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8.02.2012

Foco na qualidade de vida dos pacientes


Instituto Paulo Gontijo realiza 1º Fórum de Doenças Neuromusculares dia 24 de agosto em São Paulo para discutir capacitação de profissionais

Viviane Nogueira
RIO - Uma doença que debilita rapidamente e, não importa o que se faça, o paciente sempre piora. Assim é a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), que atinge três pessoas em cada cem mil no mundo — no Brasil não há esse levantamento — e que enfrenta uma falta de capacitação por parte de fisioterapeutas, nutricionistas e fonoaudiólogos, entre outros profissionais. No dia 24 de agosto, das 14h às 18h, o Instituto Paulo Gontijo (IPG) realiza o 1º Fórum de Doenças Neuromusculares no Hotel Blue Tree Morumbi, em São Paulo, para tratar de questões relacionadas à doença.
— Há dificuldade de capacitação de profissionais e também na integração da equipe. Se todos trabalharem juntos o paciente tem mais qualidade de vida, porque a doença evolui rapidamente e as necessidades mudam muito — explica o neurologista Francisco Rotta, especialista em doenças neuromusculares que abre o evento com a palestra “Atendimento Multidisciplinar: onde estamos e onde precisamos chegar”.
Segundo o médico, os pacientes de ELA vivem em média três anos e meio com a doença, mas o desvio padrão é muito grande: 20% vivem cinco anos ou mais e 10% vivem dez anos ou mais, não se sabe por quê. No fórum, serão abordados os cuidados, a integração e os padrões de atendimento ideais, ou seja, em que momentos intervir e com que tipo de suporte.
— As pessoas que trabalham com esses pacientes têm motivações especiais, muito por causa de características dos doentes de ELA, que têm pouca depressão. Pesquisas recentes mostraram que a doença altera circuitos cerebrais, o que faz com que esses doentes sejam mais otimistas — diz Rotta.

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