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11.15.2012

CIGARRO ATRAPALHA RESULTADO DE CIRURGIAS PLÁSTICAS

Cigarro atrapalha resultado de cirurgias plásticas

Estudos comprovam que fumantes têm mais dificuldades de alcançar o sucesso na recuperação de uma cirurgia plástica.


Vício é vício. Cada um tem o vício que quiser. O cigarro não vai me matar. Essas e outras frases são ditas com muita naturalidade por pessoas que fumam. E mesmo sabendo todos os males do cigarro, elas acabam sendo defensoras de seu consumo e colocando sua saúde em risco. Mas, você sabia que não é só a saúde que sai prejudicada nesta história?
De acordo com estudos, o cigarro prejudica a saúde bucal, deixando os dentes amarelados, muda a cor da gengiva, causa mau hálito e traz prejuízos na recuperação de uma cirurgia plástica. Estranho saber disso? Nem tanto!
Pesquisadores americanos afirmam que fumantes podem ter complicações respiratórias pós-cirúrgicas e maior dificuldade para a cicatrização. O fumo leva ao aumento da produção de radicais livres, desencadeando uma reação de oxidação - o que proporciona o envelhecimento precoce.
"Além da produção de radicais livres, cada cigarro leva a um período de diminuição no calibre dos vasos sanguíneos, aporte de oxigênio e nutrientes na região da pele. Alguns estudos apontam um aumento de até quatro vezes o número de complicações e intercorrências em decorrência do tabagismo, especialmente no aparelho respiratório, necrose e cicatrização da área operada", observa o Médico Cirurgião Plástico e Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Dr. Marcelo Wulkan.
Nos casos em que se realizam cirurgias com amplos descolamentos, a tendência é de haver um risco maior de comprometimento do processo de cicatrização. Isso pode levar ao surgimento de necroses teciduais, deiscências de suturas (afastamentos das partes costuradas) e de coleções líquidas, dentre outras complicações. Desta maneira, é imprescindível adequar técnicas menos agressivas, com descolamentos teciduais menores para proteger o paciente de possíveis complicações, além de aconselhá-lo a cessar o fumo no pré-operatório.
"Recomendo parar de fumar, no mínimo, um mês antes da plástica e por tempo variável após a cirurgia. A piora na cicatrização e aumento de complicações são conhecidos por todos os médicos e o paciente que deseja realizar a cirurgia em segurança precisa estar ciente dos riscos", explica Dr. Wulkan.
O especialista ainda lembra que o tabagismo na cirurgia plástica de nariz (rinoplastia) pode tornar a mucosa nasal mais sensível durante a fase de recuperação. Pode ainda facilitar a tosse e infecções respiratórias de maneira que aumente a pressão arterial e pode haver sangramentos e "estourar pontos" (ex: abdominoplastia, plástica de mamas, implante de mamas, etc). Na ritidoplastia (plástica ou lifting facial), o tabagismo aumenta muito a chance de necrose (morte da pele).
"Portanto, independente do tipo de cirurgia, vale a pena o esforço de parar de fumar. O tabagismo, associado à exposição solar sem proteção, constitui um fator externo que agrava, e muito, o processo de envelhecimento natural", conclui.

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