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7.02.2012

Vinhos


É brasileiro sim, mas tem gente que prefere os chilenos

  • Por Claudia Silveira
Por Jorge Mariano
Luiz Horta durante a degustação com vinhos nacionais e europeus (Foto: Nilton Fukuda/AE)
Na última degustação realizada durante o 6º Paladar – Cozinha do Brasil, Luiz Horta, colunista de vinhos do Estadão, desafiou os participantes. Foram dez vinhos, entre nacionais e europeus, degustados às cegas para testar as habilidades de todos os que estavam na sala. “Nas degustações que fizemos aqui, muitos vinhos nacionais foram confundidos com vinhos estrangeiros”, disse Horta. A ideia, era mostrar que a produção nacional acompanha a cultura do vinho mundial sem deixar de lado suas características próprias.
O vinhos Villa Francioni Joaquim 2009, Quinta do Seival Castas Portuguesas 2008, Don Laurindo Tannat Reserva 2005, Pizzato DNA 99 Merlot 2005, Miolo Merlot Terroir 2009, Lidio Carraro Elos 2008, Dom Cândido Documento Merlot 2009 e Marco Luigi Cabernet Sauvignon 1999, representaram o País no painel. Os vinhos europeus ficaram por conta dos franceses Chateau Turon de La Croix 2009 e o Barons de Rothschild-Lafite Bordeaux Réserve Spéciale 2009.
“A gente mudou de patamar na vinicultura nacional. Em qualidade e ousadia”, falou Horta. Foi merlot virando cabernet, varietal passando por vinho de corte, francês com sotaque gaúcho. Poucos foram os que conseguiram acertar o que era servido nas taças. Tudo isso demonstra as qualidades únicas do Brasil para a produção de vinhos. As vinícolas estão conseguindo extrair notas antes impensáveis por aqui. E Horta reafirmou a fala de José Luiz Pagliari, de que o vinho brasileiro é uma bebida gastronômica. “Seria bom se tivéssemos alguns quitutes para acompanhar”, disse durante a aula.
Os sons de surpresa eram comuns durante a aula e muitos mostraram-se impressionados com as bebidas. O próprio Luiz Horta mostrou-se intrigado com algumas notas encontradas e feliz pela qualidade de tudo que estava provando. “Não que o Brasil seja o melhor produtor do mundo, mas comparado há 20 anos, quando os vinhos eram motivo de piada, hoje são perfeitamente competitivos no mercado”

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