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8.06.2012

Estudo identifica anomalia em cérebro com Alzheimer


O cérebro de pacientes com Alzheimer é parecido com o de crianças em alguns aspectos, segundo um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Michigan.

O tecido branco do cérebro de portadores da doença lembra o tecido de mesmo tipo encontrado em cérebros imaturos, de acordo com os cientistas americanos.

As características encontradas, normais durante a infância, provavelmente se devem a um processo de deterioração de células do cérebro, no caso de pessoas adultas.

As conclusões podem ajudar a descobrir as causas e facilitar o diagnóstico da doença, uma forma de demência que atinge cerca de 500 mil pessoas apenas na Grã-Bretanha.

Massa cinzenta

O cérebro tem massa cinzenta e branca. A parte cinzenta é responsável pelo processamento e a branca pelos canais de comunicação.

O estudo se concentrou na massa branca que responde pela conexão entre as duas partes do cérebro.

Os cientistas americanos examinaram a massa branca de 13 pacientes com Alzheimer e 60 pessoas saudáveis de diferentes idades.

Nos portadores de Alzheimer, as moléculas de água se espalham mais livremente do que em adultos sadios, segundo Jeffrey Lassig, um dos cientistas responsáveis pelo estudo.

Neste aspecto, o cérebro dos pacientes se parece com o de crianças.
(Fonte: BBC)


Doe seu Cérebro

Todos querem a cura para doenças como o Alzheimer, Parkinson, Demência Frontotemporal e demais patologias que afetam o cérebro. No entanto, para alcançarmos o ponto de desenvolver métodos que alterem a evolução dessas doenças é importante que conheçamos os mecanismos que levam ao desenvolvimento dessas condições degenerativas do sistema nervoso.
Existem vários métodos para a obtenção de conhecimento sobre as doenças. O estudo de modelos animais é um deles. Quando temos animais que desenvolvem doenças semelhantes aos humanos, somos capazes de avaliar as alterações ao longo da vida e no transcorrer das gerações, sem a necessidade de esperar 70 ou 80 anos que é o ciclo normal humano. Infelizmente, não temos ainda modelos animais para a doença de Alzheimer que nos permitam avançar mais rapidamente no conhecimento dessa condição.
Outra possibilidade é a pesquisa em seres humanos vivos por meio de exames e tecnologias que nos dêem acesso às funções cerebrais com o mínimo de invasão e risco para as pessoas. De fato, muitas doenças neurológicas são melhor compreendidas graças aos conhecimentos proporcionados por métodos como a ressonância magnética, a tomografia, o exame de líquido cefalo-raquidiano e estudos por emissão de pósitron, entre outros. Contudo, não conseguimos saber o que acontece ao nível das células e como é afetada a estrutura do cérebro em termo histológicos pelos exames citados.
Se estivéssemos lidando com um tecido como a pele ou o músculo, poderíamos obter pequenos pedaços para análise microscópica ao longo da vida e teríamos informações precisas sobre o desenvolvimento das doenças. No entanto, a biópsia cerebral que é o correspondente a isso no sistema nervoso, é um procedimento bastante invasivo, com riscos consideráveis à saúde do enfermo e seu uso é restrito para casos muito específicos nos quais o risco e o benefício são bem pesados. Uma situação assim é, por exemplo, quando se acredita que a lesão cerebral é decorrente de uma inflamação como uma vasculite ou tumor que podem ser melhor tratados se soubermos exatamente o que está acontecendo.
Existe ainda uma outra forma de colaborar para o desenvolvimento da ciência e aumentar a chance de chegarmos mais rapidamente ao desenvolvimento de tratamentos eficazes para várias doenças: é a doação do cérebro após a morte. Nos países desenvolvidos na Europa ou na América do Norte, as pessoas doam seu cérebro após a sua morte para que os pesquisadores compreendam com mais detalhes tanto o envelhecimento normal quanto as doenças que acometem o sistema nervoso central. Um progresso considerável foi feito nas últimas décadas sobre o Alzheimer, o Parkinson e outras doenças neurológicas por esse método. As pessoas mais conscientes participam de pesquisas em vida e disponibilizam seus prontuários e seu corpo para que a ciência progrida e as futuras gerações se beneficiem.
No Hospital das Clínicas existe um banco de cérebro bem estruturado e você pode também colaborar para a melhora da saúde de seus descendentes. Considere fazer uma doação do seu cérebro e participe de nossos programas de estudos e pesquisas para indivíduos normais e com problemas de memória.
Entre em contato com o CEREDIC pelo telefone (11)3086-1326 e obtenha maiores informações. 
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