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7.10.2012

O X do ponto G


O gozo masculino é melhor quando se ‘feminiza’ 
Por Arnaldo Bloch



Um episódio clássico da série que leva seu nome, o filósofo Jerry Seinfeld, num daqueles momentos de stand-up comedy, compara o gozo feminino (no sentido da desejável “tarefa” em geral masculina de proporcioná-lo) à Bat-Caverna (o esconderijo de Batman), dizendo mais ou menos o seguinte: 

  — Ninguém sabe onde fica. E, se a gente vai lá, não tem a mínima ideia de como chegou. 


  Claro que não é bem assim. Não é nada assim. Em primeiro lugar, o orgasmo feminino não depende só de quem proporciona, mas do estado de espírito da mulher, de sua personalidade, de sua relação com o próprio corpo, do quanto ela se toca, e de uma infinidade de aspectos de sua subjetividade. 


  Aí entra (!) o homem lato sensu: claro que são fatores importantes sua habilidade, as técnicas, os encaixes, seus conhecimentos anatômicos, sua sensibilidade, sua paciência, suas características, em face às preferências da parceira. Mas a Mãe Natureza é misteriosa e generosa: em alguns casos (os melhores), a química, por si só, faz maravilhas sem qualquer esforço de uma parte ou de outra, sendo que os detalhes técnicos podem ou não participar da festa, só como uma cereja no embalo do bolo. 


  Mas num ponto a piada careta e simplificadora de Seinfeld acerta em cheio: o orgasmo feminino é rico, complexo, e sua geografia é um mistério. A ponto de se ter criado o conceito do ponto G como algo que poderia vir para explicar, mas que acabou servindo para confundir. A existência de um ponto “atrás do osso púbico, perto do canal da uretra e acessível através da parede anterior da vagina” como sendo o centro ótimo da estimulação orgástica (trazendo inclusive uma série de benefícios médicos) criou uma espécie de corrida ao ouro, que, no final, se revelou infrutífera: embora muitos e muitas se gabassem de tê-lo encontrado, a coisa sempre esteve mais para história de pescador. 


  Isso não quer dizer, de forma alguma, que o ponto G não exista, como agora um estudo vem preconizar. Ao contrário: o que não existe é uma localização determinada para ele na vastidão da sexualidade feminina. Assim, o fato de o ponto G ser um mito, por paradoxal que pareça, é a prova maior de sua existência! 


  Ele existe em vários lugares. Um hoje, outro amanhã. Ou ao mesmo tempo, ubíquo e onipresente, em todos os lugares. Ou, creiam, num lugar só e em vários, complementarmente. O gozo feminino é uma onda de energia que percorre todo o corpo, pode durar muito tempo e conduz a um estado de alma posterior elevadíssimo, que transcende o simples desejo de dormir depois do “descarrego”, tão característico do orgasmo masculino. Este tende a ser descrito como sempre localizado e de curta duração. Ou seja, o ponto G do homem estaria muito mais próximo da definição original: sua localização é conhecida, é o pênis (ou, segundo algumas vozes iogues, outras iogays, a próstata...). 


  Por isso o homem inveja tanto o orgasmo feminino. Alguns buscam, através de esforços tântricos ou reichianos, a superação. Outros desistem de ver nele algo tão especial, como um amigo meu que, dia desses, veio com essa: 


  — Arnaldo, tem tantas coisas melhores para se fazer com uma mulher do que gozar! Quer gozar, vá ao banheiro. 


  Ou seja, para esse meu amigo, gozo=ejaculação. A não ser no banheiro, onde a fantasia bate um bolão... Respondi de bate-pronto: 


  — Cara, a qualidade do seu orgasmo com mulheres deve estar muito baixa. E vou te dizer: depois que passei dos 30, e, mais ainda, dos 35, o orgasmo passou a ser ao mesmo tempo mais demorado, mais intenso, mais curtido e mais espraiado. Sobe pela espinha, solta o peito, liberta os pensamentos... 


  — Menos, Arnaldo. Você está descrevendo um orgasmo feminino. 


  Se é isso, que assim seja. Uns 20 anos atrás, lembro-me de meu pai dizendo coisa semelhante. Que, com a idade, o gozo dele foi melhorando. Talvez seja isso: como a mulher é sempre mais madura que o homem, ela goza melhor. Quando o homem atinge, tardiamente, a maturidade, ganha de presente esse atributo: o gozo com G maiúsculo. Donde se conclui, penso, agora, com meus botões ainda atados, que o ponto G, em toda a sua grandeza e virtualidade, existe para todos, homens e mulheres (heteros ou gays), onde quer que ele esteja, e quando for o momento. O ponto G é único e múltiplo, individual e coletivo, pode estar em dois lugares ao mesmo tempo e sua geografia é mais quântica que newtoniana. E ponto final.









Dicas para garotas solteiras (em 1938)

Algumas dicas para as garotas que estavam solteiras em 1938




"Não fale sobre roupas ou tente explicar seu visual para um homem. Agrade e mime seu par conversando sobre coisas que ele queira conversar"












"Não seja chorona ou tente fazer com que ele fale algo por causa de suas chantagens sentimentais. Homens não gostam de lágrimas, principalmente em lugares públicos"







"Não beba muito, já que um homem espera que você mantenha sua diginidade durante toda a noite. Beber pode deixar algumas garotas parecerem espertas, mas a maioria fica besta mesmo"







Engraçado que parece que tudo continua do mesmo jeito... Acho que a gente só finge que mudou...

Mães....


Mãe: Alô?
Filha: Mãe? Posso deixar os meninos contigo hoje à noite?
Mãe: Vai sair?
Filha: Vou.
Mãe: Com quem?
Filha: Com um amigo.
Mãe: Não entendo porque você se separou do teu marido, um homem tão bom...
Filha: Mãe! Eu não me separei dele! ELE que se separou de mim!
Mãe: É... você me perde o marido e agora fica saindo por aí com qualquer um...
Filha: Eu não saio por aí com qualquer um. Posso deixar os meninos?
Mãe: Eu nunca deixei vocês com a minha mãe, para sair com um homem que não fosse teu pai!
Filha : Eu sei, mãe. Tem muita coisa que você fez que eu não faço!
Mãe: O que você tá querendo dizer?
Filha: Nada! Só quero saber se posso deixar os meninos.
Mãe: Vai passar a noite com o outro? E se teu marido ficar sabendo?
Filha: Meu EX-marido!! Não acho que vai ligar muito, não deve ter dormido uma noite sozinho desde a separação!
Mãe: Então você vai dormir com o vagabundo!
Filha: Não é um vagabundo!!!
Mãe: Um homem que fica saindo com uma divorciada com filhos só pode ser um vagabundo, um aproveitador!
Filha: Não vou discutir, mãe. Deixo os meninos ou não?
Mãe: Coitados... com uma mãe assim...
Filha: Assim como?
Mãe: Irresponsável! Inconseqüente! Por isso teu marido te deixou!
Filha: CHEGA!!!
Mãe: Ainda por cima grita comigo! Aposto que com o vagabundo que tá saindo contigo você não grita.
Filha: Agora tá preocupada com o vagabundo?
Mãe: Eu não disse que era vagabundo!? Percebi de cara!
Filha: Tchau!!
Mãe: Espera, não desliga! A que horas vai trazer os meninos?
Filha: Não vou. Não vou levar os meninos, também agora não vou mais sair!
Mãe: Não vai sair? Vai ficar em casa? E você acha o que, que o príncipe encantado vai bater na tua porta? Uma mulher na tua idade, com dois filhos, pensa que é fácil encontrar marido? Se deixar passar mais dois anos, aí sim que vai ficar sozinha a vida toda! Depois não vai dizer que não avisei! Eu acho um absurdo, na tua idade você ainda precisar que EU te empurre para sair! 

(Luis Fernando Verissimo)

Amizade entre homem e mulher

No final dá uma derrapada básica, mas que é um texto bastante elucidativo, isso é.
"Muita gente acha impossível haver amizade entre homem e mulher, isso pelo fato de que um dos dois, ou às vezes os dois, vão sempre querer algo a mais.
A questão é simples: são coisas excludentes?
O sexo faz da amizade menos amizade? Ou isso se dá somente quando existe puro interesse sexual?
Quando falamos em “sexo que estraga amizades”, a primeira imagem é a do cara que investe na amiga. As mulheres são as vítimas-padrão acerca desse tipo de conduta.
Por outro lado, o estereótipo da amizade feminina é o da inveja e competição, e o da masculina é exatamente o inverso.
Os homens são amigos sinceros, mas também interessados em sexo e em estragar amizade? As mulheres são amigas invejosas, e sempre desinteressadas em sexo ou em algo que estrague a amizade?
Não faz o menor sentido, não é? Então vamos abolir os estereótipos, porque contraditórios, e nos atrelar aos fatos. Somente a eles.
Os homens, em geral, não vêem problema algum em ter uma amizade com uma mulher e ao mesmo tempo querer comê-la. Inclusive, não há problema algum em manter essa amizade após o “ato consumado”.
Quando o camarada desaparece, não é porque a amizade toda era uma mentira. Isso ocorre porque ele apenas pretende evitar que o fato se transforme em padrão, o que faria da amizade um namoro.
Um caso não atrapalha amizade, mas namoro sim.
Quem adora atrapalhar a amizade, na boa, SÃO AS MULHERES. Isso mesmo. Enquanto os homens querem um triquetrique só para descontrair, a mulherada já pensa três jogadas adiante, buscando enlaçar o camaradinha.
Pela visão religiosa, o sexo é uma coisa suja e o amor é exatamente o inverso. Bonito, bonito. Enxuguemos a lágrima e vamoquevamo.
Sexo não estraga amizade alguma, o “amor” sim. Porque, no caso, não é exatamente o amor, mas sim a busca da transfiguração da amizade em namoro, ou coisa que o valha.
Quem gosta de estragar amizade não é o homem, mas sim a mulher.
Não é o interesse sexual masculino que estraga a amizade, mas sim o interesse afetivo feminino. Elas se dizem traídas ou atraídas inicialmente por uma amizade, mas que a mesma se “rompe” quando o homem investe sexualmente.
Cascata da braba.
Elas é que estragam a amizade quando se deixam levar pela idéia, em geral meio biruta, de que a mesma possa se tornar namoro, noivado, casamento, filhos, bodas de prata, netos, bodas de ouro etc.
O homem que busca o sexo é visto como um crápula, um boçal, um idiota que se aproveita da amizade para galgar êxito em seus objetivos carnais. Mas a mulher que busca o relacionamento amoroso, usando a amizade como aproximação, é apenas uma alma bondosa que busca a felicidade.
Na hora do fuá, é todo mundo hippie. Mas na hora de contar a história triste, são todas da Tradição Família e Propriedade.
Disso tudo, apenas tenho uma certeza: é polêmica a questão da amizade entre homens e mulheres, mas o que não existe, de forma alguma, é amizade de mulher com mulher."

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