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10.03.2012

Presidenta Dilma: Brasil foi último almoço grátis no mundo para os bancos


Como diria o mineiro: "aqui tem café no bule"

 

 

 

 

Presidenta Dilma  em entrevista ao ‘Financial Times’, criticou os altos juros cobrados pelas instituições financeiras a seus clientes

RIO — A presidenta Dilma Rousseff disse em entrevista publicada nesta quarta-feira ao jornal de economia britânico ‘Financial Times’ que o Brasil foi o último “almoço grátis” no mundo para os bancos internacionais. Na declaração, a presidente fazia referência à queda da taxa de juros durante o seu governo, que diminuiu a rentabilidade dos bancos que operam no Brasil e incentivou setores produtivos como a indústria.
A presidenta  também afirmou na entrevista, assinada pelo correspondente do jornal em São Paulo, Joe Leahy, que quer transformar o Brasil em um país de classe média:
— Isso, eu acho, é um ganho muito importante para o Brasil, o de para transformar o Brasil em uma população de classe média. É isso que queremos, queremos um Brasil de classe média — afirmou a petista.
O autor da reportagem cita o crescimento econômico do país e os ganhos sociais nos últimos anos, mas alerta para a paralisação: “Após quase uma década de condições globais favoráveis, a economia de repente abrandou para um rastreamento. Se o país quer cimentar a sua prosperidade recém-descoberta e continuar sendo um dos motores do crescimento global ao lado de Rússia, Índia e China, Dilma deve encontrar um novo modelo de desenvolvimento”, escreveu Leahy.
Segundo ele, “isso inclui resolver as questões espinhosas da falta de competitividade do Brasil e altos custos trabalhistas”.
Questionada sobre os princiais desafios, a presidenta  apontou para um “suspeito familiar”. Leahy escreveu que política monetária fácil nos EUA, quando não acompanhada de políticas fiscais para absorver excesso de fundos, leva à desvalorização da moeda e inflação.
“As políticas monetárias expansionistas que levam à desvalorização da moeda são as políticas que criam assimetrias nas relações comerciais, assimetrias graves”, disse  a presidenta Dilma ao jornalista.

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