um caráter de ficção do que qualquer outra coisa, porém, afirmo: eu conheço um que se enquadra na c

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