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8.27.2012

Ser humano pode guardar informações externas durante o sono

Teste mostra que pessoas podem reconhecer, mesmo inconscientemente, sons e cheiros enquanto dormem

 



AS PESSOAS dormiam em um laboratório especial onde o estado do sono era constantemente monitorado
Foto: Divulgação/09-12-2003
AS PESSOAS dormiam em um laboratório especial onde o estado do sono era constantemente monitorado Divulgação/09-12-2003
É possível aprender enquanto dorme? Um estudo do Instituto Weizmann mostra que se certos cheiros e barulhos rodearem um indivíduo durante o sono, este começará a suspirar se ouvir o mesmo som outras vezes (mesmo sem o odor que geraria a reação), esteja dormindo ou acordado. As pessoas podem, portanto, guardar informações durante o período, o que afeta o comportamento, mesmo inconscientemente.
Durante os testes, as pessoas dormiam em um laboratório especial onde o estado do sono era constantemente monitorado. Se acordassem durante os exames, mesmo que por um momento, eram desqualificadas. Durante o período, um som era exposto, seguido imediatamente de um odor, agradável ou não. Então um outro som era tocado, seguido por um odor oposto ao anterior (se era um cheiro bom, colocava-se um cheiro ruim, e vice-versa).
Durante a noite, várias combinações eram usadas. Os voluntários passavam a reagir aos barulhos mesmo sem um odor logo após, dando longos suspiros. No dia seguinte, as pessoas, já acordadas, ouviam os sons mais uma vez, sem o cheiro que viria após. Apesar de não terem noção do que se passou com elas enquanto dormiam, também passavam a suspirar constantemente.
A junção do som e do odor tem certas vantagens. Nenhum dos sentidos pode acordar o indivíduo, mas pode gerar reações do cérebro. O odor ainda pode gerar um tipo de comunicação não verbal, que é o suspiro. Neste caso, durante a soneca ocorre o mesmo que geralmente ocorre quando a pessoa está acordada. Inspira-se cheiros agradáveis e se suspende a inalação com um cheiro ruim.
Testes sobre aprendizagem no sono são notoriamente difíceis de serem realizados. O pesquisador precisa ter certeza de que o objeto de estudo realmente dorme e não vai acordar durante os testes. Testes para averiguar o ensino verbal neste período, por exemplo, nunca conseguiram chegar a um resultado conclusivo. A falta de dados concretos tem frustrado cientistas que defendem a importância do sono para consolidação do aprendizado.

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