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10.04.2012

ENVELHECIMENTO ATIVO

Envelhecimento ativo é o  processo  que pode  garantir que ao entrar na terceira idade, você estará em excelentes condições físicas, mentais e sexuais. 
O envelhecimento da população levanta várias questões fundamentais, como podemos ajudar pessoas a permanecerem independentes e ativas à medida que envelhecem? Como podemos encorajar a promoção de saúde e as políticas de prevenção, especialmente aquelas direcionadas às pessoas mais velhas? Já que as pessoas estão vivendo por mais tempo, como a qualidade de vida na 3a idade pode ser melhorada?

VEJA AS DUAS  FORMAS DE ENVELHECER       

Forma ativa:

  • Mais energia sexual e melhor desempenho,
  • Mais energia física,
  • Menor percentagem de gordura e menos barriga,
  • Ganho de massa muscular magra,
  • Músculos mais fortes, com mais força e melhor tônus muscular,
  • Melhor rendimento nos exercícios aeróbicos,
  • Ossos mais calcificados, mais fortes e mais resistentes,
  • Melhora do sistema imunológico,
  • Pensamento mais ágil, melhora da memória e do humor,
  • Melhora da sensação de bem estar e auto-estima,
  • Melhor qualidade do sono,
  • Melhora da elasticidade da pele,
  • Menores níveis de colesterol
  • Melhora das condições cardiovasculares,
  • Mais capacidade de controlar o stress,
  • Melhor rendimento no trabalho, no convívio familiar e social,
  • Uma vida mais vibrante e de bem estar,
  • Melhor qualidade de vida.
  • Muito mais anos de vida.


Forma passiva:

  • Aumento da gordura abdominal,
  • Diminuição da força e atrofia muscular,
  • Cansaço e esquecimentos frequentes,
  • Rarefação óssea (osteoporose),
  • Hipertensão arterial, diabetes,
  • Aumento do colesterol,
  • Risco de doenças cardio-vasculares,
  • Risco de doença arterial encefálica,
  • Diminuição da libido e das ereções,
  • Diminuição da sensibilidade do pênis,
  • Diminuição da intensidade da ejaculação,
  • Diminuição do prazer do orgasmo,
  • Maior demora do tempo entre as relações,
  • Piora do humor, irritabilidade,
  • Depressão e ansiedade, apatia,
  • Lentidão do raciocínio,
  • Atrofia muscular,
  • Esquecimentos frequentes,
  • Diabetes,
  • Diminuição da libido,
  • Diminuição das ereções,
  • Irritabilidade,
  • Ansiedade,
  • Apatia. 
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    Envelhecimento Ativo


    Processo de otimização das oportunidades para saúde, participação e seguridade com vistas a promover qualidade de vida durante o envelhecimento. 
    Introdução
    Esta é uma nova visão estratégica do envelhecimento que se aplica tanto ao nivel individual quanto a sociedades que envelhecem - ja que é uma visao que busca garantir qualidade de vida à medida que a população envelhece. O termo “ativo” se refere à continuidade da participação na vida social, cultural, espiritual, cívica e não apenas ser fisicamente" ativo" para participar da força de trabalho. O envelhecimento ativo pode ser abordado como uma política de Direitos Humanos voltada para os idosos, e envolve independência, participação, dignidade, acesso a cuidados. Muda a visão estratégica baseada nas necessidades de cuidados para uma baseada nos direitos de igualdade de oportunidades e de tratamento. Considera a responsabilidade dos idosos de exercerem suas participações no processo político, social, comunitário à medida que há manutenção da autonomia (capacidade de tomar decisões pessoais) e independência (realizar funções relativas à vida diária).
    Abordando o envelhecimento ativo dentro da perspectiva do curso de vida
    É reconhecido que o grupo de pessoas chamadas idosas não é homogêneo, e as diferenças interindividuais tendem a aumentar com a idade. Com o envelhecimento observa-se o aumento das chamadas “doenças não notificadas compulsoriamente” que são as maiores responsáveis pela morbidade, deficiências e mortalidade no idoso em todas as regiões do mundo, incluindo os países em desenvolvimento. Algumas doenças crônicas são particularmente implicadas no aumento de morbidade e mortalidade dos idosos, a saber: doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, câncer, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, transtornos mentais, cegueira ou prejuízo da visão. Muitas destas doenças são passíveis de prevenção e a falha desta resulta em altos custos sociais e econômicos.
    Pesquisas mostram que as origens de alguns destes fatores de risco (diabetes, doenças cardiovasculares) têm início na infância. O impacto de tais fatores de risco é variavel e depende das condições sócio-econômicas nas quais o indivíduo está inserido.
    Políticas voltadas para o envelhecimento ativo devem reconhecer a importância do encorajamento e da delegação de responsabilidade ao indivíduo pelos seus cuidados, criar ambientes amigáveis e estimular a solidariedade entre diversas gerações.
    Isso significa que cada indivíduo e sua família devem se planejar e se preparar para a velhice, e dirigir esforços para adotar uma postura pessoal positiva voltada para a saúde em todas as fases da vida. Ao mesmo tempo, a criação de ambientes adequados são necessários para tornar as escolhas saudáveis em escolhas fáceis.
    Determinantes do envelhecimento ativo: evidências
    · Determinantes transversais: Gênero e Cultura. A cultura na qual o indivíduo está inserido molda sua forma de envelhecer considerando-se que valores culturais e tradições permeiam a visão que a sociedade tem do envelhecimento. Sociedades que tendem a atribuir mais doenças e sintomas ao idoso são menos propensas a prevenir ou detectar precocemente doença. O gênero é um viés por onde se considera a propriedade ou não de determinadas políticas e como elas vão afetar o bem estar de homens e mulheres. Tradicionalmente as mulheres têm função de cuidadoras de família, e isso aumenta a possibilidade de pobreza e morbidade na faixa mais idosa. Por outro lado os homens são mais expostos a lesões debilitantes ou morte por violência, doenças ocupacionais e suicídio. Ainda têm maior chance de desenvolverem hábitos de risco tais como fumo, consumo abusivo de álcool e drogas.

    · Determinantes relacionados ao sistemas de serviços de sáude e social. Para promover um envelhecimento ativo os sistemas de saúde precisam ter em conta uma perspectiva voltada para todo o curso de vida visando a promoção de saúde, prevenção de doenças e acesso homogêneo aos serviços de saúde e de cuidados em geral.

    · Determinantes comportamentais. A adoção de estilos de vida saudáveis e a participação ativa no próprio cuidado é importante em todos os estágios da vida. E nunca é tarde para iniciar este comportamento, segundo mostram as pesquisas. Assim sendo hábitos como tabagismo, sedentarismo, alimentação, saúde oral, alcoolismo devem ser mudados a qualquer momento, sabendo-se que resultarão em benefícios.

    · Determinantes relacionados ao próprio indivíduo. a)Genética: A principal razão pela qual os idosos adoecem mais do que os jovens é que, devido às suas longas vidas, eles já foram expostos a fatores externos, comportamentais e ambientais, que tendem a se acumular. Enquanto o componente genético pode estar envolvido na causalidade de algumas doenças, para muitas a causa é ambiental. b) Fatores psicológicos: Inteligência e capacidade cognitiva são fortes preditores de um envelhecimento ativo e de longevidade. O envelhecimento por si só pode levar à alteração do perfil cognitivo com lentificação do processamento em geral e do aprendizado de coisas novas, que são em geral compensados pela experiência adquirida durante a vida. O declínio cognitivo frequentemente é deflagradao por “desuso”, doenças (pex. depressão, demências), fatores ambientais (uso de álcool ou remédios indevidamente), fatores psicológicos (falta de expectativa e de motivação), fatores sociais (solidão e isolamento), e não pela idade por si só. Boa capacidade de adaptação às mudanças em geral predizem melhor adaptação a intercorrências frequentes nesta faixa etária tais como aposentadoria, perdas, doenças.

    · Determinantes relacionados ao ambiente físico. Ambientes físicos inadequados podem fazer a diferença entre a dependência e a independência para qualquer indivíduo, especialmente para o idoso. Inclui meios de transportes, urbanização, arquitetura dos ambientes, acesso aos serviços e facilidade em utilizá-los, condições de saneamento.

    · Determinantes relacionados ao meio social. a) Suporte social – Organizações não-governamentais, indústria privada, serviços profissionais voltados para saúde e serviços sociais podem ajudar a manter redes sociais para idosos. Este programas devem abordar o aspecto inter-geracional e o preparo de voluntários. b) Violência e abuso – para prevenção é preciso que haja uma abordagem multidisciplinar envolvendo a justiça, serviços sociais e de saúde, líderes espirituais, advogados e os idosos. É preciso também que os profissionais que lidam com idosos saibam identificar sinais de abuso. c) Educação – Baixa escolaridade é associada com aumento dos riscos para deficiências e morte entre idosos, assim como para o desemprego. A educação precoce combinada com oportunidades de aprendizado pela vida toda pode ajudar as pessoas a manterem a confiança e as habilidades que necessitam para se adaptarem quando envelhecerem. Pontes de aprendizado entre gerações devem ser criadas propiciando a transmissão de valores culturais e promovendo benefícios para todas as idades. Estudos mostram que jovens que aprenderam com idosos tem atitudes mais positivas e realísticas quanto à geração mais velha.

    · Determinantes econômicos. a) Ganhos –  são mais vulneráveis as mulheres idosas onde os rendimentos tendem a ser menores; ainda estas raramente têm uma poupança ou aposentadoria digna. Idosos que não tiveram filhos ou aqueles que não têm relações familiares têm um futuro incerto e ficam mais vulneráveis ao desabrigo e desamparo. b) Proteção social – na maior parte dos países os idosos são amparados pela família. Porém  com o desenvolvimento vem aumentando a tendência do idoso a morar só. Em contrapartida nos países em desenvolvimento não é raro o idoso sustentar a família com sua pensão.  Assim, a seguridade social deve ser vista como uma importante meta. c) Trabalho – este deve ser visto de uma forma mais abrangente, não devendo ser restringido à idéia da atuação no mercado formal, onde se tende a desvalorizar os demais afazeres. O idoso pode, e em geral tem como função, cuidar da casa, de crianças, de doentes para que os adultos possam trabalhar. Isto ocorre tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento.

    Desafios para propiciar à população um envelhecimento ativo
    Acompanhar a mudança do perfil de adoecimento com redução das doenças agudas tendência ao predomínio das doenças não compulsoriamente notificadas. Isso significa que prevenir e cuidar acabam sendo mais relevantes do que curar.
    Atuar sobre os fatores de risco para as deficiências, como as doenças crônicas, sem esquecer que educação e as condições de vida, sociais e ambientais são importantes.
    Mesmo quando existem lesões ou perdas funcionais, se o ambiente é favorável o idoso pode manter sua independência.

    Dar condições para o idoso manter seus cuidados. Isso inclui desde a criação de sistemas de atendimento em geral (pex. saúde, bancário, comércio) mais amigáveis e afinados com esta faixa etária, até estruturas que possam dar suporte quando há perda de independência.
    Informações sobre o envelhecimento ativo devem ser incorporadas aos currículos e programas de formação de todas as áreas profissionais.
    Dar maior suporte às mulheres idosas considerando-se que estas têm tendência maior a terem sido expostas a fatores de risco para perda da independência e autonomia (baixa escolaridade, pouco contato com trabalho, com administração financeira, e com outras atividades em geral) e também à pobreza e ao desamparo, considerando-se que neste grupo há maior chance de ausência de fonte de renda garantida e viuvez.
    Dirimir preconceitos e rever questões éticas  – o idoso é discriminado em vários ambientes, quer por outros indivíduos, quer pela própria estrutura que o impede de ter liberdade de estar e ir onde quiser. Ainda podem estar sendo vítimas de abusos, fato não raro nesta faixa etária. Advogados devem estar preparados para lidar com estas questões.
    A sociedade deve se planejar para enfrentar a velhice evitando assim que o envelhecimento populacional leve a uma explosão no sistema de saúde e de seguridade social. Sociedades que sabem se planejar podem enfrentar este problema sem traumas.
    “ACTIVE AGEING - A Policy Framework” – WHO (2002) - Noncomunicable Diseases and Mental Health Promotion Department – Ageing and Life Course. Mais informações no site http://www.who.int/hpr/ageing
     
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