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5.12.2012

Protestos pelo Mundo

Dezenas de milhares vão às ruas

Manifestantes reunidos na praça Puerta del Sol, em Madri (Getty)
Milhares continuaram na praça Puerta del Sol, em Madri, durante a noite
Dezenas de milhares de manifestantes foram às ruas de vários países do mundo para protestar contra medidas de austeridade e a crise ecônomica.
Os protestos ocorreram em várias cidades da Espanha, em Nova York, Moscou, na Rússia, Atenas, na Grécia, Frankfurt, na Alemanha, e Londres.
Na Espanha, dezenas de milhares de pessoas foram às ruas em várias cidades para marcar o aniversário de um ano do Movimento Indignados.
No centro da capital, Madri, os manifestantes continuaram na praça Puerta del Sol durante a noite de sábado, apesar do prazo dado pela polícia, até a meia-noite, para a desocupação da praça.
Em 2011, o Movimento Indignados estabeleceu um acampamento na praça, mas as autoridades afirmaram que, neste sábado, iriam impedir que os manifestantes passassem a noite no local. Cerca de 2 mil policiais da tropa de choque foram para a praça, mas até o fim da noite de sábado, não tinham feito nenhum movimento para dispersar os manifestantes.
Segundo o correspondente da BBC em Madri Guy Hedgecoe, o clima era festivo e, além de jovens, aposentados e famílias também participaram da manifestação.
"O objetivo de hoje é recuperar os espaços públicos", disse a manifestante Sofia Ruiz à agência de notícias Reuters.
"Também é uma forma de celebrar o fato de existirmos há um ano e que vamos estar aqui até que o sistema mude, que sejamos ouvidos ou que eles levem em conta nossas reivindicações", acrescentou.
Em Barcelona cerca de 45 mil pessoas foram às ruas, segundo a polícia. Os organizadores do protesto afirmam que o número de manifestantes chegou a centenas de milhares.
Um dos manifestantes de Barcelona, Jose Helmandez, disse à BBC que é doutor em genética e biologia molecular, mas não conseguiu encontrar emprego em sua área.
"Muitas pessoas estão saindo do país para procurar trabalho, mesmo se elas acabam não fazendo algo para o qual são qualificadas. Eu estava na França, mas voltei para a Espanha há quase dois anos e tudo o que encontrei foram empregos temporários", disse.

Crise e críticas

Protestos ocuparam parques e praças de Moscou (AP)
Protestos ocuparam parques e praças de Moscou
O Movimento Indignados foi formado devido ao impacto da pior crise econômica das últimas décadas na Espanha.
De acordo com Guy Hedgecoe o desemprego na Espanha é de mais de 24% e a economia do país está em recessão.
Alguns setores da sociedade espanhola criticaram os Indignados devido ao fato de os protestos terem tido pouco impacto na política espanhola no último ano.
O governo do primeiro-ministro conservador Mariano Rajoy, eleito em novembro de 2011, introduziu cortes orçamentários e aumentos de impostos.
Rajoy também anunciou a desregulamentação do mercado de trabalho, o que gerou insatisfação entre os sindicatos do país.
O correspondente da BBC em Madri afirma que os Indignados são contra o programa de austeridade do governo e vão passar os próximos dias debatendo formas de fazer com que os líderes econômicos e políticos da Espanha sejam mais responsáveis por suas medidas.

Outras cidades

Manifestantes tentaram chegar até o Banco da Inglaterra (AP)
Manifestantes tentaram chegar até o Banco da Inglaterra
Protestos parecidos com os ocorridos na Espanha também foram realizados neste sábado em várias cidades do mundo, como parte de um dia de ação global. Alguns destes protestos foram organizados pelo movimento Occupy.
Em Londres, centenas de manifestantes se reuniram em frente à catedral de St. Paul, onde um acampamento de manifestantes foi removido em fevereiro. O protesto então se dirigiu para o distrito financeiro da capital britânica.
A polícia prendeu mais de dez pessoas que tentaram ir até o Banco da Inglaterra.
Dezenas de milhares de pessoas tomaram as ruas de Moscou, na Rússia, Nova York e Atenas, na Grécia.
Protestos menores também ocorreram em Lisboa e no centro financeiro da Alemanha, Frankfurt.
Cerca de mil pessoas também fizeram uma manifestação em Tel Aviv, Israel, contra o aumento do custo de vida. Outras cidades israelenses também teriam tido protestos.

Rivotril, Lexotan e Frontal. Campeões nas vendas

Calmantes lideram venda de remédios controlados no Brasil

 Um boletim técnico elaborado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) quantificou pela primeira vez em detalhes o consumo de drogas vendidas com receita controlada que podem causar dependência.
Os ansiolíticos dominam a lista, que inclui todos os remédios de venda controlada, como emagrecedores, antidepressivos e anabolizantes.
Os princípios ativos mais consumidos no país entre 2007 e 2010 foram clonazepam, bromazepan e alprazolam -cujas marcas de referência são, respectivamente, Rivotril, Lexotan e Frontal.
Para Dirceu Barbano, diretor-presidente da Anvisa, o uso de ansiolíticos e antidepressivos tem sido observado em níveis agudos e, talvez, inadequados.


Folhapress

By By Tristeza não precisa voltar

Tristeza tem cura?


Tristeza ou desgosto é um sentimento humano que expressa desânimo ou frustração em relação a alguém ou algo. É o oposto da alegria. A tristeza pode causar reações físicas como depressão nervosa, choro, insônia, falta de apetite, e ainda, reações emocionais, como o arrependimento.
A tristeza pode ser originada da perda de algo ou de alguém que se tinha de muito valor ou pelo excesso de tédio; esta emoção pode ser potencializada se aquele que sofre de tristeza passa a acreditar que poderia ter feito algo para recuperar ou evitar a perda, mesmo que este algo a fazer seja na prática impossível de se concretizar, e independente da vontade do triste.
É comum a tristeza ser descrita como algo amargo, ou como uma dor, ou como sentimento de incapacidade, ou ainda como algo escuro (trevas).
A tristeza pode ser a consequência de emoções como o egoísmo, a insegurança, a baixa autoestima, a inveja, a imaturidade, o medo e a desilusão. São emoções que, quando não são tratadas logo, podem terminar gerando tristeza, ou em casos extremos a depressão nervosa; dependendo do estilo de cada pessoa, a pessoa pode desenvolver um instinto negativo (vingança, raiva).
Não apenas sintomas psicológicos são resultantes da tristeza. Em casos de angústia prolongada o indivíduo pode passar a apresentar sintomas de hipertensão, problemas de pele e a queda e o embranquecimento precoce dos cabelos. Também o coração pode ficar fisicamente comprometido podendo levar a vítima a quadros graves: arritmia, ataque cardíaco, entre outros problemas. A tristeza pode vir de fora para dentro; quando é gerada por elementos que circundam o indivíduo; ou de dentro para fora; quando simplesmente surge por uma inadaptação do indivíduo ao meio. Entranto, apesar do estado de espírito "amargo" proposto pela tristeza, pesquisas demonstram que algumas decisões corriqueiras da vida do indivíduo, tais como àquelas relacionadas ao engradecimento pessoal e à mudança, em grande parte das vezes só podem ser tomadas em momentos de tristeza, quando o cérebro humano tende a agir de maneira mais arrazoada, com enfoque específico, visando um determinado fim. Portanto, na medida em que o indivíduo triste se esforça para desempenhar suas atividades diárias, tentando manter seu equilíbrio psiquico para tanto, ele está, ainda, a providenciar as condições neuropsiquicas para a tomada de decisões providenciais e salutares para sua vida.

Uma “tristeza muito grande” geralmente tem motivos bem fortes. Mas estes motivos nem sempre são claros para nós. Esses motivos precisam ser investigados por um psiquiatra e por um psicanalista, que, a meu ver, devem trabalhar em conjunto, em alguns casos.
O psiquiatra pode lhe oferecer um tratamento farmacológico (com remédios) que, quando bem aplicado, pode diminuir os sintomas (mal estar, insônia, desânimo, etc.). Isso traz bastante alívio e o paciente pode retomar suas atividades cotidianas, mas, geralmente, não é o bastante para que tenha novamente uma vida plena ou razoavelmente satisfatória.
O psicanalista (ou psicólogo) podem lhe oferecer um tratamento psicoterápico, que não tem efeito tão rápido como os remédios, mas pode lhe trazer grandes ganhos. Da mesma maneira que os remédios não têm efeito totalmente garantido, podendo muitas vezes não fazer efeito algum, os tratamentos psicoterápicos também não. Tudo vai depender de muitas coisas como sua força de vontade em iniciar um percurso analítico, empatia com o analista, e o desejo de investigar sem medo suas emoções e comportamentos.
Você disse que já passou por psicólogos e psicanalistas, mas que teve que interromper o tratamento, não é? Tanto o tratamento psicanalítico quanto o farmacológico precisam de certo tempo para ter resultados. Se o paciente interrompe o tratamento precocemente, corre o risco de perder o trabalho terapêutico.
Uma tristeza é um sintoma. Sintoma é qualquer alteração da percepção “normal” que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não consistir-se em um indício de doença. Um sintoma psíquico (mental) é diferente de uma dor de barriga, ok? Quero dizer que pode ser entendido como um sinal de que alguns aspectos de sua vida mental precisem ser analisados e modificados. Se essa tristeza estiver lhe incomodando muito e há bastante tempo, recomenda-se que procure um psicanalista (ou psicólogo) e um psiquiatra.

Em terapia sempre? Talvez...


Minha terapeuta me fez montar uma tabela de metas para 2010. Dentre elas abandonar o meu marido que estava me deixando triste*”
“Cheguei até aqui porque não aguento mais psicólogos me dizendo o que devo fazer*”
* Relatos de alguns fragmentos de meus casos clínicos devidamente modificados em sua forma, mas não o conteúdo, para preservar a privacidade dos pacientes
_
Praticamente copiei o titulo do texto que meu colega e quase xará Fernando Ferreira Fernandes traduziu do New York Times, mas com uma pequena mudança. As reticências indicam que a terapia, na visão de um psicanalista, pode ser (ou não) um processo contínuo e longo (a psicanálise é também chamada de “psicoterapia dinâmica de longa duração”). 
O verdadeiro autor do texto “In Therapy Forever? Enough Already” é Jonathan Alpert, um psicoterapeuta nova-iorquino (desculpe a sinceridade e certa ironia, cujo site pessoal mais parece uma loja de departamentos... com escritos garrafais COMPRE O LIVRO!). Vou escrever este texto sem ironias e como se estivesse conversando com o Fernando mesmo. Não espero criar nenhum tipo de embate, pois psicanalistas e cognitivos/comportamentais concebem diferentemente o ser humano e vejo as TCCs como ferramentas bastante úteis em alguns casos. Admiro e respeito Frederic  Skinner e Aarom Beck.    
Percebe-se que alguns pacientes acusam “melhora” em poucas sessões, de 4 à 10. Mas há que se perguntar se essa melhora se estruturou de fato. Para o psicanalista o sintoma - ou o que está de fato incomodando o paciente - não é uma dor no dedão esquerdo, quero dizer, não é simples como uma dor localizada ou uma injúria, e sim um processo histórico que pode ter se desenvolvido ao longo de toda vida do paciente e se condensa numa questão simples, por exemplo: “Não aguento mais essa minha mania de maltratar as mulheres, sempre me dou mal.” 
Posto que o sintoma pode ser complexo e amplamente associado à outros aspectos importantes da personalidade do sujeito, a atuação do psicoterapeuta não pode ser unicamente no sentido de sugerir conselhos, métodos de atuação e dicas em um número x de passos. 
Mas há pessoas que desejam isso. Já chegam na entrevista inicial e pedem conselhos e dicas. Eu digo que é aí que a porca torce o rabo e, neste momento, concordo com o colega Fernando de que há muitos terapeutas de má fé por aí que são obscuros quanto aos métodos e objetivos de seu trabalho. É nesse momento que o psicanalista ou o terapeuta deve explicar exatamente como faz seu trabalho. Eu como psicanalista deixo claro que o processo pode ser longo, pode ser doloroso e que aqui não é lugar de conselhos, porque na imensa maioria dos meus pacientes (exatos 88%) vieram de psicoterapias curtas que prometiam melhora rápida de sintomas cujos terapeutas viraram uma espécie de amigo e acabavam batendo papo e aconselhando isso ou aquilo. Afinal de contas, conselhos e dicas pedimos aos nossos pais ou amigos quando não somos capazes de decidir e pensar. Na psicanálise o paciente muitas vezes pela primeira vez sai da posição de filho desamparado, dependente e incapaz de pensar por si próprio e inicia seu percurso – de fato angustiante - como um ser humano menos dependente, mais consciente de seus desejo, portanto, pensa melhor e age melhor (o que no fim a TCC busca).
Um complicador das terapias pela fala é que o que o paciente diz não necessariamente é a “verdade”. Ou seja, não necessariamente representa uma verdade do ponto de vista subjetivo do paciente e sim um resultado de conflitos de outras forças e movimentos psíquicos. Muitas e muitas vezes vi em 2 meses pacientes mudarem completamente o discurso, reconhecerem que não sentiam verdadeiramente algo, mas sim “sentiam de mentira”, sentiam para agradar alguém, sentiam para conseguir algo de alguém.
Utilizando o exemplo do colega Fernando: Um paciente me diz que está infeliz com seu relacionamento. Cabe a pergunta “Mas o que você está sentindo?
Acho que cabe.
Muitas vezes o sujeito sente-se infeliz com algo por causa direta dos pais, dos amigos, do trabalho e outras coisas relacionadas e perguntar neste momento “Como você se sente” ou simplesmente ficar em silêncio, faz com que o sujeito busque em sua mente os motivos pelos quais se sente infeliz, divagar sem pressa, tentando encontrar associações de fatos, ideias e pensamentos. Vi várias vezes uma infelicidade no relacionamento ser transformar em ódio ou na mais profunda admiração; o que confirma nossa idéia ou pressuposto de um psiquismo dinâmico e em boa parte inconsciente. 
Para finalizar. O contrato que se faz com qualquer analista ou terapeuta deve ser claro. O psicanalista (pelo menos na psicanálise que conheço) recebe o paciente, dá as regras e o trata como adulto que deve saber o que faz. Logo de início o paciente sabe que o processo pode ser longo; pode ser doloroso e pode ser interrompido a qualquer momento. A psicanálise não visa aconselhamentos ou dicas porque visa a independência do pensamento, da atitude do sujeito, e que ele aprenda a pensar e agir do seu próprio modo, em seu próprio ritmo e tempo.
Crescemos seguindo regras de comportamento de nossos pais. As livrarias estão cheias de livros de autoajuda. Cada vez mais o estado interfere na vida privada. Cada vez mais a mídia dita o que fazer e o que não fazer. Ou seja, o mundo está repleto de guias e gurus que se colocam na posição de que sabem trilhar caminhos que na verdade não são tão retilíneos. No consultório de psicanálise isso não vale (não deveria valer) e muitas vezes é o único espaço que se tem para refletir sobre isso e começar a agir como adulto para amar, trabalhar e levar uma vida razoavelmente satisfatória.
_
Este texto foi inspirado em um texto traduzido de Fernando Ferreira Fernandes e pode ser lido em http://www.comportese.com/2012/04/em-terapia-pra-sempre-basta.html

Comentários

  • Tatiana

    08/05/2012 às 10:05 Cada um tem direito a sua opnião, eu sei que, no meu caso, o que realmente funcionou foi a Análise Comportamental. Antes disso eu passei anos indo a psicanalistas, que, no final das contas só me deram uma ajudinha ínfima. Já a minha analista comportamental conseguiu produzir mudanças mais do que significativas em minha vida, em apenas: 5 meses. E aí, eu lhe pergunto, Fernando: Vc, por acaso, já experiementou fazer terapia com um Analista do Comportamento? Para mim, sua opinião só seria válida se vc já tivesse passado por tal experiência.
  • LUIS FERNANDO SCOZZAFAVE DE SOUZA PINTO

    09/05/2012 às 08:05 Tatiana,

    Não foi o foco de meu texto discutir se a Análise Comportamental funciona ou não. Nunca fiz analise comportamental, mas conheço analistas comportamentais, sei como atuam, tenho pacientes que fizeram analise comportamental e por isso me qualifico a dar opniões, mesmo nao sendo especialista, sim.

    Novamente: discuto outras coisas nesse texto, ok?

Artista tetraplégica e muda é PhD com 'distinção e louvor'

Superação

O primeiro "obrigada" foi mais difícil e demorado. O nervosismo atrapalhava a doutoranda na escolha das letras. No entanto, depois de um "ops!" que arrancou gargalhadas da plateia, ela se soltou e respondeu com desenvoltura aos comentários da banca examinadora.
Mulher paralisada há dez anos por derrame defende tese de doutorado
Ao final de três horas, Ana Amália Tavares Barbosa, 46, recebeu ontem, com "distinção e louvor", o título de doutora em arte e educação pela USP. É a primeira pessoa na sua condição (tetraplégica, muda, deficiente visual e que não consegue mastigar e engolir) a receber o título lá.
Christian Tragni/Folhapress
A tetraplégica Ana Amália Barbosa recebe título de doutora na USP
A tetraplégica Ana Amália Barbosa recebe título de doutora na USP
Ana Amália escreveu sua tese usando um programa de computador desenvolvido para ela. Ela toca um sensor com o queixo para escolher cada letra e formar, assim, as palavras. No início da cerimônia, fez uma apresentação usando um programa que transforma o texto em voz.
Há dez anos, Ana Amália sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) no tronco cerebral, no dia da defesa da sua dissertação de mestrado. Como sequela, ficou com síndrome do encarceramento ("locked in").
Sua tese, intitulada "Além do Corpo", é fruto de três anos de trabalho com artes visuais, realizado com um grupo de seis crianças com lesões cerebrais atendidas na Associação Nosso Sonho.
A defesa da tese quebrou todos os protocolos. Teve choro, risos, aplausos fora de hora e fala que não estava prevista. "É um momento histórico não só para as pessoas com deficiências, mas para toda a sociedade. Deve levar a uma transformação do modelo educacional vigente", disse a secretária dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Linamara Battistella.
A mãe de Ana Amália, Ana Mae Barbosa, professora aposentada da ECA (Escola de Comunicação e Artes), preferiu assistir à cerimônia de longe. "Estou nervosíssima e muito orgulhosa. Ela deixou de ser vítima da vida para conduzir a própria vida."
As cinco examinadoras elogiaram a clareza, a objetividade e a concisão do texto de Ana Amália. E, principalmente, o caráter de "manifesto político" do trabalho.
"Ele mostrou que não sabemos nada de aprendizagem, de educação, de cognição, de percepção, de inteligência e de generosidade", afirmou Sumaya Mattar, professora da ECA.
A orientadora de Ana Amália, Regina Stela Machado, resumiu: "A gente dá muita desculpa para o que não faz, vive muito na superficialidade e não vê as coisas importantes da vida."
Ao final, já doutora, Ana Amália disse só uma palavra com os olhos: "Consegui".

'Novo IMC' compara cintura com altura



É hora de dizer adeus ao IMC (índice de massa corporal). A proposta é de pesquisadores britânicos, que apresentam neste sábado (12) em Lyon, na França, uma revisão de estudos mostrando que a proporção entre a cintura e a altura prevê melhor o risco cardíaco e de diabetes do que a velha escala do IMC.
O índice de massa corporal é calculado dividindo o peso em quilos pela altura, em metros, ao quadrado. A conta sugerida pela pesquisa da médica Margaret Ashwell, da Universidade Oxford Brookes, é ainda mais fácil: a circunferência da cintura deve ser, no máximo, a metade da altura. Se uma pessoa tiver 1,60 m de altura, sua cintura deve ter até 80 cm. Mais do que isso é sinal de risco.

Editoria de arte/Folhapress

GORDURA ABDOMINAMedir a cintura para ver risco cardíaco não é uma ideia nova. Mas, segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, os padrões usados hoje (102 cm para homens e 88 cm para mulheres como limite máximo) não levam em conta a altura. "Claro que uma pessoa de 1,90 m com cintura de 94 cm não tem o mesmo risco de uma com 1,50 m e a mesma circunferência."
O que faltava era a comprovação de que uma cintura medindo 50% da altura é um indicador fiel da maior probabilidade de ter problemas cardíacos e metabólicos.
A revisão de estudos feita pelos britânicos analisou 31 trabalhos, envolvendo um total de 300 mil pessoas.
A pesquisa também levou em conta diferentes etnias para encontrar a proporção máxima da cintura.
Isso é importante porque um dos pontos fracos do IMC é que ele tem significados diferentes para cada etnia. De acordo com Halpern, indianos e japoneses já apresentam risco de diabetes com valores de IMC considerados normais (entre 20 e 25).
O IMC também não discrimina entre massa muscular e gordura na hora da conta. Por isso é que a cintura começou a ganhar importância.
De acordo com o médico da USP, o risco para a saúde é maior quando a pessoa tem mais gordura entre as vísceras. Essa gordura é mais perigosa do que a localizada logo abaixo da pele. A medida da circunferência não diferencia entre as duas.
"Por isso também essa medida pode ser falha. Mas, quanto maior é a circunferência, mais gordura há dentro e fora das vísceras. Com a altura, a precisão aumenta."
Segundo a autora do estudo, a proporção entre altura e cintura, além de servir para pessoas com qualquer ascendência, também vale para crianças -- a
versão infantil do índice de massa corporal tem uma escala que varia de acordo com a idade.
De acordo com Ashwell, a nova medida já está ganhando apoio em países como EUA, Austrália, Japão, Índia, Irã e também no Brasil.
Pesquisadores da City University de Londres estimaram que um não fumante de 30 anos reduz sua expectativa de vida em até 33% se a medida de sua cintura corresponder a 80% de sua altura.
"Manter a circunferência da cintura no ponto certo aumenta a expectativa de vida para todas as pessoas do mundo", disse Ashwell.
Halpern lembra, no entanto, que, como todo estudo epidemiológico, esse também vai se deparar com casos que fogem à regra.

Prazer nas redes sociais é semelhante ao obtido com sexo e comida

DA FRANCE-PRESSE, EM WASHINGTON
Publicar comentários sobre diferentes temas nas redes sociais provoca um prazer no cérebro semelhante ao obtido com a comida e o sexo, concluiu um estudo publicado nos Estados Unidos.
Falar sobre si próprio libera dopamina, substância química vinculada aos sentimentos de prazer ou à antecipação de uma recompensa, destacou o estudo, realizado por neurologistas e publicado na edição de 7 de maio das Atas da Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos --PNAS, na sigla em inglês.
Segundo os cientistas, a maioria das pessoas dedica de 30% a 40% de seu discurso a "informar aos outros sobre suas próprias experiências subjetivas", mas, nos meios sociais, esse percentual chega a 80%.
"As pessoas fazem confidências tão voluntariamente porque falar de si próprio é, em si, um ato com determinado valor, como são as atividades que geram uma recompensa imediata, como comer ou fazer amor", explicaram os pesquisadores.
O estudo, que não mencionou o Facebook especificamente, se concentrou na resposta do cérebro das pessoas "à oportunidade de comunicar seus pensamentos e sentimentos aos demais".
"À medida que os seres humanos são motivados a revelar o que pensam, a oportunidade de divulgar o que se pensa é vivida como uma forte forma de recompensa subjetiva", escreveram Diana Tamir e Jason Mitchell, do laboratório de neurociência da Universidade de Harvard, em Massachusetts.
Segundo os cientistas, o estudo sustenta a ideia de que os seres humanos, assim como fazem alguns outros primatas, deixam de lado algumas recompensas para obter uma forte resposta cerebral.
O estudo ofereceu aos participantes da pesquisa uma recompensa em dinheiro para responder a algumas questões factuais sobre coisas que observavam e uma recompensa menor para dar seus próprios pontos de vista sobre um tema.
Em muitos casos, os participantes preferiram uma recompensa menor a fim de poder falar de si próprio.
"Assim como os macacos estão dispostos a renunciar a recompensas para ver seus companheiros de grupo dominantes, e os estudantes universitários, a pagar para ver membros atraentes do sexo oposto, os participantes do estudo se mostraram dispostos a renunciar ao dinheiro para falar de si próprio", destacaram os cientistas.

'Ela é um exemplo de superação, me ensinou a nunca desistir', diz mãe.

Mãe de bebê que nasceu no Rio com 365 g comemora evolução da filha

Ana Júlia ficou 132 dias internada em UTI neonatal de hospital no Rio.

Tássia Thum Do G1 RJ




Quem vê o olhar esperto e o sorriso arteiro da pequena Ana Júlia, de quase 2 anos, não imagina a batalha que ela enfrentou para viver. Nascida com apenas 365 gramas e 27 centímetros, a menina é o segundo menor bebê prematuro do Brasil.
O título é da mineira Carolina Terzis, que nasceu pesando apenas 5 gramas a menos que Ana Júlia. Os avanços de Ana Júlia surpreendem os médicos e emocionam a mãe Leila Oliveira, que planeja uma comemoração especial neste Dia das Mães.
Ana Júlia é um exemplo de superação, de garra, e nos ensinou a nunca desistir."
Leila Oliveira, pedagoga
Leila, que também é mãe da estudante Gabriela, de 17 anos, sofreu dois abortos espontâneos antes de engravidar da caçula. Quando todos os exames apontavam uma gestação tranquila, Leila teve uma crise de pressão alta e precisou interromper a gravidez na 24ª semana. Ana Júlia precisou ficar 132 dias na UTI do Hospital Perinatal, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A menina cabia nas mãos dos médicos. O pezinho era menor que o dedo do polegar de um adulto.
Ana Júlia cabia na palma da mão dos médicos (Foto: Arquivo pessoal)Ana Júliaera menor que a palma da mão dos
médicos (Foto: Arquivo pessoal)
O primeiro abraço da mãe foi só no 11º dia de vida, quando Ana Júlia foi submetida à colocação de um cateter para receber o leite materno. “Em função da prematuridade extrema dela, os médicos não a deixaram pegar no colo antes. Me lembro que esse nosso primeiro contato foi muito rápido, mas muito emocionante”, recorda Leila.
Noites e dias na UTI
Ana Júlia nasceu no fim de maio e recebeu alta em outubro de 2010. Ao longo dos quase cinco meses de internação, Leila passava as noites e dias ao lado da incubadora onde estava a filha. Nesse período, a menina passou por uma cirurgia cardíaca e pela colocação de dois cateteres. A menina chegou a receber o leite materno, em doses de 1 ml a cada seis horas.
“Os momentos que a gente passa na UTI são muito difíceis. As mães dos bebês nessa situação ficam muito unidas, uma dando força à outra. Quando a gente passa um tempo com o bebê na UTI, a gente acaba carregando uma preocupação maior. Eu acompanho o peso da Ana Júlia, mas sem aquela neurose, até porque o pediatra diz que ela está muito bem”, comenta a mãe.
Ana Júlia vai completar 2 anos no final de Maio; família comemora evolução da menina (Foto: Arquivo pessoal)Ana Júlia vai fazer 2 anos no fim de maio; família comemora evolução da menina (Foto: Arquivo pessoal)
União de mãe e filha
Após o nascimento de Ana Júlia, Leila resolveu abdicar por um tempo da vida profissional. Formada e pós-graduada em pedagogia, ela quer acompanhar de perto o desenvolvimento da filha e optou em matriculá-la na escola apenas ano que vem, quando ela tiver o tamanho e o peso compatível aos de crianças de 2 anos.
“Eu tento ser a mãe que ela merece ter, tento dar o carinho que ela merece receber. Comemoramos tudo que a Ana Júlia faz desde que nasceu. O primeiro dentinho, quando ficou sentada pela primeira vez, quando começou a engatinhar, primeiro passinho, tudo para a gente é muito significativo e tem uma importância muito grande”, relata a mãe.
Enquanto Ana Júlia segue de férias em casa, Leila aproveita para curtir com a pequena os DVDs da "Galinha Pintadinha” e “Xuxa só para baixinhos”. Aos finais de semana, a família se divide entre passeios pela Lagoa Rodrigo de Freitas e aos jogos do Botafogo, no estádio do Engenhão.
“Ana Júlia é um exemplo de superação, de garra, e nos ensinou a nunca desistir. Ela traz inúmeros exemplos para gente. É uma fonte de inspiração”, fala a mãe, que não faz questão de esconder a corujice.

SORRIA: VOCE ESTÁ LINDA


 

O que são aquelas rachaduras na língua?

Elas são tecnicamente conhecidas como língua fissurada e não devem ser confundidas com a chamada língua geográfi ca. A primeira costuma estar associada a condições hereditárias e aos portadores das Síndromes de Down e Mekerson-Rosenthal (doença neurológica rara caracterizada por paralisias faciais recorrentes, edema da face e dos lábios). Pode apresentar fissuras, rachaduras ou sulcos dispostos tanto de forma longitudinal, transversal ou oblíqua, sobre parte ou sobre toda a superfície do dorso da língua. Já a língua geográfica tem transmissão hereditária e caráter crônico, que pode ser exacerbado, a partir da presença de certos alimentos de origem ácida, que se impregnam nas fi ssuras. “Caracteriza-se por apresentar placas ou regiões avermelhadas da língua, com lesões avermelhadas e bem visíveis quando se inspeciona a língua, despapiladas (sem papilas línguais), com borda esbranquiçada e ligeiramente elevada”, explica o dentista Gerson Köhler (PR).
 


De olho na dieta!
Pouca gente sabe que a alimentação balanceada influencia na saúde bucal. Uma dieta saudável deve conter vitaminas, sais minerais e fi bras que podem ser encontradas no arroz, no feijão, no peixe, no leite e nos ovos. “Cabe lembrar que a má nutrição e defi ciências vitamínicas provocam a diminuição no fluxo salivar, gengivite e outras alterações na gengiva e no periodonto”, alerta a ortodontista Vivian Farfel (SP). Se a dieta exigir jejum prolongado, isso leva a hipoglicemia e a queima de gordura, que produz gases de odores fortes. O uso de fórmulas para emagrecer, costuma provocar desidratação pelos laxantes contidos na composição e, por este motivo, leva à diminuição do fluxo salivar e formação de saburra lingual, levando ao mau hálito.
 

Novidade contra as cáries
Ir ao dentista sempre foi sinônimo daquele barulhinho bem chato do motorzinho, certo? Recém chegado ao Brasil, o tratamento alemão Icon, desenvolvido em parceria com a Universidade Charité Berlin, permite tratar as cáries, em estágio inicial sem o uso da broca, sem anestesia, sem dor para o paciente e o melhor, em uma única sessão. Ele preenche com uma resina os poros do esmalte dos dentes afetados pela cárie, impedindo a progressão da lesão cariosa. A camada de esmalte superficial é removida com um gel ácido, permitindo que os poros afetados, agora expostos, sejam revestidos com uma resina especial, que devido ao seu alto poder de penetração, infiltra profundamente na lesão e fecha os poros, evitando assim a progressão da cárie, e protegendo a estrutura saudável do dente. “Sem dúvida uma das maiores vantagens para o paciente é que com a nova técnica ele não perde tecido saudável, pois com o uso da broca parte do dente sempre é removido com a cárie, e o Icon permite preservar essas estruturas. Além disso, o paciente não precisa ser anestesiado, não sente dor e é um tratamento muito mais rápido e prático, realizado em uma única sessão”, explica o cirurgião dentista José Augusto de Souza Negrão,

 

Acabe com o ronco no dentista
“Utiliza-se um aparelho composto por duas placas de acrílico separadas que se encaixam nas arcadas. Seu objetivo é avançar levemente a mandíbula para evitar que a língua deslize em direção a garganta e obstrua a passagem de ar durante o sono”, explica o dentista Fausto Ito (RJ). Os elásticos específicos deste aparelho são responsáveis pelo avanço da mandíbula sem restringir os movimentos da boca durante o sono. Com essa técnica, a pessoa pode regular a quantidade do avanço mandibular. O dispositivo é usado somente durante a noite e é indicado para ronco, bruxismo, apneia leve e moderada e casos e apneia grave quando a pessoa não se adapta ao CPAP – máscara nasal. Com o uso regular do dispositivo associado a algumas mudanças com relação à alimentação, consumo de bebidas alcoólicas e atividade física, o ronco desaparece, os sintomas da apneia são reduzidos e a pessoa volta a dormir e respirar adequadamente, ou seja, melhora a sua qualidade de sono e de vida.
 

Qualquer pessoa pode colocar implantes?
Os principais motivos contraindicados para a colocação de implantes dentários são: “crianças antes da fase final de crescimento, pacientes com imunidade muito baixa (tem risco maior a infecção e complicações pós-operatórias, mas quando recuperar esta imunidade, a pessoa estará apta), pacientes que fazem reposição hormonal (porque tem o risco de necrose óssea na região dos implantes)”, explica o dentista Bruno Brenner Pentagna. Existem também fatores que diminuem o índice de sucesso dos implantes, mas não o contraindicam. São eles: problemas cardíacos de alto risco, como próteses valvulares aórticas ou mitrais, cardiopatias congênitas ou antecedentes de endocardite infecciosa.
Cuidados mais do que essenciais
Segundo a Academy of General Dentistry (EUA), o modo como as pessoas armazenam suas escovas também contribui, e muito, para a proliferação de bactérias e infecções como gengivite ou até gripes e resfriados. Por isso depois de escovar os dentes, lave a escova com bastante água e seque-a com um lenço de papel, nunca usando toalhas. Guarde sua escova na posição vertical e se outras dividirem o mesmo recipiente garanta que elas não entrem em contato uma com as outras.
 

Seu sorriso é perfeito?
Estudo feito pela Escola de Odontologia da Loma Linda University, na Califórnia (EUA), “definiu” o modelo do sorriso perfeito. Segundo Nicholas Davis, autor do estudo, a definição se baseia em princípios “estabelecidos por meio de dados coletados de pacientes, modelos de diagnóstico, pesquisa odontológica, medições científicas e conceitos artísticos básicos de beleza e levam em conta a harmonia entre a estética facial e a composição dentária”. Para ser perfeito, o sorriso deve ter pelo menos metade da largura da face, as metades direita e esquerda dos lábios devem ser simétricas e eles devem ser igualmente carnudos, os dentes devem ser alinhados à linha imaginária vertical que divide o rosto ao meio, e os incisivos superiores devem ser o traço mais dominante do sorriso já os dentes de baixo não podem aparecer muito quando a pessoa sorri e a gengiva deve aparecer pouco quando sorrimos e ter um tom de rosa pálido.
 

Proteína Morfogenética Óssea
A procura pelos implantes dentários vem aumentando nos últimos anos por quem perdeu um ou mais dentes. Mas para que se possa fazer um implante é necessário haver uma quantidade óssea mínima disponível para a sua fixação. Infelizmente, nem sempre os especialistas encontram essa quantidade suficiente nos pacientes. Muito recorrem ao enxerto ósseo, técnica que precisa de uma área doadora para colher osso e colocar no lugar necessário. Nestes casos, de reparação do tecido ósseo, a novidade é a Proteína Morfogenética Óssea. O cirurgião-dentista Sidnei Goldmann (SP) explica mais sobre esta técnica que tem tudo para ser a queridinha dos implantodontistas.
O que são proteínas morfogenética óssea – a BMP?
São proteínas encontradas em altas concentrações no tecido ósseo da dentina de humanos e animais. São as responsáveis pela habilidade indutiva e regenerativa. É uma substância indutora de formação óssea.
Como elas funcionam?
As BMPs, em forma líquida, são implantadas na arcada dentária através de carregadores (uma espécie de esponja) que fornecem estrutura para a formação de outros tecidos como gengiva e polpa dental.
Qual a sua indicação?
Para a reconstrução óssea, maxilar, de mandíbula, levantamento de seio maxilar e enxertos em geral. Não há contraindicação.
Como é a cirurgia?
Antes da cirurgia, é solicitado: exame clínico, raios-X e tomografia computadorizada para verificar a atrofia óssea (perda óssea). E, após estudo do caso, dá inicio a técnica de ROG (Regeneração Óssea Guiada). O primeiro passo é anestesiar o paciente e fazer uma incisão invertida para colocar o preenchimento ósseo (a BMP) através de um carregador (uma membrana com colágeno, como se fosse uma esponja) e inserida no tecido gengival. Como a membrana de colágeno é muito sensível e precisa ser moldada, é necessário envolve-la com um arcabouço (como se fosse uma cabana, uma moldura que protege e molda o enxerto, o osso) que é o responsável pela forma e volume da região. Para finalizar, o corte é suturado com pontos reabsorvíveis, ou seja, que não precisa ser retirado. O implante poderá ser colocado após seis meses quando é retirado o arcabouço (a proteção) feito de titânio ou aço inoxidável e colocado o implante na região reconstruída.
Qual a vantagem?
O paciente não precisa remover osso de nenhum lugar do organismo, já que as BMP promovem a formação de células ósseas, a cirurgia é rápida e o pós-operatório, bom.
E os cuidados após a cirurgia?
Comer comidas leves nas primeiras semanas, evitar esforços físicos 24 horas após cirurgia, tomar a medicação indicada pelo profissional além de, é claro, fazer a higiene da região com anti-sépticos com clorexidina 0,12%.

Maria, Maria........beleza pura


Maria Melilo exibiu um corpo de dar inveja na capa da revista  Plástica & Beleza  deste mês. Foto: Divulgação
 Maria Melilo exibiu um corpo de dar inveja na capa da revista Plástica & Beleza deste mês

Vencedora do Big Brother Brasil 11 e participante do Casseta & Planeta, Maria Melilo exibiu boa forma na capa da revista Plástica & Beleza deste mês. Com 63 kg distribuídos em 1,67 m, ela contou que é apaixonada por ginástica e adepta a uma dieta saudável, mas, ainda assim, não se sente um "mulherão" o tempo todo.
"Definitivamente, não me sinto um mulherão 24 horas por dia. Algumas vezes quero fazer mais a linha menininha e saio de casa de jeans, tênis e camiseta. Em outros momentos, gosto de fazer uma maquiagem mais caprichada. Tudo depende do meu humor", disse.
Desde cedo, Maria tenta seguir uma alimentação balanceada, mas não passa vontade de comer tudo o que quer. "Minha mãe é médica e sempre frisou a importância de uma dieta saudável para o nosso bem-estar. Mas se eu tenho vontade de comer alguma coisa mais gordinha não me privo. A gente tem de ser feliz. Sou eu quem domino a minha comida, e não ao contrário! Não sou nem louca de abusar de alimentos que não são saudáveis. A alimentação é responsável, na minha opinião, por quase 90% do resultado de um corpo bonito", afirmou.
Além de comer bem, a ex-BBB não dispensa a prática de exercícios. Ela faz musculação pelo menos três vezes por semana e evita o inchaço com drenagem linfática.
Maria contou ainda sobre a única cirurgia plástica que já fez. "Coloquei próteses de 240 ml (nos seios) e adorei o resultado. Resolvi fazer a cirugia porque, apesar do meu corpo estar em forma, as roupas não tinham um caimento bacana. Esse retoque foi essencial para eu me sentir supersatisfeita com meu corpo".
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Como aproveitar os juros baixos?


Entendendo um pouco sobre Juros:

O que é a taxa básica de juros?

O Banco Central é o responsável pela taxa básica de juros. Foto: Beatriz Albuquerque
O Banco Central é o responsável pela taxa básica de juros. Foto: Beatriz Albuquerque.
Para entender a taxa básica de juros, é preciso primeiro saber o que é o juro. O dicionário Houaiss o define como "quantia que remunera um credor pelo uso de seu dinheiro por parte de um devedor durante um período determinado, ger. uma percentagem sobre o que foi emprestado; soma cobrada de outrem, pelo seu uso, por quem empresta o dinheiro". Em linguagem mais simples, Carlos Antonio Luque, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP), dá um exemplo de como isso funciona: "Se eu tiver à disposição uma maçã e se alguém quiser tomá-la emprestada, eu vou exigir que, no futuro, essa pessoa me devolva a maçã e mais um pedaço. Esse pedaço extra é o que representa os juros".
No Brasil, o governo federal emite títulos públicos e, por meio da venda deles, toma empréstimos para financiar a dívida pública no país e outras atividades como educação, saúde e infraestrutura. Quem compra esses títulos aplica seu dinheiro para, em troca, receber uma contrapartida: os juros. Mas quem define isso? "O Banco Central, que administra os leilões de títulos do governo, define uma remuneração sobre eles, que é a taxa básica de juros", explica o professor. Dentro desse órgão, existe outro chamado Comitê de Política Monetária, o Copom. Ele foi criado em 1996 e sua função é, como diz o próprio nome, definir as diretrizes da política monetária do país e a taxa básica de juros. Periodicamente, o Copom divulga a taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), que é a média de juros que o governo brasileiro paga pelos empréstimos tomados de bancos. É a Selic que define a taxa básica de juros no Brasil, pois é com base nela que os bancos realizam suas operações, influenciando as taxas de juros de toda a economia.

Aumentar ou reduzir esse imposto pode trazer diferentes implicações à economia de um país. "Quando o Banco Central aumenta a taxa de juros, ele está nos dando a seguinte orientação: 'Não consumam hoje os bens, peguem seu dinheiro e apliquem no mercado financeiro, pois assim vocês poderão consumir mais no futuro'. Quanto ele a reduz, diz o contrário, que é mais conveniente comprar os bens hoje e não aguardar o futuro para obtê-los", diz Carlos Antonio Luque. Ou seja, o aumento na taxa básica de juros atrai mais investimentos em títulos públicos e a quantidade de dinheiro em circulação diminui. Com isso, as pessoas compram menos. A lei de mercado faz com que a queda na demanda baixe os preços dos produtos e serviços em oferta. Assim, consegue-se conter o avanço da inflação, mas o ritmo da economia desacelera. Porém, se a taxa for reduzida, acontece o inverso: os bancos diminuem os investimentos nos títulos do governo e passam a aumentar o crédito à população, o que eleva a quantidade de dinheiro circulando e estimula o consumo. O crescimento na demanda de produtos e serviços aquece o setor produtivo e, consequentemente, a economia como um todo. Em compensação, faz os preços se elevarem e possibilita o avanço da inflação.

Dicas para você administrar melhor suas finanças nessa nova era, dos investimentos à renegociação das dívidas

Os juros começaram a cair na economia brasileira. No início, a insistência era velada, com críticas veiculadas na imprensa tanto à taxa Selic, fixada pelo Banco Central e que determina os juros pagos pelo governo para captar recursos e financiar suas atividades, quanto aos altos juros cobrados pelos bancos. Com clara influência sobre as decisões do Banco Central, o governo da presidenta Dilma conseguiu que os juros caíssem; e, mais recentemente, fez com que os bancos públicos (Caixa Econômica e Banco do Brasil) diminuíssem os juros, obrigando aos bancos privados que sempre lucraram com os juros altos a terem que acompanhar(portabilidade)a politica de juros baixos. Isso significa que as taxas de juros cobradas em empréstimos, financiamentos (inclusive o imobiliário, como sinalizou a Caixa Econômica recentemente), no cheque especial e em outros produtos bancários como investimento, capital de giro para as grandes e pequenas empresas, o acesso a estes juros baixos  melhora  a economia brasileira.
Até pouco tempo atrás, se alguém falasse que o Brasil estava prestes a se tornar um país com juros civilizados, seria motivo de chacota. Dezoito anos após a implantação do Plano Real (governo Itamar Franco), que trouxe a estabilidade econômica, graças a administração do plano pelo governo atual, o Brasil parecia destinado a ser o eterno campeão mundial dos juros altos. Agora, surgem sinais de que os juros também podem alcançar um patamar de Primeiro Mundo – ou, ao menos, semelhante ao de outros grandes países emergentes, como China, Índia e Rússia. Isso deverá trazer uma transformação profunda na vida dos indivíduos e das empresas. 
A queda dos juros é fruto de uma conjunção de fatores. O maior deles é a própria estabilidade. Sem ela, ainda estaríamos correndo para o supermercado no dia do pagamento do salário para comprar antes da remarcação dos preços. A atual crise global também deu sua contribuição para a virada. Com a desaceleração econômica, o Banco Central pôde promover seguidos cortes na taxa básica de juros, a Selic, usada como referência pelos bancos, sem risco de incentivar um aumento no consumo e alimentar reajustes de preços com impacto na inflação.
Hoje, a taxa básica está em 9% ao ano e, de acordo com a expectativa dos analistas, deverá baixar a 8,5% no final de maio, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o menor nível da história. Descontada a inflação, isso representará uma taxa real de 3,1% ao ano. 
A queda nas taxas está provocando mudanças em todos os investimentos. Aplicações que garantiam ganhos de 10% ou 12% ao ano recentemente sem correr praticamente nenhum risco agora estão perdendo fôlego. Quem quiser ganhar um pouco mais terá de se arriscar na Bolsa ou mesmo no mundo dos negócios.
Com uma boa orientação, é possível tirar o melhor dessa nova era. Para ajudar a administrar seu patrimônio,

Abaixo, duas dicas:

1. Devo tirar meu dinheiro da caderneta de poupança?
A velha poupança pode parecer pouco atraente para muito sabichão do mercado financeiro. Mas, para boa parte dos aplicadores e investidores, mesmo os mais endinheirados (que costumam reservar alguns trocados para diversificar seu patrimônio na caderneta), ela é – e continuará a ser – uma alternativa observada com carinho. Quem tem dinheiro hoje na poupança pode até migrar para outras aplicações, como sempre aconteceu, por razões pessoais ou estratégicas. Mas não por causa da mudança nas regras de cálculo dos rendimentos promovida pelo governo no final de abril. “A poupança tem um público cativo, que aplicou e vai continuar a aplicar”, diz Osvaldo do Nascimento, diretor executivo de investimentos e previdência do Itaú Unibanco.
Pelas novas regras, a caderneta renderá só 70% da Selic, a taxa balizada pelo Banco Central, quando ela for menor ou igual a 8,5% ao ano – algo que pode acontecer já no final de maio, se as previsões dos analistas se confirmarem. Em outras aplicações, os investidores mais abonados podem obter quase 100% ao ano da Selic. Só que a poupança é isenta de tributação, enquanto nas demais aplicações o investidor paga imposto sobre seus ganhos.
Além disso, a poupança é uma aplicação simples. O poupador recebe o mesmo rendimento em qualquer banco do país. E ela ainda oferece o menor risco do mercado. O investidor está protegido contra quebras de instituições financeiras pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 60 mil por CPF. Com os fundos de investimento, isso não acontece. O único risco da poupança seria a Selic ficar abaixo da inflação, porque seu dinheiro perderia valor. Isso, porém, não aparece nos binóculos dos analistas.

2. O que devo fazer com o dinheiro em CDBs, fundos de renda fixa e DI?
A queda dos juros reais, aqueles que superam a inflação e representam o ganho dos investidores na prática, tira muito do charme que as aplicações de renda fixa tiveram no passado recente, quando as taxas ofereciam mais de 10% ao ano. Hoje, com os juros reais na faixa de 3,5% (e as projeções apontando para uma taxa entre 2% e 2,5% ao ano), o investidor terá de investir mais para ter o mesmo ganho do passado.
Isso não significa que será preciso correr para remanejar seu dinheiro. Ele continua seguro na renda fixa. Qualquer investidor mantém uma parcela do dinheiro nas aplicações mais conservadoras. “Para aumentar o risco, o aplicador tem de estar preparado para ganhar ou perder”, diz Nascimento. Se, ainda assim, você quiser rever suas aplicações, procure refletir calmamente. “O investidor que quiser mudar seu portfólio deve entender os riscos envolvidos nas diferentes aplicações, para fazer a mudança com segurança”, afirma Joaquim Levy, presidente da Bram, a empresa de gestão de recursos do Bradesco.
Quem quiser ser mais cauteloso poderá investir em aplicações com taxas prefixadas, como CDBs e fundos de renda fixa, onde é possível “travar” as taxas antecipadamente. Como os fundos DI, acompanham o sobe e desce das taxas, eles serão beneficiados se o Banco Central tiver de subir os juros mais para a frente, para conter um eventual repique inflacionário, segundo preveem alguns analistas.
 JOSÉ FUCS, DANIELLA CORNACHIONE E NATHALIA PRATES 
 Começou a queda de juros. Isso é tudo (ou quase tudo) o que empresários, instituições e trabalhadores vêm pedindo há anos. É lugar comum acusar os bancos de obterem lucros exorbitantes e o governo de cobrar elevada carga tributária. Mas agora, pela necessidade de fazer frente à crise que assola o mundo e manter o mercado interno aquecido, o governo decidiu mexer na política de juros. Começou por fazer os bancos oficiais a darem o exemplo e, com seu peso, puxar para baixo as taxas cobradas pelo mercado particular. A medida deu o tom para os discursos do Dia do Trabalho. Mas exige mais do que o temerário populismo, já que o nível dos juros é conseqüência de um intrincado processo sobre o qual foi montada nossa economia, hoje a sexta do mundo. Tradicionalmente, os bancos oficiais servem para alavancar o desenvolvimento através da viabilização de obras de infraestrutura e de suporte a programas oficiais de inclusão social e bem-estar da população. São tarefas que nem sempre apresentam o retorno financeiro de mercado, mas justificam-se pelos resultados que trazem ao conjunto da sociedade. Por conta disso, quando necessário, recebem o aporte de recursos públicos e até de programas internacionais de apoio ao progresso.
No entanto, no Brasil de hoje, os bancos oficiais, em vez de simples indutores do desenvolvimento, passaram a atuar como concorrentes privilegiados da iniciativa privada. Isso torna preocupante a política que venha a empregá-los como âncoras dos juros e custos das operações financeiras. É preciso lembrar que os bancos públicos gozam de uma série de privilégios e, mesmo oferecendo atendimento de má qualidade à clientela, vivem com as agências lotadas de clientes cativos. Além disso, por serem instituições públicas, não estão sujeitos à quebra ou falência, que ronda todo negócio particular quando não adequadamente administrado.
Todos queremos juros baixos. Mas é preciso levar em consideração as leis pétreas do mercado. O dinheiro que o banco privado empresta à sua clientela é o mesmo que toma emprestado da própria clientela. Em vez de usar o peso dos bancos oficiais para fazê-los baixar, o ideal seria que o Banco Central, como instrumento regulador, atuasse mais rigorosamente para evitar a cobrança de taxas abusivas e, ao mesmo tempo, o governo e o parlamento editassem leis que promovam a desoneração fiscal do setor e possam redundar na redução dos custos operacionais. Feito isso, a tendência é a queda real dos juros, sem o risco da quebra das instituições bancárias que, sem qualquer dúvida, são peças importantes do sistema econômico nacional.
Precisamos de medidas que beneficiem o mercado e funcionem no longo prazo. Não podemos correr o risco de repetir as experiências negativas dos planos econômicos – exceto o Real – que, num primeiro momento animaram, mas só serviram para desordenar o mercado e a economia brasileira.

por Dirceu Cardoso

Prorrogado o licenciamento compulsório do antirretroviral Efavirenz

Efavirenz


Foi prorrogado por mais cinco anos o prazo de vigência do licenciamento compulsório do antirretroviral Efavirenz. O Decreto nº 7.723, de 4 de maio de 2012, foi publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (7/5). De acordo com o documento, "Fica prorrogado, por cinco anos, o prazo de vigência do licenciamento compulsório das patentes nº 1100250-6 e 9608839-7, referentes ao Efavirenz para fins de uso público não comercial".

Em 2007, o governo brasileiro já havia decidido pela licença compulsória do medicamento, por meio do Decreto nº 6.108, de 4 de maio de 2007. Naquela ocasião, o antirretroviral era produzido pelo laboratório americano Merck Sharp & Dohme. Foi a primeira vez que o Brasil recorreu à medida, prevista no Acordo de Propriedade Industrial (Trips) da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Em 2008, o Efavirenz 600 mg começou a ser produzido por Farmanguinhos e distribuído gratuitamente aos pacientes que vivem com o vírus HIV/Aids no Brasil. Atualmente, cerca de 103 mil pessoas usam o medicamento e a instituição supre toda a necessidade nacional.


Efavirenz (nomes de tipo Sustiva e Stocrin) é um inibidor reverso da transcriptase não-nucleosideo (NNRTI) e é usado como parte da terapia antirretroviral altamente ativa (HAART) para o tratamento do vírus da imunodeficiência humana (HIV) tipo 1.
Para a infecção de HIV que não tenha sido tratada previamente, o Departamento de Estados Unidos dos serviços de saúde recomenda atualmente o uso do efavirenz em combinação com lamivudina/zidovudina (Combivir) ou tenofovir (Truvada) como os regimens NNRTI-baseados preferidos nos adultos e nos adolescentes.

Utilização

O Efavirenz é usado também em combinação com outro antirretroviral age como parte da profilaxia pós-exposição para impedir a transmissão do HIV para aqueles expôs aos materiais associados com uma elevado risco de transmissão do HIV.
O dose usual do adulto é 600 mg uma vez um dia. É feito exame geralmente em um estômago vazio na hora de dormir para reduzir efeitos adversos.
Efavirenz foi combinado com o popular HIV medication Truvada, que consiste tenofovir e emtricitabine, que são inibidores reversos do transcriptase. Esta combinação de três medications aprovou pelo FDA em julho de 2006 sob o nome de tipo Atripla, fornece a terapia antirretroviral altamente ativa (HAART) em uma única tabuleta feita exame uma vez um dia. Resulta em um regime simplificado da droga para muitos pacientes.

Quebra de patente (licenciamento compulsório)

O Brasil quebrou a patente (licenciamento compulsório)
da fabricante Merck passou a importar a versão genérica da Índia desde 2007 por interesse público. A merck vendia o comprimido de 600mg por $1,80 e versão indiana custa $0,45. 
Farmanguinhos (Fiocruz) atualmente  é o único laboratório nacional que fabrica este medicamento tão importante para os pacientes portadores do HIV.  

Efeitos colaterais

Os seguintes sintomas foram relatados em mais de 1% dos pacientes:
Outros efeitos colaterais comuns incluem náusea, manchas vermelhas na pele, tontura e dor de cabeça.
A relatos também de desencadear Surto psicótico por intoxicação em caso de pacientes com sério comprometimento do fígado ou rins. [3][4]
Não é recomendado durante a gravidez.[5]

Teste de drogas

Esse medicamento pode causar falso positivo em alguns tipos de testes de urina usados para detectar o uso de maconha.

Referências

  1. http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u134992.shtml
  2. Cespedes MS, Aberg JA. Neuropsychiatric complications of antirretroviral therapy. Drug Safety. 2006;29(10):865-74. PMID 16970510
  3. Hasse B, Günthard HF, Bleiber G, Krause M. Efavirenz intoxication due to slow hepatic metabolism. Clinical Infectious Diseases. 2005 Feb 1;40(3):e22-3. PMID 15668854
  4. Lowenhaupt EA, Matson K, Qureishi B, Saitoh A, Pugatch D. Psychosis in a 12-year-old HIV-positive girl with an increased serum concentration of efavirenz. Clinical Infectious Diseases. 2007 Nov 15;45(10):e128-30. PMID 17968817
  5. DHHS panel. Guidelines for the use of antirretroviral agents in HIV-1-infected adults and adolescents (October 10, 2006). (Available for download from AIDSInfo)
  6. Rossi S, Yaksh T, Bentley H, van den Brande G, Grant I, Ellis R. Characterization of interference with 6 commercial delta9-tetrahydrocannabinol immunoassays by efavirenz (glucuronide) in urine. Clinical Chemistry. 2006 May;52(5):896-7. PMID 16638958
  7. Röder CS, Heinrich T, Gehrig AK, Mikus G. Misleading results of screening for illicit drugs during efavirenz treatment. AIDS. 2007 Jun 19;21(10):1390-1. PMID 17545727

Como emagreci 6 kg em 20 dias

Conheça a dieta que fez Adele

O segredo da cantora é cortar a carne do cardápio. Foto: Getty Images O segredo da cantora é cortar a carne do cardápio
Adele sempre assumiu suas curvas e disse que as pessoas deveriam observar sua voz e não seu corpo. Mas recentemente ela mudou o cardápio e emagreceu seis quilos em apenas 20 dias. O segredo da cantora é uma dieta vegetariana, que está na revista Shape deste mês.
De acordo com um estudo americano, os vegetarianos pesam de 3% a 20% menos do que os carnívoros. O segredo para emagrecer com saúde é substituir os nutrientes da carne, que podem ser encontrados em vários produtos, como ovos, leites e alguns vegetais.
Por isso, para quem quer seguir os passos Adele e afinar a silhueta, a nutricionista Lila Valente, do Rio de Janeiro adaptou a dieta feita pela cantora. Confira a seguir alguns dos principais alimentos que devem ser ingeridos durante as refeições.

Café da manhã
Pão integral
Leite de soja
Frutas
Queijos magros
Óleo de coco

Lanche da manhã e da tarde
Barra de cereal
Amêndoas
Frutas
Macadâmia
Gelatina
Almoço e Jantar
Omelete
Arroz integral
Feijão
Carne de soja
Alface
Tomate
Legumes

Ceia
Iogurte natural
Barra de cereal
Leite batido com frutas
Terra

Acuado pelos colegas e abandonado pela escola

Mãe move ação por danos morais contra colégio paulistano onde ela estudou e trabalhava, sob a alegação de que a instituição ignorou os pedidos de ajuda de seu filho de 11 anos, que sofria agressões físicas e verbais por ser bailarino

João Loes

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Mãe move ação por danos morais contra colégio paulistano onde ela estudou e trabalhava,
sob a alegação de que a instituição ignorou os pedidos de ajuda de seu filho de 11 anos,
que sofria agressões físicas e verbais por ser bailarino
No começo de 2010 a professora paulistana Alba Paulino, 43 anos, começou a estranhar o comportamento do filho, Enzo, então com 11 anos de idade. Matriculado na escola onde ela trabalhava, o colégio católico Nossa Senhora de Lourdes, na Água Rasa, zona leste de São Paulo, ela percebeu que o filho aparecia com cada vez mais frequência em seu escritório, localizado num prédio anexo ao do colégio. Queixava-se de dores de cabeça, enjoos e indisposições intestinais. Muitas vezes o garoto pedia para que o tio ou a avó o buscassem na escola e o levassem para casa. No sobrado da família, no mesmo bairro, Enzo não melhorava muito. Deixava as refeições pela metade e, aos poucos, as noites de sono tranquilo tornaram-se turbulentas. Na hora de dormir, Enzo chorava copiosamente. Quando finalmente adormecia, já era quase hora de acordar para voltar ao colégio. E era só falar de escola que o garoto desabava de novo. “Alguma coisa estava muito errada”, diz Alba.

Com o tempo, Enzo contou que vinha sendo agredido verbal e fisicamente, de forma cada vez mais frequente e grave, pelos colegas de escola desde os 8 anos de idade, quando optou por fazer balé em uma academia de dança no bairro do Tatuapé, também na zona leste. Ele era uma vítima clássica do bullying, nome dado ao fenômeno que engloba xingamentos, ofensas, constrangimentos, humilhações ou agressões físicas praticadas por um grupo contra alguém. No caso de Enzo havia um agravante. Nos últimos três anos em que ele esteve no Nossa Senhora de Lourdes, ele diz ter buscado ajuda de professoras e até cobrado ação por parte da coordenação da escola para que os ataques parassem. A resposta que recebia de quem devia tê-lo protegido era sempre a mesma: “São brincadeiras normais de menino e, se você não é gay, não tem por que se preocupar.” Os ataques não só continuaram como pioraram.

“A zoação acontecia já de manhã, antes de as aulas começarem”, lembra ele, que diz ter sido chamado inúmeras vezes de “gay”, “viado”, “bicha” e “boiola”, aos berros, no portão do colégio. Durante o dia, Enzo relata que recebia empurrões, tapas nas costas, era arremessado contra carteiras e frequentemente tinha o material escolar jogado no chão. Certa vez, ele conta, um de seus agressores derramou uma lata de refrigerante em sua mochila. Em outubro de 2010, três garotos passaram a bloquear o acesso de Enzo ao banheiro masculino. “Aqui você não entra, use o de mulher”, ele ouviu. Em dias assim, o garoto passava o turno escolar sem ir ao banheiro.
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XINGAMENTOS
Enzo diz que as provocações começavam no portão da escola
Foi a gota d’água para a família. Vendo Enzo abandonado por boa parte dos poucos amigos que fez na infância – ele estava no colégio desde os 2 anos –, com a autoestima em frangalhos, sem apoio da escola e a ponto de repetir o sétimo ano, eles resolveram intervir. Era final de 2010. “Sabia que eram grandes as chances de eu ser mandada embora caso eu pressionasse a direção do colégio ou resolvesse tirar meu filho de lá”, diz Alba. “Mas ele estava indo para o colégio para apanhar.”

Hoje, a decisão de Alba, de finalmente confrontar a escola, pode parecer óbvia, talvez até tardia para quem está de fora. Para ela não foi. Ela não só trabalhou no colégio por 14 anos como professora, mas também foi aluna do Nossa Senhora de Lourdes desde a infância. Confiava na instituição e também dependia dela. Divorciada, ela se desdobrava para dar conta das despesas que tinha com o único filho e a casa. Um irmão se dispôs a ajudá-la caso ela de fato perdesse o emprego. Isso não aconteceu na primeira vez em que conversou com a coordenadora-geral, Lourdes Panini. Mas Alba diz que perdeu o chão quando ouviu dela uma frase que classificou como surreal. “Se seu filho quer ser bailarino, ele tem que se acostumar a ser chamado de gay”, teria declarado Lourdes à mãe, depois de Alba arrolar tudo o que seu filho estava passando. “Eu fiquei muda e só chorei”, diz. Dez dias depois, ela tirou o filho do colégio e, como imaginava, foi demitida na sequência. Hoje corre na Justiça paulistana um processo cível por danos morais contra a mantenedora do colégio Nossa Senhora de Lourdes no valor de 100 salários mínimos.

Em conversa com ISTOÉ, Lourdes Panini negou veementemente todas as afirmações de Alba e Enzo. “Nunca tivemos bullying ou agressões no nosso colégio e jamais disse que, por ter escolhido a profissão de bailarino, Enzo teria que se acostumar a ser chamado de gay”, afirma. A diretora diz que o colégio, por ser católico, tem especial atenção com a questão do bullying e presa imensamente o respeito entre os colegas. “Não o suficiente”, alega Alba, que teve cinco longas conversas com a coordenadoria pedagógica da instituição onde Enzo está matriculado atualmente para ter certeza de que lá não haveria bullying. A nova escola também acompanhou o garoto durante crises de ansiedade e uma breve disfunção alimentar, identificada por um médico de confiança da família. “Tinha medo de ir pro colégio novo e aquilo tudo que eu passei se repetir”, diz o garoto.

Hoje, Enzo estuda, tem bom desempenho escolar, amigos e aprimora, sem medo, seu talento para a dança. São quatro horas de ensaios todos os dias. “Até o final do ano devo apresentar uma variação”, diz ele, corado e sorridente. Variação é um movimento solo do balé clássico que exige treino, dedicação e perícia. Para a mãe, vê-lo equilibrado e feliz depois de tudo é um alento. “Casos como esse, onde o bullying parece ter respaldo de instâncias superiores podem ter consequências gravíssimas”, diz Cecília Zylberstajn, psicóloga especializada em atendimento de adolescentes e adultos. “A criança fica confusa porque o adulto, que teoricamente pode ser confiável e visto como um porto seguro, perde essas qualidades.” Enzo foi salvo a tempo.
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O poder da generosidade

Ser generoso faz bem e traz felicidade. A solidariedade alimenta a alma, junta as pessoas e agrega sentimentos puros e verdadeiros. (Antonio Brandão)
Tudo na natureza é espontaneamente generoso. Podemos ser generosos na ação, no sentimento e no pensamento. Quando agimos generosamente, partimos de uma consciência de prosperidade e abundância, na qual a ênfase está na qualidade e não na quantidade.
A atitude generosa não escolhe dia nem hora. Não tem preconceitos de nenhuma espécie, e muito menos espera qualquer retribuição. Quando sentimos generosamente, nossa doação é espontânea e invisível, principalmente porque nos omitimos dos julgamentos, sentimos a necessidade do outro, a limitação que o atinge agora, e auxiliamos da melhor forma possível.
Quando pensamos generosamente, compreendemos que a alegria de dar e a capacidade plena de receber são partes de uma única dádiva. É a maneira sublime de encontrarmos a alegria de viver plenamente. Seja generoso hoje mesmo. Veja se há algo que você pode dar a alguém que o fará muito feliz.
Ser generoso é aceitar cada um como ele é sem querer moldá-lo à nossa maneira de ser. Abra seus braços generosamente, e abrace alguém com afeição verdadeira. Distribua muitos sorrisos no dia de hoje. Perceba o que você recebeu generosamente de alguém, e agradeça com o coração. Agradeça, agradeça e agradeça. A gratidão é como um combustível que alimenta o poder da generosidade dentro de nós. Pratique o ato de dar sem exigir nada em troca, isso o levará a descobrir como funciona a Lei da abundância.
 Anita Godoy

 

  

Rachel Costa

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Encontrar explicações convincentes para a origem e a evolução da vida sempre foi uma obsessão para os cientistas. Tanto que, quando Charles Darwin criou a teoria da seleção natural, na segunda metade do século XIX, parecia ter encontrado a solução para o intrincado quebra-cabeça da evolução da vida no planeta Terra. A competição constante, embora muitas vezes silenciosa, entre os indivíduos, teria preservado as melhores linhagens, afirmava o naturalista britânico. Assim, um ser vivo com uma mutação favorável para a sobrevivência da espécie teria mais chances de sobreviver e espalhar essa característica para as futuras gerações. Após consecutivas linhagens, a tendência seria de que todos os indivíduos fossem descendentes daquele com a boa mutação, e que quem não a possuísse desaparecesse. Ao fim, sobreviveriam os mais fortes, como interpretou o filósofo Herbert Spencer, no início do século XX – ideia erroneamente atribuída a Darwin. Um século e meio depois, um biólogo americano agita a comunidade científica internacional ao ousar complementar a teoria da seleção darwinista. Segundo Edward Wilson, da Universidade de Harvard, considerado o pai da sociobiologia, ganhador de dois prêmios Pulitzer na categoria de não ficção e um dos mais respeitados acadêmicos da atualidade, o processo evolutivo é mais bem-sucedido em sociedades nas quais os indivíduos colaboram uns com os outros para um objetivo comum. Assim, grupos de pessoas, empresas e até países que agem pensando em benefício dos outros e de forma coletiva alcançam mais sucesso, segundo o americano.

Ao cravar essa tese, defendida no recém-lançado “A Conquista Social da Terra” (W.W. Norton & Company, 2012), uma compilação de pouco mais de 300 páginas, Wilson pôs à prova o benefício de agir em causa própria, presente na seleção individual de Darwin. O americano não contraria a teoria darwinista, mas afirma que ela é insuficiente para se entender a evolução, que aconteceria em múltiplos níveis – o individual, como proposto por Darwin, e o de grupo. Afinal, se o mais importante era fazer com que seus genes seguissem adiante, por que muitas vezes o indivíduo era capaz de se sacrificar pelo outro? A luta constante pela sobrevivência realmente explicou muita coisa, mas não foi capaz de lançar luz sobre uma característica intrigante, observada pelo próprio Darwin: o comportamento altruísta – chave da teoria de Wilson. “A seleção individual é importante, mas não explica tudo”, disse à ISTOÉ o diretor do centro de bem-estar da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, Robert Cloninger.
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A nova teoria da evolução de Wilson arrebatou não só a comunidade científica como as mais importantes publicações internacionais. Os jornais “The New York Times”, “The Wall Street Journal” e “The Washington Post” e as revistas “Newsweek” e “New Yorker” são apenas algumas das publicações que dedicaram páginas e páginas à chegada da nova obra às prateleiras – sem contar as prestigiadas revistas científicas “Nature” e “Scientific American”. O trabalho do acadêmico de Harvard foi baseado nas espécies sociais, tais quais vários tipos de abelhas, formigas e nós, humanos. As espécies sociais são 3% do total dos animais do planeta, mas representam 50% de sua biomassa. Para Wilson, só esse dado já seria suficiente para explicar o sucesso desses grupos e constatar que a colaboração entre os indivíduos conta pontos positivos na evolução. Algo semelhante já havia sido observado pelo próprio Darwin no livro “A Evolução das Espécies”. Tentando explicar o altruísmo, o naturalista britânico percebeu que, se esse comportamento aparentemente não oferecia vantagem direta para o indivíduo, parecia ser capaz de garantir um benefício ao grupo. Porém ainda não era claro por que ser altruísta se o egoísmo parecia mais benéfico. “Os animais não precisam competir sempre”, disse à ISTOÉ o professor de antropologia da Universidade de Washington Robert Sussman, autor do livro “Origens da Cooperação e do Altruísmo” (2009). “Quando a cooperação representa uma vantagem para o grupo, os genes que a promovem são lançados à próxima geração, favorecendo esse grupo em relação aos outros”, afirmou Wilson em uma entrevista ao ensaísta científico Carl Zimmer. “Assim, a seleção ocorre no nível do grupo, embora não deixe de acontecer no nível individual.”

“A Conquista Social da Terra” surgiu para se fazer repensar a importância da cooperação, em especial entre os seres humanos. Afinal, se o sacrifício por um parente para a proteção dos genes, propalado pela seleção por parentesco, faz sentido em comunidades de abelhas e de formigas, falta-lhe complexidade para abarcar o ser humano, muitas vezes capaz de se sacrificar por razões bem mais subjetivas, como crenças e ideais. “Nos seres humanos há três aspectos que devem ser levados em conta para explicar a evolução: o corpo físico, os pensamentos e a psique”, afirma Robert Cloninger. “Darwin foca seu trabalho na evolução do corpo, por isso a explicação fica incompleta.” Por ter consciência, a pessoa é capaz de julgar se irá agir a favor ou contra o outro, podendo, inclusive, basear essa decisão em atos que esse mesmo sujeito praticou no passado. Alguém que sempre age de modo egoísta, por exemplo, pode ser rejeitado pelo restante do grupo. “As manifestações de generosidade nos seres humanos são diferentes e mais variadas que as observadas em outros animais”, disse à ISTOÉ o biólogo Michael Wade, que pesquisa evolução e comportamento na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos. Wade publicou, no fim de abril, um estudo mostrando que, embora o altruísmo esteja presente em várias espécies, o mecanismo pelo qual ele se dá varia. “Existem diferentes tipos de altruísmo, para diferentes ambientes. É o ambiente que determina como ajudar seu vizinho.”
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Trabalhar em conjunto para um fim comum e, com isso, prosperar é também agir com altruísmo. Numa bucólica vila encravada em pleno centro da capital paulista, cerca de 100 pessoas colaboram umas com as outras no âmbito profissional. São produtores culturais, fotógrafos, jornalistas e programadores que formam a Casa da Cultura Digital, onde várias pequenas empresas promovem um intercâmbio de trabalho e cooperam mutuamente. Num ambiente em que não há espaço para a competição e as despesas são divididas, o negócio cresce.

A Casa da Cultura Digital é um exemplo de modelo de sucesso para a organização de empresas tendo como base o altruísmo. Para o americano Steve Denning, autor de vários livros sobre liderança empresarial, a teoria da evolução em grupo defendida pelo cientista ajuda a entender essa e outras fórmulas vitoriosas. Outro exemplo seria o modo como a americana Apple organiza suas equipes de trabalho, mantidas em separado e muitas vezes proibidas de dialogar entre si. Para muitos, essa decisão representa uma perda, na medida em que dificulta o compartilhamento de ideias gestadas pelos times. Denning, porém, lança outro olhar a partir do livro de Wilson. Se a colaboração se dá entre o próprio grupo, mas não para outros grupos – que muitas vezes são entendidos como o inimigo contra o qual se deve lutar –, caberia refletir sobre o seguinte ponto: “Os ganhos ao se suprimir a concorrência interna entre as equipes não compensariam as perdas de não deixá-las dialogar?”, escreveu, em um artigo recém-publicado no site da revista americana “Forbes”.
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Na neurociência, por exemplo, especialistas tentam identificar os mecanismo cerebrais acionados quando se é generoso. “Seres humanos são capazes de se sacrificar por um desconhecido completo ou por um ideal. Isso não é visto em outras espécies”, afirma o neurocientista brasileiro Jorge Moll, do instituto D’Or, no Rio de Janeiro. O pesquisador é conhecido no meio acadêmico por seus estudos sobre a resposta cerebral às ações altruístas. Ele e sua equipe mostraram, por meio de exames de ressonância magnética, que ao se praticar ações altruístas são acionadas as mesmas áreas do cérebro ligadas à recompensa. Como se, ao se doar dinheiro, por exemplo, a sensação percebida fosse a mesma de quando se ganha dinheiro. “Para o cérebro, o que temos é um sentimento de recompensa, assim vale perder para ajudar o outro.” As amigas Flávia Constant, Paula Saldanha e Letícia Verona decidiram se unir e agir por pessoas que elas não conheciam diante da tragédia que matou mais de 900 pessoas na região serrana do Rio de Janeiro. Elas não moravam no local nem perderam amigos ou parentes, mas, imbuídas de altruísmo, arregaçaram as mangas e financiaram a construção de quatro casas no distrito de Vieira, em Teresópolis, porque acharam que não podiam ficar alheias à catástrofe. “Não tinha como não ajudar”, diz Letícia.

A generosidade presente no ato das três amigas do Rio de Janeiro também pode ser explicada pela ação da ocitocina, um neurotransmissor muito comum durante a amamentação e que age sobre a capacidade de empatia do indivíduo. “Em experimentos, tem-se visto que os altos níveis de ocitocina durante a lactação deixam tanto a mãe mais cuidadosa com a prole quanto mais agressiva com quem é de fora”, diz Moll. Comportamento que em muito lembra aquele descrito por Wilson para explicar a colaboração entre o próprio grupo, mas não necessariamente com indivíduos de outras comunidades.
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Nos seres humanos, os modos como um grupo se relaciona com o outro estão ainda sujeitos a fortes influências culturais. “No plano das sociedades, temos características de individualismo e coletivismo e, no plano individual, temos indivíduos mais voltados para a autonomia ou mais interdependentes”, diz a pesquisadora Maria Lucia Seidl-de-Moura, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Ela e seu grupo têm buscado compreender o modo como esses elementos são organizados para o desenvolvimento das sociedades. “Não se pode falar que as mais altruístas sejam mais evoluídas, mas é possível perceber que essa característica está mais presente em algumas organizações sociais que em outras”, diz, citando o exemplo do Japão, onde a estrutura social aposta no coletivo e os indivíduos se desenvolvem sob uma cultura de interdependência. Essa capacidade colaborativa se torna evidente em situações como a vivida na ilha após o terremoto de 11 de março de 2011, que exigiu a união do povo para a reconstrução do país. Outros países famosos pela capacidade de se organizar e agir coletivamente em prol da comunidade, quase de forma profissional, para assim alcançarem o bem comum e progredirem, são os Estados Unidos e as sociedades nórdicas, como a Noruega.

Especificamente no exemplo japonês está outro entendimento para o altruísmo, distinto da biologia evolucionista, na qual o conceito é aplicado para explicar a capacidade de um indivíduo abdicar de se reproduzir em prol de outro. Aqui, o altruísmo é apreendido como uma capacidade intrínseca do ser humano de ajudar o próximo, e que pode ser desenvolvida. “Como se fosse uma bagagem dos bebês que pode ser estimulada ao longo da infância e depois”, diz Maria Lúcia. Por isso, muitos defendem a possibilidade de fortalecer esses laços entre as pessoas.
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Um exemplo é o trabalho “Ativando empatias”, iniciado no Canadá e que começa a ser implementado no Brasil pela organização internacional Ashoka. “Mapeamos no Brasil em torno de 15 empreendedores sociais para implementar a ação no País”, diz Mônica de Roure, diretora da Ashoka Brasil. A iniciativa, pensada para em um primeiro momento acontecer em escolas, entende o olhar para o outro como uma espécie de antídoto capaz de barrar um fenômeno cada vez mais comum: a violência perpetrada nos casos de bullying. E também como motor para o desenvolvimento comunitário. “Hoje temos claro que nosso sucesso depende do sucesso do outro. Não adianta, por exemplo, eu trabalhar em uma empresa saudável se ela está em uma comunidade doente. É preciso ter um olhar global para seguirmos adiante”, afirma Rogério Arns, superintendente do Instituto Camargo Corrêa e filho da criadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns.

A nova teoria de evolução colocou a comunidade científica em polvorosa, mas está longe de ser unanimidade. Wilson comprou uma briga ao contestar a validade das tentativas mais bem aceitas pelos cientistas contemporâneos para explicar a presença do altruísmo nas espécies, as teorias de seleção por parentesco e a do gene egoísta (leia quadro) – ambas fundadas na ideia de que o altruísmo, no fim, não passaria de uma estratégia egoísta para se passar adiante os genes do indivíduo. Em entrevista à ISTOÉ, Carl Zimmer diz que falta a Wilson testar a hipótese que apresenta. Nigel Barber, nome de peso na biopsicologia e autor de “Bondade em um Mundo Cruel: as Origens do Altruísmo” (tradução livre), também critica o trabalho. “Insistir na ideia de seleção de grupo é fazer pseudociência.” Para o cientista, ainda prevalece o conceito de seleção por parentesco. Ainda não se sabe se a teoria de Wilson entrará para a história como uma revolução à teoria da seleção natural. Mas ela combina muito mais com o conceito de humanidade.
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