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9.18.2012

Balconê, push-up, maternity; saiba diferenciar os vários tipos de sutiãs


 
 Foto: Divulgação
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Tatiana Sisti
Poucas mulheres saem para comprar uma lingerie e têm a mesma preocupação de quando compram aquele pretinho básico para arrasar em uma noitada. A verdade é que são raras aquelas que levam em consideração, além da beleza, fatores importantes como caimento e suas funções, por exemplo.
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Para saber qual tipo de sutiã é o certo na hora de comprar, o primeiro passo é conhecer o próprio corpo para então buscar tamanhos adequados e tirar melhor proveito dos atributos da peça, associando o conforto e a funcionalidade. Segundo Raquel Marinho, colaboradora da All Lingerie, os tamanhos inadequados e os modelos impróprios para o biótipo são os maiores erros entre as mulheres.
Por isso, leve em consideração o “tamanho e largura das alças adequadas aos tamanhos do biotipo, escolha um modelo específico para cada função, conforto, além de matéria-prima de qualidade”. “As novas tecnologias auxiliam muito no processo de compra, trazem em sua construção inúmeros benefícios que incidem diretamente no conforto e vestibilidade dos sutiãs. Os bojos na hora da escolha também fazem toda a diferença em suas funções, volumes, maciez, flexibilidade e suavidade ”, explicou.
Para Ligia Buonamici Costa, diretora de marketing e desenvolvimento de produto Liz, o modelo mais usado atualmente pelas mulheres é o push up. “Ele aproxima os seios e aumenta relativamente, dependendo do ângulo e do tamanho da bolha, o recheio do bojo”, disse.
Segundo a especialista, antes de mais nada, é preciso ter consciência de como é o seio, separado, junto, flácido, rígido, com mamilos salientes ou não.  Além disso, somente 20% das mulheres têm o seio proporcional às costas. “Ela tem que entender que são maiores ou menores no seio. Por isso, tem que comprar o sutiã levando em consideração o tamanho das costas e do bojo”, acrescentou. Segundo ela, “depois que a mulher incorpora essas características, o beneficio é maravilhoso. É nascer de novo”, brincou.
Segundo a especialista, é necessário que as mulheres façam um paralelo entre beleza e funcionalidade. “É como comprar um creme ou um xampu. As variáveis são grandes. Com lingerie, o ideal é passar por uma vendedora/consultora. Ela identifica o tamanho precisamente e sugere os estilos adequados. A mulher não usa somente um estilo de sutiã. É um casamento com o que fica melhor para o seio e o que agrega com a roupa”, acrescentou Lígia. “A função da lingerie é deixar a mulher mais elegante. Você pode estar com uma roupa maravilhosa, mas se estiver mal maquiada, com o cabelo ruim, não fecha o conjunto. Com o resto é a mesma coisa. Sutiã que marca, calcinha que cria um risco no bumbum acaba com a elegância. Tudo isso passa pela saúde também. Sutiã com aro no tamanho errado pega em cima do seio e pode causas problemas”, finalizou.
Depois disso fica mais fácil escolher o modelo para cada ocasião. Com a ajuda das profissionais, o Terra desvendou alguns modelos de sutiãs. Veja quais são:
Bralette: o modelo ainda é pouco usado pelas mulheres brasileiras e pouco conhecido por seu nome original. “Mesmo tendo uma adesão incomparável ao push-up, esse modelo tem sido cada vez mais procurado, principalmente por aquelas que aderem a prótese de silicone”, explicou Raquel. Ele é sem bojo, sem arco e, por isso, considerado uma peça confortável. “Hoje ele pode ser encontrado em diversos modelos, o estilo vai do básico sem costura aos sensuais em renda”, acrescentou.
Quem pode usar: mulheres com silicone e mulheres mais jovens, com seios firmes (é bom evitar o uso diário, é importante mesclar com sutiãs que garantam média sustentação). O modelo é indicado para usar com tecidos finos, sedas e transparências.
Push-Up: realça os seios, propicia volume, eleva e projeta tornando um visual bonito e sensual. Ele tem mais bolha, dá volume e mais forma aos seios. “O modelo tem um efeito mais contemporâneo e se adequa a um maior número de roupas”, disse Raquel. Ele tem uma base projetada que impulsiona o seio para cima de forma natural.
Quem pode usar – mulheres com seios pequenos ou quase não têm seios. “Adultas que parecem menina-moça, com seio infantil também podem usar. O nome descreve a função. tem literalmente a forma do seio. Ele aumenta até dois números do manequim”, disse Lígia.
Balconê: é bem semelhante ao sutiã meia-taça, porém, como o decote é mais cavado, acaba sendo mais sexy. “Ele cobre a parte de baixo dos seios até os mamilos. Por ter esse corte baixo, uma de suas funções é elevar os seios dando uma aparência similar à criada pelo espartilho”, explicou Raquel. Além disso, as alças do sutiã são posicionadas distante uma da outra para garantir decotes mais amplos. O pode ou não ter bojo. Se não tiver, o aro será responsável pela sustentação.
Quem pode usar: mulheres com seios de pequeno a médio. “Mulheres com seios grandes podem se sentir desconfortáveis porque ele pega a parte de baixo do seio e impulsiona para cima, com sensação de corsele antigo. Ele pode ser usado com blusas de decote canoa e com peças com decote bem quadrado e profundo porque o colo fica a mostra. “A pessoa com estilo mais definido usa com a alça mais trabalhada, com roupas tomara que caia, como se o sutiã fizesse parte da roupa”, disse Raquel.
Meia-taça: é um sutiã decotado, que tem que ter uma estrutura específica para os seios. Ele deve ser firmepara que o seio seja projetado com a anatomia do seio, deixando a sensação de maior. “Ele dá conforto e segurança além de ser elegante”, explicou Raquel.
Quem pode usar: a pessoa não pode ter seios grandes e pesados. “Na maioria das vezes ele fica melhor sem alça, tipo tomara que caia. Se um sutiã meia-taça for usado por uma mulher de seios pesados, tem que ser muito bem estruturada no bojo, no aro ou nas barbatanas laterais”, disse Raquel.
Triângulo: ele pode ser com bojo ou sem e tem literalmente o formato de um triângulo. Ele não tem a função de aumentar os seios nem dar forma à eles. “Tem vários tipos, anatômico, com base lateral”, disse Raquel.
Quem pode usar: ele é próprio pra seios pequenos e médios. “São bem-vindos nas jovens e aquelas que gostam de um estilo mais de irreverente. Elas geralmente deixam ele à mostra. Mesmo assim, usá-lo com blusa cavada não fica muito legal. Blusa tomara-que-caia  é proibida nesse caso”, acrescentou. Aquelas que têm seios grandes devem usá-lo só se tiverem uma boa base.
Maternity: são geralmente feitos de microfibras e algodão. “Como o seio fica mais sensível e delicado, o tecido deve ser bem leve”, disse Raquel. Segundo ela, o arco deve ser imediatamente eliminado. “Ele tem que ter uma estrutura confortável. Se tiver bojo, que não tenha costura para não irritar mamilo. Ele tem que ter compromisso com conforto e bem estar.”
Nadador: ele tem uma estrutura similar com as roupas de natação. “Essas peças têm uma cava bem centralizada no meio das costas e estruturada na parte de baixo. São próprios para o verão”, disse Raquel. Os bojos devem estar apropriados à estrutura do corpo e serve para dar segurança.
Quem pode usar: qualquer mulher. Se ela tiver seios grandes, a lateral tem que ser larga e próxima aos seios.  As de seios pequenos podem equacionar ao bojo triangular.
Básico: pode ser com ou sem bojo. É aquele modelo mais tradicional e com capacidade de se adequar a várias roupas. Ele é liso e não marca. “Ele não precisa ser necessariamente redondo, mas é, na maioria das vezes. O que deixa um sutiã básico é a estrutura. Ele deve ser uma segunda pele, não marcar na roupa”, disse.
Quem pode usar: qualquer mulher.
Tomara-que-caia:  é um sutiã sem alças, que pode ter decote profundo ou não, assim como bojo e arco.  “Não existe um tomara que caia universal. Cada mulher tem um corpo diferente. O tomara-que-caia pode ter várias estruturas que se adequem ao corpo de várias mulheres”, disse Raquel.
Quem pode usar: mulheres até o tamanho 48, com um modelo bem estruturado. “Maior que isso não é recomendável usar porque o peso da seio vai empurrar a peça para baixo”, disse a especialista, acrescentando que o modelo deve ter um arco estruturado, barbatana lateral e aplicação de silicone nas laterais para aderir a pele. “Assim ele não achata a mulher.”
Terra

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