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10.04.2012

FISIOTERAPIA PODE AMENIZAR A ENXAQUECA

Fisioterapia pode amenizar a enxaqueca

Descubra como a técnica ameniza os sintomas deste mal!
Imagine a situação: um dia repleto de tarefas, em que você precisa entregar trabalhos difíceis de serem concluídos e várias pessoas te pressionando. Agora, coloque uma dose de enxaqueca na sua cabeça. Dói só de pensar, não é? Pois é. Este mal que atinge grande parte da população pode ser tratado de maneira eficiente e sem o uso de tantos remédios.

Um dos métodos para evitar as crises é a fisioterapia. De acordo com o Dr. Rodrigo Peres, responsável pela Central da Fisioterapia (SP), o segredo é apostar na prevenção da doença que já atinge, em média, 20% da população (segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia). A enxaqueca afeta muito mais as mulheres do que os homens, apresentando como proporção um caso em homens, para seis em mulheres.

“As causas da doença ainda são desconhecidas e acredita-se que podem estar ligadas a alterações hormonais. O consumo de certos alimentos, estresse, cansaço, além de tensões musculares, também podem desencadear a patologia”, explica ele.

A dor latejante pode afetar apenas um dos lados da cabeça e, em alguns casos, pode ser amenizada ou tratada com o uso de medicamentos prescritos por médicos. Em alguns casos, a dor é tão constante que se torna necessário o uso de remédios antidepressivos, antiepilépticos e betabloqueadores.

Este tipo de tratamento é cada vez mais procurado, graças a estudos científicos de diversas instituições nacionais e internacionais, que já comprovaram a eficácia da terapia. Neste ano, um grupo de pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto (SP), obteve respostas positivas para o tratamento, por meio das técnicas ligadas à fisioterapia.

Através de massagens fisioterapêuticas em pontos estratégicos do pescoço e da cabeça, é possível amenizar as dores causadas pela enxaqueca, já que este tipo de tratamento possui ações preventivas. "A técnica é feita por meio respiratório e de circulação sanguínea na região do pescoço. Ou seja, são processos que geram a sensação de relaxamento e reduzem os sintomas mais comuns, como náuseas e dores musculares", alerta o especialista.

Muitos casos são desenvolvidos por conta das tensões musculares, já que os músculos são propícios a memorizar os estímulos das dores, como é o caso da enxaqueca, que se desenvolve em pacientes que passam por muito estresse, gerando tensões que se transformam em dor. "Como os músculos apresentam esta capacidade de memorização, o tratamento preventivo fisioterapêutico diminui a sensibilidade dos músculos, auxiliando a eliminação das tensões," explica o Dr. Rodrigo Peres.

Para a prevenção, as sessões de massagem podem ser realizadas duas vezes por semana, com duração média de 40 minutos. E, em muitos pacientes, a melhora pode ser notada a partir da segunda semana de tratamento.

ENXAQUECA TAMBÉM PODE CAUSAR INSÔNIA

Enxaqueca também pode causar insônia
Como vai o seu sono?  A insônia pode estar relacionada a diversos fatores, como enxaqueca, ansiedade e depressão. Além disso, cada vez mais os brasileiros dormem menos do que deveriam.

Com o passar do tempo, alguns dos nossos costumes mais banais acabam se transformando em grandes problemas na nossa vida. O sono, certamente, é um deles. Quantas horas você costuma dormir por dia? Se antes de responder a essa pergunta, você se lamentou por achar que dorme menos do que deveria, saiba que você faz parte de um grupo que está crescendo a cada ano no Brasil. Só na cidade de São Paulo, 13% da população sofre desse mal, sendo a sua maioria formada por mulheres.

Dentre os diversos fatores que causam a insônia, está a enxaqueca, uma doença que está associada a uma série de outras condições clínicas, como a ansiedade, a depressão e alguns problemas emocionais. “A enxaqueca está entre as doenças neurológicas mais comuns e que mais negativamente influenciam a qualidade de vida. A busca por um sono regular é uma recomendação a todo indivíduo com diagnóstico de enxaqueca”, explica o Dr. Ricardo Teixeira, Doutor em Neurologia pela Unicamp.

Cerca de dois terços das crises de enxaqueca já começam ao despertar pela manhã. Um novo estudo, recém-publicado no periódico especializado inglês Cephalalgia, avaliou cerca de 500 pessoas com o diagnóstico de enxaqueca e sem a doença. Foram aplicadas escalas que avaliam qualidade de sono, nível de fadiga e sonolência diurna, e grau de ansiedade e depressão. Os resultados demonstraram uma pior qualidade de sono no grupo com diagnóstico de enxaqueca, principalmente entre aqueles com crises mais freqüentes, independentemente do grau de ansiedade ou depressão.

“Com isso, aumenta a lista dos problemas que são mais comuns entre indivíduos com enxaqueca do que na população geral”, alertou Dr. Ricardo que, atualmente, dirige o Instituto do Cérebro de Brasília (IBC). Por isso, se você sofre desse mal, a melhor opção é procurar um médico!

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