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7.21.2012

Como vamos tratar as doenças mentais?



por Alysson Muotri

Caso não tenham percebido, vivemos uma crise na medicina experimental. Medicamentos desenvolvidos nos últimos 60 anos são prescritos amplamente pelos médicos, mas causam pouco efeito nos pacientes. O mais surpreendente é que, mesmo com essa janela de oportunidade, testemunhamos uma diminuição dramática de interesse da indústria farmacêutica e biotecnológica para o desenvolvimento de novos fármacos.
Enquanto as intervenções psicossociais, incluindo novas tecnologias como o uso de tablets, mostram-se extremamente promissoras, a ausência de um plano estratégico para o desenvolvimento de medicamentos mais eficientes é preocupante. A situação é ainda mais grave porque grande parte da população humana é afetada por doenças mentais, causando sérios problemas financeiros para familiares e para o governo. Tome por exemplo o caso do autismo, que afeta cerca de 1% das crianças norte-americanas: o custo para o governo durante a vida de um único indivíduo autista beira os US$ 3,2 milhões (quase R$ 6,5 milhões). Isso representa um custo anual de US$ 35 bilhões (quase R$ 71 bilhões) para a sociedade americana. Números semelhantes servem para a esquizofrenia e quase o triplo do custo vai para o mal de Alzheimer.
Mas o que pode ser feito então?
A descoberta e desenvolvimento de novos medicamentos é um processo lento, caro e de alto risco. Dados recentes sugerem que para cada nova droga que entra no mercado, foram gastos, em média, mais de US$ 2 bilhões de dólares (cerca de R$ 4 bilhões) durante um período de 15 anos. Além disso, o processo falha em mais de 95% das vezes (referências sobre o cálculo desses números estão abaixo). Dá para entender por que a indústria tem fugido dessa área. O gráfico abaixo dá uma dimensão dos riscos e dos custos com que os pesquisadores arcam:

Os governos podem investir mais em novos medicamentos? Os governos têm o direito de não investir mais em novos medicamentos? Ignorar essa questão é simplesmente riscar a palavra “esperança” do dicionário dos pacientes que não respondem aos medicamentos atuais. Na ausência de suporte do governo, resta a solidariedade humana. Enquanto nos EUA o hábito cultural da doação de dinheiro para pesquisas é presente em todas as esferas sociais, em outros países, como o nosso, a filantropia é ainda incipiente. Apesar de estarmos na era do “crowdfunding”, não temos motivos para esperar que a moda pegue para fins científicos.
Uma ideia interessante para acelerar a entrada de novas drogas no mercado é melhorar o fluxo, desde a descoberta até o uso clínico. Obviamente, não temos como acelerar o teste rigoroso e cauteloso em seres humanos, mas podemos acelerar o processo que leva as drogas a serem testadas. Nos EUA, algumas estratégias estão sendo estudadas. Entre elas, destaco o “reposicionamento de drogas”, ou seja, pegar uma droga que falhou em estágios clínicos para uma doença “x” e testá-la contra uma doença “y”. Remédios que já foram testados em humanos e não serviram para o Alzheimer podem ser úteis para o autismo, por exemplo. Essa realocação de medicamentos permite encurtar em alguns anos todo o processo.
Mas não adianta ter drogas disponíveis para testes se não sabemos exatamente como elas funcionam. Os antidepressivos atuais são um bom exemplo. Usamos antidepressivos há três décadas, mas eles não funcionam para todos pacientes. Melhores tratamentos requerem uma melhor ciência, um melhor conhecimento da biologia por trás dos sintomas. É através da compreensão dos mecanismos celulares e moleculares que são desenvolvidas novas terapias contra o câncer a todo o momento. Claramente, isso não tem sido aplicado para doenças mentais e, portanto, não existem novas terapias para autismo ou depressão. Por quê? Possivelmente porque estamos usando os modelos errados. Testam-se novas drogas contra o câncer em células tumorais retiradas dos próprios pacientes. Se a substância bloqueia o crescimento dessas células em laboratório, possivelmente irá funcionar da mesma forma no organismo. Se der negativo, testa-se outra.

A lógica funcionaria também para doenças mentais. No entanto, não havia como isolar neurônios dos pacientes em laboratório e tudo era feito em modelos animais, em camundongos, que são extremamente caros. Não existem roedores com Alzheimer, esquizofrênicos ou autistas. A indústria farmacêutica sofreu um rombo financeiro enorme por ter apostado alto em modelos animais, muitas inclusive faliram. Não quero negar a contribuição de modelos animais para o entendimento de doenças humanas – esses modelos são e vão continuar sendo elementos críticos para o progresso da ciência. Mas os modelos animais não são consistentes para prever como os compostos vão funcionar em seres humanos. Neurônios humanos são, com certeza, mais complexos. Por isso mesmo, aposto em novos modelos produzidos a partir da reprogramação celular, gerando redes neurais derivadas de pacientes em quantidades suficientes para testes em laboratório. Mesmo com as limitações da reprogramação genética – afinal, não deixa de ser um modelo humano in vitro –, acredito que seja o que mais se aproxima do sistema nervoso do paciente. O sucesso dessa nova forma de encarar a busca de novos fármacos vai depender de centros criados a partir de consórcios colaborativos e multidisciplinares entre cientistas e a comunidade clínica – acelerando os testes em humanos –, além da parceria com empresas privadas ou filantrópicas – cobrindo as inconsistências governamentais.
Essas ideias fazem parte do que entendemos como medicina experimental, portanto ainda é um experimento em progresso. Considerando a taxa de sucesso atual – menos de 5% das drogas desenvolvidas vêm a funcionar em humanos –, acho que essas ideias não são tão caras e valeria o risco. Se não funcionarem, saberemos que esse não é o caminho e economizaremos para investir em outras opções. Na minha visão, essas são alternativas razoáveis e podem destacar mundialmente países emergentes, como o Brasil, como líderes de um novo modelo para o tratamento de doenças mentais

OLIMPÍADAS: 100 atletas para torcer em Londres - Parte 1

 

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Iziane, Mayra Aguiar, Leandro Guilheiro, Anderson Varejão, Marílson dos Santos, Giba, Maurren Maggi, Cesar Cielo, Robert Scheidt, Marta, Oscar, Alison/Emanuel, Diego Hypólito e mais 87 competidores... vão atrair os holofotes nos Jogos de Londres

 

Por Amauri Segalla, Mariana Barboza e Rodrigo Cardoso


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Eles são as estrelas maiores de um evento planetário, protagonizado por 10,5 mil atletas de quase 200 países, que terá uma audiência televisiva global estimada em cinco bilhões de pessoas. Nas páginas a seguir, você encontrará o perfil de 100 grandes atletas olímpicos – brasileiros ou não –, seu histórico de conquistas e as chances de vitória de cada um. Fazem parte da lista gênios como Usain Bolt, o homem mais rápido de todos os tempos, e Michael Phelps, que pode se tornar em Londres o recordista de medalhas olímpicas. Mas não estão presentes apenas os supercampeões. Você conhecerá a saga de um judoca da Palestina, a trajetória de um cavaleiro japonês que, aos 71 anos, é o atleta mais velho dos Jogos, e a irlandesa que divide sua vocação entre os ringues de boxe e os gramados de futebol.

Esta edição especial também preparou uma surpresa: produzimos um ensaio fotográfico exclusivo com os brasileiros que têm mais chances de conquistar medalha. O trabalho é inovador. Pela primeira vez, os atletas foram retratados como praticantes de esportes diferentes daqueles que os consagraram. A ideia foi transmitir o sentido coletivo da Olimpíada: é como se todos fossem um só. Mais do que lutar por uma conquista individual, eles vão às piscinas, aos tatames, às pistas de corrida e aos ginásios defender uma nação. Fotografamos Cesar Cielo, campeão olímpico da natação, como um judoca. Esportista mais vitorioso da história olímpica do Brasil, o velejador Robert Scheidt vestiu roupas de boxe. A saltadora Maurren Maggi se transformou em uma ciclista. Que esse espírito contamine a delegação brasileira e que os atletas voltem de Londres carregados de medalhas.
1
Natação
Cesar Cielo
(Brasil)
Concentração para o ouro

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O homem mais rápido do mundo nas piscinas tem sido discreto nos últimos dias. Ele pouco fala sobre as perspectivas para a Olimpíada, se refere aos adversários com fartos elogios e evita ao máximo a exposição gratuita. Em outras palavras: está concentrado como nunca. Cielo deve disputar quatro provas em Londres, os 50 e 100 m livre, o revezamento 4x100 m livre e o revezamento 4x100 m medley. Nas provas individuais, são grandes suas chances de medalha. Mais do que isso: nos 50 m, será surpresa se não subir ao pódio, mas o que ele espera mesmo é o bicampeonato olímpico. Atual recordista mundial da distância, não tem encontrado adversários capazes de rivalizar com ele nessa prova. Nos 100 m, a história é diferente. Embora detentor do recorde mundial – obtido com os trajes tecnológicos, que melhoram sensivelmente a performance – Cielo está atrás do australiano James Magnussen, que tem dominado com certa facilidade as competições. Mas é bom não duvidar. Em Pequim, ninguém dava nada por ele nessa prova e mesmo assim o bronze veio. Cielo é Cielo. Quando ver: 29 de julho: 8h05 e 16h54 / 31 de julho: 6h e 15h30 / 1º de agosto: 16h17 / 2 de agosto: 6h e 15h30 / 3 de agosto: 8h04 e 16h09 / 4 de agosto: 16h27
2
Vela
Robert Scheidt
(Brasil)
Prestes a ser o maior de todos

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O velejador Robert Scheidt nunca foi embora de uma Olimpíada sem levar medalha para casa. O paulista é dono de dois ouros (Atenas-2004 e Atlanta-1996) e duas pratas (Pequim-2008 e Sydney-2000). Em Londres, fará dupla com Bruno Prada na classe Star e disputa as regatas na condição de principal favorito da categoria. Se conquistar o tricampeonato olímpico, Scheidt coloca um ponto-final na discussão sobre o maior atleta da história do Brasil fora do futebol: ele, claro. Desde os 11 anos, quando foi campeão sul-americano de Optimist, no Chile, o velejador está acostumado a vencer. Hoje, acumula mais de 160 títulos na carreira. Daqueles tempos, guarda uma superstição: sempre carrega um peão de jogo de xadrez que encontrou antes de uma competição em Florianópolis, em 1984. Acostumado a treinar em Ilhabela, no litoral paulista, Scheidt não deve enfrentar problemas com as condições climáticas da raia britânica de Weymouth. O local é conhecido pelos ventos fortes, exatamente do jeito que ele gosta de velejar. Quando ver: 29 de julho: 8h / 30 de julho: 8h / 31 de julho: 8h / 2 de agosto: 8h / 3 de agosto: 8h / 5 de agosto: 9h
3
Atletismo / Salto em distância
Maurren Maggi
(Brasil)
Isso é que é volta por cima

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Maurren Maggi vai a Londres de um jeito bem diferente do que chegou a Pequim, em 2008. Naquela época, a atleta voltava desacreditada de uma suspensão de dois anos por ter sido pega em um exame antidoping (foi flagrada, segundo alegou, pelo uso de uma substância presente em um creme cicatrizante). Na competição chinesa, atingiu a marca de 7,04 m no salto em distância e garantiu a medalha de ouro por 1 centímetro de vantagem sobre a russa Tatiana Lebedeva. Numa incrível reviravolta, saiu de Pequim carregando a bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento dos Jogos, com a promessa de chegar à Inglaterra como o nome mais importante do atletismo do País. Depois disso, Maurren, hoje com 36 anos, tornou-se tricampeã pan-americana e manteve o recorde sul-americano em sua categoria. Na preparação para a Olimpíada de 2012, sofreu uma lesão leve no quadril e desistiu de competir no Troféu Brasil e no Campeonato Ibero Americano. Mas está recuperada para lutar pelo bi. Quando ver: 7 de agosto: 15h05 /  8 de agosto: 16h05
4
Vôlei
Gilberto Godoy Filho (Giba)
(Brasil)
O ato final de um craque

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Giba é o jogador mais carismático – e provavelmente o melhor – da história do vôlei brasileiro. Em sua lista de conquistas pela seleção constam duas medalhas olímpicas (ouro em Atenas-2004 e prata em Pequim-2008), três campeonatos mundiais (2002, 2006 e 2010) e oito ligas mundiais (2001, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2010). Em muitas dessas conquistas, era o capitão e alma do time de Bernardinho. Com um histórico de superações na vida – venceu até uma leucemia –, chega a Londres depois de uma sequência de contusões que quase ameaçaram sua participação na competição. Aos 35 anos, o esforço para voltar a jogar em alto nível tem razão de ser. Londres-2012 marcará a despedida de Giba da seleção após a presença em quatro Olimpíadas (sempre como destaque do time nacional) e 16 anos de dedicação permanente. A aposentadoria oficial do vôlei ainda não tem data, já que o atleta seguirá jogando no Cimed Esporte Clube, de Santa Catarina. Quando ver: 29 de julho: 18h / 31 de julho: 18h / 2 de agosto: 16h / 4 de agosto: 18h / 6 de agosto: 18h / Fase final: 8, 10 e 12 de agosto
5
Atletismo / Maratona
Marílson dos Santos
(Brasil)
Corrida contra os africanos

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Bastam alguns minutos de conversa para simpatizar imediatamente com o maratonista Marílson Gomes dos Santos. Sujeito boa-praça, tímido e humilde nas declarações, ele não parece ser um gigante do esporte brasileiro. Mas nada mais justo do que o colocar nesta lista. Duas vezes vencedor da maratona de Nova York, em 2006 e 2008 (foi o primeiro sul-americano a alcançar o feito), e campeão pan-americano (em 2011), Marílson é o maior corredor de grandes distâncias fora do continente africano. Não é pouca coisa. Em uma modalidade dominada principalmente por quenianos (ele é o único não nascido neste país que está entre líderes do ranking mundial da maratona), o brasileiro tem o desafio de deter os homens que estão quebrando todos os paradigmas nas corridas de longa distância. Mas ele não se dá por vencido: alguns dos africanos escalados para Londres já foram derrotados por ele em outras competições. Quando ver: 12 de agosto: 7h

6
Futebol
Marta Vieira da Silva
(Brasil)
A maior da história?

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Marta é um fenômeno. Nascida em Dois Riachos, pequena cidade de Alagoas, a atacante levou o futebol feminino a um patamar jamais conquistado no Brasil (País que, a propósito, ainda esconde um ranço machista no esporte da bola). Marta foi a primeira (e por enquanto única) mulher a ter sua marca no hall da fama do Maracanã e ser eleita nada menos que cinco vezes consecutivas a melhor jogadora do mundo pela Fifa, algo que nenhum marmanjo de chuteiras jamais conseguiu. Pela seleção, possui a incrível média de mais de um gol marcado por jogo, conquistou duas medalhas de pratas olímpicas e um vice-campeonato mundial. E isso tudo com apenas 26 anos. Reconhecida internacionalmente – ganhou da revista americana Time o apelido de “Pelé de saias” –, joga atualmente no Tyresö FF, da Suécia. Em Londres, terá a chance de, enfim, gravar seu nome na história da Olimpíada. Quando ver: Fase classificatória 25 de julho: 14h45 / 28 de julho: 10h30 / 31 de julho: 15h45 / Fase final 3, 6 e 9 de agosto
7
Judô
Leandro Guilheiro
(Brasil)
Preparação com japoneses

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Pergunte a qualquer técnico de judô no Brasil e ele vai apontar o paulista Leandro Guilheiro como um dos maiores nomes do esporte no País. Dono de duas medalhas de bronze olímpicas (Atenas-2004 e Pequim-2008), Guilheiro pode quebrar uma marca em Londres: ser o primeiro brasileiro a conquistar três medalhas na história dos Jogos. O judoca de 28 anos é favorito ao pódio – para muitos, ao ouro – na categoria até 81 quilos. E com uma vantagem: pela primeira vez, chega a uma competição olímpica sem sofrer com lesões. A equipe brasileira de judô jamais passou por uma preparação tão caprichada. Dois meses antes do início das competições em Londres, Guilheiro foi ao Japão, berço do judô, treinar com a equipe olímpica daquele país. Saiu de lá com a certeza renovada de que pode enfrentar qualquer atleta e está mais pronto do que nunca para chegar ao topo dos tatames. Quando ver: 31 de julho: a partir das 5h30
8
Vôlei de praia
Alison e Emanuel
(Brasil)
A dupla mais temida

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Parceiros no vôlei de praia por acaso, Alison e Emanuel jamais estiveram juntos em uma competição olímpica. Maior vencedor da história do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, Emanuel, de 39 anos, participou de quatro edições dos Jogos com Ricardo e trouxe da experiência uma medalha de ouro (Atenas-2004) e uma de bronze (Pequim-2008). Em 2010, quando iniciava o ciclo de treinamentos para Londres, Emanuel se viu sem o companheiro de longa data, que sofreu uma séria lesão. Foi assim que Alison, 13 anos mais jovem, apareceu na história. A sintonia foi perfeita. Em 2011, os dois passaram a liderar o ranking mundial – e de lá não saíram mais. Todos os prognósticos apontam a dupla brasileira como o time a ser batido. Até os americanos Todd Rogers e Phil Dalhausser, atuais campeões olímpicos, declararam que os brasileiros estão alguns passos (ou cortadas) à frente dos rivais. Quando ver: 28, 29, 30 e 31 de julho: a partir das 5h / 1º de agosto: a partir das 5h / 2 de agosto: a partir das 7h / 3 e 4 de agosto: a partir das 5h / 6 e 7 de agosto: a partir das 14h / 9 de agosto: a partir das 15h
9
Ginástica / Solo
Diego Hypólito
(Brasil)
Sangue nos olhos

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Uma das cenas mais dramáticas dos Jogos de Pequim foi protagonizada pelo ginasta paulista Diego Hypólito. Depois de cair nos exercícios de solo, erro que custou a medalha dada como certa, Hypólito arregalou os olhos, colocou as mãos na boca e mostrou para o mundo o tamanho de seu desespero. Desde o acidente de percurso, ele perdeu espaço na mídia e passou a ser considerado acabado para o esporte. Os resultados que se seguiram, porém, mostraram que os críticos foram severos demais. Ele continuou frequentando a lista dos melhores do mundo em sua categoria, subiu ao pódio em torneios importantes e, passados quatro anos, não encontrou rivais à sua altura no Brasil. Mais maduro e com a consciência limpa de quem não tem nada a perder, Hypólito sabe que Londres pode representar sua oportunidade definitiva. Aos 25 anos, idade considerada alta para o esporte, ele chega a Londres como sério candidato ao pódio. Quando ver: 5 de agosto: 10h
10
Basquete
Anderson Varejão
(Brasil)
O maluco da NBA

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Estrela do Cleveland Cavaliers, da NBA, o capixaba Anderson Varejão é uma unanimidade entre a torcida. Não só pela habilidade com que desarma os adversários e consegue rebotes (foi o quarto maior reboteiro da temporada passada na liga profissional do basquete americano), mas pelo carisma marcante dentro das quadras. É da natureza de Varejão atrair os holofotes. A começar pela cabeleira encaracolada. O sucesso nos Estados Unidos é tanto que os torcedores do Cleveland até criaram o “Varejão Day”, dia em que lotam o ginásio vestindo perucas iguais ao cabelo dele – que é natural, por sinal. O pivô foi revelado no tradicional time do Franca Basquetebol Clube, no interior de São Paulo, em 1998. De lá, foi para a Espanha e para a seleção brasileira, até chegar à NBA. Para Londres, é um dos homens de confiança de Rubén Magnano, técnico argentino que tem reconduzido a seleção brasileira ao lugar que merece. Quando ver: 29 de julho: 7h15 / 31 de julho: 12h45 / 2 de agosto: 12h45 / 4 de agosto: 12h45 / 6 de agosto: 16h / Fase final: 8, 10 e 12 de agosto
11
Tênis de mesa
Hugo Hoyama
(Brasil)
O veterano da bolinha

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Praticamente uma instituição esportiva nacional, Hoyama está com 43 anos e já ganhou 15 medalhas em Jogos Panamericanos desde sua estreia em Indianápolis (1987) – dessas 15, 10 são de ouro, um número impressionante. Londres marcará sua quinta, e talvez última, participação em Olimpíadas. Até agora sua melhor colocação foi um 9º. lugar em Atlanta (1996) e mesmo que agora não tenha lá muitas chances de subir no pódio (tanto de individuais quanto de duplas), Hoyama quer pelo menos melhorar sua posição. Jogando e lutando sempre. Quando ver: (inviduais) 28 de julho: 05h45 e 12h / 29 de julho: 7h / 30 de julho: 6h e 15h / 31 de julho: 16h / 1º de agosto: 6h / 2 de agosto (fase final): 6h // (duplas) 3 de agosto: 15h / 4 de agosto: 6h / 5 de agosto: 6h / 6 de agosto: 10h30 e 15h / 8 de agosto (fase final): 7h
12
Judô
Mayra Aguiar
(Brasil)
Ela treina com homens

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No Brasil, não é fácil a vida de uma judoca que é grande. Lutadora da categoria meio-pesados (para atletas até 78 quilos), a gaúcha Mayra Aguiar tem dificuldade para se exercitar com mulheres de seu tamanho – elas são poucas. Resultado: Mayra treina principalmente com homens do Clube Sogipa, em Porto Alegre. Mas isso está longe de ser uma desvantagem. Acostumada a encarar, nos treinamentos, atletas mais fortes, a brasileira passou a triturar adversárias no circuito mundial. Em 2010, fez história ao se tornar a primeira brasileira finalista de uma edição do Campeonato Mundial. Ficou com a prata, mas saiu com a certeza de que pode encarar qualquer uma. Em 2011, conquistou a medalha de bronze no mesmo torneio, mas ficou evidente que faltavam pequenos detalhes para chegar ao topo. Em 2012, assumiu a liderança mundial de sua categoria. E isso com apenas 20 anos. Quando ver: 2 de agosto: a partir das 5h30
13
Futebol
Oscar Emboaba Júnior
(Brasil)
Chega de encrencas

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O ano de 2012 tem oferecido fortes emoções ao meia Oscar, do Internacional. Envolvido em uma disputa jurídica com seu ex-clube, o São Paulo, ele chegou a ficar dois meses sem jogar e até correu o risco de perder a temporada. Depois de uma dura do técnico da seleção, Mano Menezes, Oscar resolveu suas pendências com a equipe paulista e, como se estivesse com a motivação renovada, jogou como nunca com a camisa do Brasil. Em uma série de amistosos preparatórios para a Olimpíada, não só foi o destaque do time como ofuscou por completo o atacante santista Neymar, até então maior craque do futebol brasileiro. Aos 20 anos, vai para a Olimpíada com a missão de ajudar o País a conquistar um título que jamais conseguiu. Seu histórico em competições oficiais é altamente positivo: em 2011, foi o maestro da seleção campeã mundial sub-20. Quando ver:  Fase classificatória 26 de julho: 15h45 / 29 de julho: 11h / 1º de agosto: 10h30 / Fase final 4, 7, 10 e 11 de agosto
14
Basquete
Nenê
(Brasil)
Um pivô de altos e baixos

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Primeiro jogador brasileiro a ser levado a sério na NBA, o paulista Maybyner Rodney Hilário, o Nenê, tem uma trajetória tão vitoriosa quanto conturbada. Pivô com excelente média de 14 pontos por jogo na liga profissional americana, ele jamais se destacou na seleção brasileira, tendo inclusive pedido dispensa de convocações em diversas oportunidades. Em 2008, afastou-se das quadras para operar um tumor nos testículos, recuperou-se e atingiu logo depois os melhores resultados da carreira. Agora com 29 anos, diz estar focado no sonho de conquistar uma medalha olímpica. Quando ver: 29 de julho: 7h15 / 31 de julho: 12h45 / 2 de agosto: 12h45 / 4 de agosto: 12h45 / 6 de agosto: 16h / Fase final: 8, 10 e 12 de agosto
15
Boxe
Everton Lopes
(Brasil)
Romance nos ringues

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Ex-lavador de carros, Everton Lopes é o atual campeão mundial dos médios-ligeiros (até 64 kg) e promete se manter focado na briga por medalha – mesmo com a namorada por perto. A amada é a porto-riquenha Kiria Tapia, campeã pan-americana de boxe, que vai competir em Londres por seu país. Em sua segunda Olímpiada, o baiano, que começou a lutar aos 16 anos em São Paulo, quase foi para o Santos se dedicar ao futebol. Por um desses acasos do destino, a mãe não permitiu. Agora, além do treinamento pesado, a preparação inclui espalhar frases motivacionais pelos lugares por onde passa. Quando ver: 31 de julho: 10h45 / 4 de agosto: 10h30 / 8 de agosto: 17h30 / 10 de agosto: 10h30 / 11 de agosto: 17h15
16
Atletismo / Maratona
Paula Radcliffe
(Inglaterra)
A última chance de um mito


A economista britânica Paula Radcliffe é uma das maiores atletas da história, detentora das três melhores marcas de todos os tempos da maratona e campeã mundial da distância. Apesar de ser um fenômeno do esporte, Paula enfrenta uma sina: jamais ganhou medalha olímpica. Nos Jogos de Atenas, em 2004, desistiu no meio da prova e as imagens dela sentada no meio-fio, aos prantos, correram o mundo. Em Pequim, decepcionou com o 23º lugar. Aos 38 anos, Paula tem em Londres uma última oportunidade de gravar seu nome na memória olímpica. Quando ver: 5 de agosto: 7h
17
Atletismo / Salto em distância
Mauro Vinícius da Silva
(Brasil)
Virada na carreira

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Primeiro, ele tentou o futebol, mas não deu certo. De tão veloz, migrou para o atletismo e chegou a ser campeão do Troféu Brasil no revezamento 4x100 m. Mas a verdadeira vocação era outra – o salto em distância. O paulista Mauro Vinícius da Silva teve uma participação discreta em Pequim, em 2008 (ficou em 2º lugar) e parecia que ficaria por ali mesmo. Nada disso. Em março, surpreendeu com o título no Campeonato Mundial Indoor na Turquia, o suficiente para a Federação Internacional de Atletismo colocá-lo na lista dos candidatos a medalha em Londres. Quando ver: 3 de agosto: 15h50 / 4 de agosto: 15h55
18
Atletismo / 100 e 200 metros
Jamaica

Esquadrão da velocidade

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Usain Bolt é um mito do esporte, dono das melhores marcas da história nos 100 e 200 m. Yohan Blake é o atual campeão mundial dos 100 m e detém a segunda melhor marca de todos os tempos nos 200 m. Asafa Powell é ex-recordista dos 100 m e faturou o ouro na prova de revezamento em Pequim, em 2008. O que eles têm comum? Todos são jamaicanos e, a não ser que surpresas aconteçam, devem colecionar medalhas nas competições de velocidade em Londres. Não estranhe se, na prova mais rápida do atletismo, os jamaicanos faturarem ouro, prata e bronze. Quando ver: 4 de agosto: 6h e 8h30 / 5 de agosto: 15h45 e 17h50
19
Atletismo / 110 metros com barreiras
Liu Xiang
(China)
O pesadelo acabou


Nos Jogos de Pequim, em 2008, o corredor Liu Xiang comoveu a China ao desistir, por contusão, de disputar uma eliminatória dos 110 m com barreira. Campeão olímpico quatro anos antes e recordista mundial, Xiang era a maior estrela chinesa da competição. Depois, descobriu-se que sua lesão era grave e, para piorar, uma série de cirurgias colocou em xeque a continuidade de sua carreira. Em 2011, voltou, enfim, a apresentar a velha forma. Agora, chega a Londres com a melhor marca do ano, pronto para recuperar o título olímpico. Quando ver: 7 de agosto: 6h10 / 8 de agosto: 15h15 e 17h15
20
Handebol
Ana Paula Rodrigues
(Brasil)
Explosão nas quadras

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Jogadora rápida e de grande explosão, Ana Paula Rodrigues deu os primeiros arremessos no handebol aos 12 anos, ao mesmo tempo em que jogava capoeira e futebol. A maranhense de São Luís, fã de Ayrton Senna, sagrou-se campeã pan-americana nos Jogos de Guadalajara, no México, e esteve na Olimpíada de Pequim-2008, quando o Brasil conquistou a nona colocação. Com a experiência de quem atua na Europa, Ana Paula, de 24 anos, é a líder da equipe brasileira que tenta a inédita medalha nesse esporte. Quando ver: Fase de classificação 28 de julho: 10h30 / 30 de julho: 15h30 / 1° de agosto: 12h15 / 3 de agosto: 12h15 / 5 de agosto: 7h15 / Fase final 7 de agosto: 6h / 9 de agosto: 13h e 16h30 / 11 de agosto: 13h e 16h30
21
Judô
Leandro Cunha
(Brasil)
Dá-lhe, Coxinha!

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Coxinha, como ele é conhecido, detém o título de campeão da simpatia entre os integrantes da seleção brasileira de judô. Atual medalhista de ouro no pan-americano de Guadalajara e vice-campeão mundial em 2010 e 2011, o paulista Leandro Cunha criou o hábito de levar para o seu mestre no judô as coxinhas que sua mãe prepara em casa para vender. Daí o apelido do judoca. Experiente, aos 31 anos tem sua chance derradeira de medalha olímpica. É candidato forte ao pódio. Quando ver: 29 de julho: a partir das 5h30
22
Atletismo / Maratona

Quênia
Favoritos ao ouro, prata e bronze


Em 2011, as 20 melhores marcas da maratona foram obtidas por quenianos. O recorde mundial é do Quênia. Nos Jogos de Pequim, em 2008, o ouro foi para um atleta daquele país. Quais as chances de um esportista de outra nacionalidade vencer os 42.195 m em Londres? Convenhamos: poucas. Para alguns especialistas, nenhuma. Daí a expectativa para a convocação dos três quenianos para a Olimpíada. Wilson Kipsang (vencedor da última Maratona de Londres, em 2012), Abel Kirui (bicampeão mundial) e Emmanuel Mutai (recordista da Maratona de Londres) foram os eleitos. O anúncio trouxe surpresas: a confederação local se deu ao luxo de esnobar o recordista mundial Patrick Makau. Quando ver: 12 de agosto: 7h
23
Badminton
Lin Dan
(China)
Até agora, ele foi imbatível

Ok, badminton (espécie de vôlei jogado com raquetes) não é um esporte popular no Brasil, mas se você gosta de ver craques em ação vale a pena assistir aos jogos do chinês Lin Dan. Tetracampeão mundial e campeão olímpico em Pequim, é o único jogador da história a ter vencido os nove principais torneios de badminton do planeta. Dan detém ainda a impressionante marca de 75 vitórias consecutivas, algo jamais repetido na modalidade. Considerado o maior jogador de todos os tempos, vai tentar ser em Londres, aos 29 anos, o primeiro bicampeão olímpico. Quando ver: 5 de agosto: a partir das 5h
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Esgrima
Valentina Vezzali
(Itália)
Em guarda

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A Itália é celeiro de belas e sedutoras mulheres – no esporte não é diferente. Habituée das listas de musas olímpicas, a esgrimista Valentina Vezzali, de 38 anos, prova que beleza também pode conviver com força. Olhos claros, cabelos tratados e corpo esguio formam o conjunto da atleta, que tem em seu currículo cinco medalhas de ouro. Mais: ela foi a primeira na história a conseguir três medalhas de ouro na esgrima individual (Sidney-2000, Atenas-2004 e Pequim-2008). Casada com um jogador de futebol, é mãe de dois filhos. Quando ver: 1º de agosto: a partir das 9h10
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Vôlei
Destinee Hooker
(EUA)
Ela bota para quebrar


Para ela, cortar uma bola acima do bloqueio é uma ação tão corriqueira quanto uma enterrada  para um pivô de basquete. Destinee Hooker herdou  a impulsão do berço: A ponteira-oposto é filha de um ex-jogador da NBA e praticou salto em distância antes de se firmar no vôlei. Em 2012, Hooker, que nasceu na Alemanha e se naturalizou americana, foi campeã da Superliga pelo Sollys/Osasco. Também foi notícia ao lesionar a mão direita após dar um soco na mesa de casa em discussão por telefone com o namorado. Na quadra ou fora dela, essa craque de 24 anos bate forte. Quando ver: Fase classificatória 28 de julho: 16h / 30 de julho: 12h45 / 1, 3 e 5 de agosto: 16h / Fase final 7, 9 e 11 de agosto

Confira aqui a segunda parte do especial
Confira aqui a terceira parte do especial
Confira aqui a quarta parte do especi

SONO SEM FIM

A síndrome da bela adormecida

A ciência estuda a estranha doença que leva as pessoas a dormir por até 30 dias seguidos. Infecções virais e causas genéticas podem estar por trás dos surtos

Monique Oliveira
 

 a britânica Louise Ball, que é portadora da doença,
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CAMA
Os pais da inglesa Louise precisam
acordá-la para que se alimente
A estudante britânica Louise Ball, 18 anos, pode ficar em um estado profundo de sonolência por até dez dias – quando não dorme seguidamente nesse período. A rotina é acompanhada pelos pais com angústia. Eles só conseguem acordá-la para que coma ou vá ao banheiro. A também inglesa Poppy Shingleton, 25 anos, já passou seu aniversário de 18 anos dormindo e, em outro ano, perdeu o Natal e o Ano-Novo porque estava adormecida. Situação semelhante passa o promotor de vendas paranaense Elizeu Domingues, 22 anos. Ele chegou a dormir por um mês seguido. “Quando acordei, fiquei ainda uma semana tonto. Não lembrava de nada”, conta.

Os três são portadores da Síndrome de Kleine-Levin (SKL), chamada também de síndrome da Bela Adormecida. A doença é rara e conta com mil casos conhecidos no mundo. Seu diagnóstico é difícil e geralmente é dado quando são descartadas outras hipóteses. “Não há um teste específico e o único dado que podemos assegurar é que a condição não é muito comum”, disse à ISTOÉ Tom Rico, coordenador do Centro de Narcolepsia da Universidade de Stanford (EUA) e um dos porta-vozes da Fundação Kleine-Levin, que ajuda portadores da síndrome em todo o mundo.

A doença costuma surgir entre o meio e o fim da adolescência e apresenta três sintomas recorrentes: hiperfagia (compulsão por comida), hipersexualidade e hipersônia (sono excessivo). Os doentes também podem ter crises de agressividade. Esses sintomas nem sempre estão presentes em todos os casos. “Realizamos o diagnóstico porque raramente o paciente apresenta os mesmos sintomas quando não está em crise”, explica a neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono e da Universidade Federal de São Paulo. “Em surto, ele entra em estado psicótico, perde o contato com a realidade.”
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O paranaense Elizeu domingues chegou a dormir por
um mês inteiro. Quando acordou, não se lembrava de nada
Um estudo da Universidade de Brasília relata o caso de um garoto de 16 anos que chegou à unidade psiquiátrica com diagnóstico de esquizofrenia. A hipersônia, no entanto, não estava muito clara. No texto, os médicos descrevem a dificuldade de se chegar a um diagnóstico, já que o paciente também apresentava insônia, provavelmente deflagrada por estresse, amnésia e delírio persecutório. “O atraso para um diagnóstico como esse pode chegar a quatro anos”, escrevem. “A ausência de um episódio de sono profundo durante um longo período dificulta o diagnóstico correto”, explica Rico.

De fato, é mais comum que as pessoas procurem ajuda quando a hipersônia é diagnosticada. “O sono é um dos sinais mais preocupantes identificados pelos familiares porque a pessoa passa a ter pouco contato com os outros”, explica Dalva. É por isso que a doença é registrada e tratada geralmente em instituições especializadas em distúrbios do sono. Em São Paulo, o Instituto do Sono é uma das instituições procuradas. “Já me deparei com oito casos da doença”, explica Dalva.
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Poppy shingleton já passou seu aniversário de 18 anos
dormindo e perdeu natal e ano-novo porque
ficou adormecida mais de uma semana
 
Não há um tratamento específico. Dependendo dos sintomas, antidepressivos e estimulantes podem ser administrados. A literatura médica indica remissão espontânea da doença em oito anos, com ou sem tratamento. “Não tomo remédios para evitar e hoje me sinto mais preparado para os episódios”, diz Domingues.

Também a ciência registrou alguns gatilhos que podem deflagrar as crises. No estudo de Brasília, o garoto manifestou as primeiras alterações de comportamento depois de passar por um abalo emocional – a namorada ficou grávida e perdeu o bebê. Já Louise teve o primeiro surto depois de uma gripe forte. Acredita-se que uma disfunção do hipotálamo, estrutura cerebral que regula funções como o sono, a sexualidade e a temperatura do corpo, esteja por trás dos surtos.

Agora, o que a ciência tenta explicar com estudos mais complexos é por que especificamente essas pessoas desenvolveram a enfermidade. Um estudo da Universidade de Kumamoto, na província de Kumamoto (Japão), publicado recentemente, aponta para causas genéticas. O texto descreve a síndrome em dois irmãos gêmeos monozigóticos (gerados a partir de um único óvulo). Os primeiros sintomas ocorreram na mesma idade e todas as crises foram precedidas de algum episódio viral, como no caso de Louisie. Outras teorias sobre as causas genéticas da doença envolvem populações inteiras. “Há registros de alta prevalência entre a população asquenase (judeus vindos da Europa Central e Oriental)”, diz Tom Rico, de Stanford.
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fotos: Worldwide Features/Barcroft Me; Phil Burner/Caters News/ZUMAPRESS.com

Brasil tenta se livrar de doenças ‘esquecidas’ pela indústria farmacêutica

Marcelo Pellegrini

Negligência

Instituições públicas brasileiras lideram pesquisas para combater as doenças negligenciadas, como a malária. Foto: Flickr/US Army
Enfermidades como a malária, esquistossomose e doença de chagas são conhecidas das populações em áreas pobres do mundo, como América Latina, África e a porção tropical da Ásia. No entanto, essas moléstias apelidadas de “doenças negligenciadas” ainda são responsáveis pela morte de mais de 1 milhão de pessoas por ano.
Este grupo de doenças negligenciadas – composto pela esquistossomose, leishmaniose, malária e doença de chagas e do sono – ganhou o apelido por ser ignorado pelos laboratórios farmacêuticos. Comuns em áreas pobres do mundo, as populações atingidas por essas doenças não possuem recursos para pagar por um tratamento que exigiria anos de pesquisa e um alto investimento dos laboratórios. Por essa razão, entre 1975 e 2004 apenas 1,3% dos medicamentos disponibilizados no mundo eram para as doenças negligenciadas, apesar delas representarem 12% das doenças.
No entanto, o esforço de instituições filantrópicas e de instituições públicas, principalmente do Brasil, está mudando esse cenário. Em junho, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou a produção de uma vacina contra a esquistossomose, doença que atinge 200 milhões de pessoas no Brasil, África e na América Central. A vacina estará disponível em até cinco anos e é fruto da liderança brasileira no combate a este um grupo de doenças. “O Brasil entendeu que se não investisse no tratamento de doenças que atingem essa população negligenciada, o País não teria como se desenvolver com sustentabilidade”, afirma Gustavo Romero, pesquisador da Fiocruz e professor da Universidade de Brasília (UnB).
A liderança brasileira é necessária devido à incidência das doenças negligenciadas no País. Mais de 20% dos casos de doenças de chagas de todo o mundo e cerca de 90% dos casos de leishmanioses da América Latina ocorrem em território brasileiro. Isso explica porque, segundo o professor Gustavo Romero, em dez anos o País se tornou líder em pesquisas sobre doenças negligenciadas.
Atualmente, o investimento brasileiro gira em torno de 75 milhões de reais ao ano, a maior parte proveniente do Ministério da Saúde e do Ministério de Ciência e Tecnologia, através das agências de fomento à pesquisa CNPq e Finep.
Para 2012, 20 milhões de reais já estão reservados para os editais de pesquisa. “O Brasil já é líder em pesquisas nesta área, mas ainda é preciso um volume maior de investimentos para tirar o rótulo de doenças negligenciadas”, diz o professor Romero, que também coordena a Rede Brasileira de Aleternativas Terapêuticas para as Leishmanioses, doença que mata 300 pessoas por ano no País.
Apesar dos investimentos públicos e do anúncio da vacina contra a esquistossomose, as expectativas de cura para as doenças negligenciadas, em geral, são de longo prazo. “Trabalhamos com a expectativa de termos algo concreto em 20 anos. É um período longo, mas pelo menos temos essa expectativa hoje”, diz. “Há 15 anos, ninguém cogitava um controle da doença”, completa Romero.
Atualmente, as instituições brasileiras trabalham em cooperação científica com a Índia e outros países africanos, asiáticos e da América Latina para obter avanços nos tratamentos dessas doenças. “Temos que trocar informações sobre pesquisas e testes de medicamentos para avançar mais rápido neste tema. O setor público colocou essas doenças na pauta, agora, temos que trabalhar para mantê-las em discussão e aumentar os investimentos na área”, conclui Romero.

Droga no mar

Maconha da Lata

 
“Você imagina o sujeito que é usuário de drogas, está na praia, vê uma lata boiando, abre e está cheia de maconha. Isso é como a lâmpada do Aladim. Onde já se viu maconha boiando de graça? Mas isso não é lenda urbana. Aconteceu realmente e foi o verão da lata, entre 1987 e 1988”, lembra o delegado Antonio Rayol sobre o que aconteceu no Rio de Janeiro há quase 25 anos. A história, desacreditada por muitos, é recontada pelo jornalista fluminense Wilson Aquino no livro Verão da Lata, lançado neste mês pela editora Leya.
Foi um tempo em que surfistas iam ao mar procurando um brilho que denunciasse as latas. Outros alugavam barcos e iam longe da costa ou a ilhas costeiras para achá-las. Eles procuravam recipientes fechados a vácuo, recheados com maconha conservada em mel e glicose.
2.563 latas foram apreendidas pela Polícia Federal ao longo do litoral. Foto: Divulgação
O destino das latas não se resumiu ao Rio de Janeiro. As primeiras apareceram no litoral norte de São Paulo em setembro de 1987. Depois, foram encontradas em diversos pontos da costa entre o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul.
Vindas do mar, haviam 22 toneladas de maconha. Eram 15 mil latas de até um quilo e meio cada. Difícil de imaginar que um dia isso aconteceu. “Eu estava numa conversa com pessoas mais jovens e algumas achavam que o verão da lata não tinha existido, que era mais um dos folclores da cidade. Aí surgiu a ideia de fazer o livro”, conta Aquino.

Como a maconha chegou até ali
A maconha que um dia brotaria nas praias cariocas foi embarcada no barco australiano Solana Star em Cingapura, no sudeste asiático. O objetivo da tripulação era chegar ao litoral norte do Rio de Janeiro, distribuir a mercadoria entre outros dois barcos e seguir para Miami, nos Estados Unidos.
Os planos foram frustrados quando o chefe do grupo foi preso em Miami. O governo norte-americano avisou o Brasil da chegada do navio cheio da droga, mas os traficantes souberam de antemão. A solução encontrada para não serem pegos foi jogar todas as latas no mar.
Banhista tenta pegar lata de maconha boiando no mar
Após o descarte da mercadoria, o barco ficou atracado vários dias em plena Baía da Guanabara antes de a polícia descobrir seu paradeiro. Nesse tempo, cinco dos seis tripulantes conseguiram escapar do país. Somente o cozinheiro do barco foi preso.
Sem conseguir prender a tripulação, a polícia fez uma operação para recuperar as latas. Também coibiu a atuação de traficantes de oportunidade. Algumas pessoas achavam latas e depois vendiam seu conteúdo. Encontradas pela polícia, pegavam até seis anos de prisão.
Do outro lado, traficantes anunciavam vender a maconha da lata. A qualidade da erva que vinha do mar ficou famosa. Por isso, os traficantes ofereciam a droga de sempre acondicionada dentro de latas.
Mesmo com as buscas da polícia, as latas continuavam a aparecer. Muitas pessoas que as encontravam jamais haviam visto maconha na vida. Caiçaras encheram o cachimbo com a erva, achando que era tabaco. Outros colocavam fogo na erva para espantar mosquitos e alguns até cozinharam com a maconha. A preocupação parecia restrita à polícia.  Como conta Aquino, a população mais se divertia do que se preocupava com aquela notícia.

MEDICAMENTOS BIOSSIMILARES

Drogas acessíveis



"A aprovação de um remédio biológico exige um controle distinto do aplicado aos genéricos", alerta Morton Scheinberg
Psoríase, artrite reumatoide, espondilite anquilosante e doença de Crohn, entre várias outras com nomes ainda mais complicados, são doenças que afetam milhares de pessoas. O que elas têm em comum é o envolvimento do sistema imune do doente, a presença de intensas reações inflamatórias, e o fato de serem crônicas. Os pacientes sofrem desses males durante toda a sua vida.
Os tratamentos frequentemente consistem em anti-inflamatórios, derivados da cortisona, analgésicos e, em muitos casos, até abordagem cirúrgica. A sociedade arca com gastos cada vez mais elevados, quase insuportáveis, de novos medicamentos que encheram recentemente as prateleiras das farmácias e dos hospitais. Bilhões de reais são gastos anualmente. Mas existem opções mais baratas.
Recentemente, um cientista brasileiro de renome internacional publicou um artigo na prestigiosa revista científica Nature, sessão de reumatologia, alertando para o problema e as possíveis soluções. O doutor Morton Scheinberg, diretor científico e coordenador de pesquisas do Hospital Abreu Sodré-AACD (especializado em doenças do aparelho locomotor), reumatologista do Hospital Albert Einstein, autor deste importante artigo, conversou com Carta Capital.

 O tratamento das doenças reumáticas mudou muito nos últimos anos. Onde estamos atualmente?
 O tratamento de doenças inflamatórias de fundo imunológico sofreu grandes transformações com o aparecimento de medicamentos conhecidos como biológicos.

O que os diferencia da famosa cortisona?
 
Eles também são conhecidos como terapia-alvo por serem específicos no seu mecanismo de ação. São produzidos por engenharia genética, tendo como ação um alvo específico das células doentes.

 Isso é uma tendência em várias doenças.
 
Sim, principalmente no tratamento do câncer e de doenças hematológicas. Também são evidentes hoje condições clínicas nas quais o aparecimento dos biológicos levou a grandes transformações no seu tratamento e nas chances de cura, como cânceres do sistema linfático e da mama.

 Esses tratamentos estão ficando cada vez mais caros.
Sem dúvida. Mas vários desses biológicos estão com suas patentes a ser expiradas nos próximos anos, fazendo com que diversas indústrias farmacêuticas tentem desenvolver cópias ou imitações.

Qualquer indústria pode fazê-lo?
 Não, no caso dos biológicos são moléculas extremamente complexas, com peso molecular em média 500 vezes mais pesada, com detalhes técnicos de produção bem mais minuciosos. Mínimas alterações em sua produção podem levar à perda de eficácia e a efeitos adversos.

 São os genéricos?
 Vamos chamá-los de biossimilares. Neste caso, torna-se necessário que sua introdução no mercado esteja associada à avaliação pré-clínica (experimentos laboratoriais) e testes que demonstrem, em comparação direta com os produtos originais, sua eficácia e segurança.

 Isso garante a eficácia?
 
Em alguns países, como Índia e Colômbia, alguns produtos foram licenciados como biossimilares. Entretanto, sua aprovação foi feita a partir de regras e legislação de produtos de síntese química (genéricos). Não deveriam ser vistos como biossimilares, pois faltam evidências de sua eficácia e segurança. Legislações específicas estão sendo desenvolvidas e aprimoradas no continente americano e europeu para o controle do desenvolvimento e aprovação dos biossimilares.

 E no Brasil?
A Anvisa tem legislação apropriada que se assemelha às que foram desenvolvidas pela Organização Mundial da Saúde.

 Os biossimilares podem ser uma solução para uma conta impagável?
 Sem dúvida. Os biossimilares reduzem custos. Mas os médicos devem ficar atentos para os controles que foram utilizados pelas indústrias no que concerne à eficácia e segurança antes de substituir um produto original pelo biossimilar.

ATENÇÃO PAULISTANO: PROTESTE, DIGA NÃO AO SERRA

  CAMPANHA LANÇADA : Quem conhece não vota em José Serra
 

DIGA NÃO À CANDIDATURA DO SERRA.

 

PAULISTANO FELIZ E ESCLARECIDO NÃO VOTA EM SERRA

Não tem esse papo de partido politico. Qualquer candidato, de qualquer partido politico, com certeza, será melhor que o Serra . Portanto fique alerta.:  diga não ao Serra.    

Creche para cães

A solução para pais ocupados e filhos solitários

Preparar a lancheira, roupas e esperar o transporte escolar faz parte do cotidiano dos donos de cães que utilizam os serviços das creches caninas.

Comum na Europa e nos Estados Unidos as creches para cães conquistam os brasileiros. (foto: jumping lab)
Preparar todas as manhãs uma lancheira, uma bolsa com roupas e esperar o transporte “escolar” chegar já faz parte do cotidiano de donos de cães que trabalham fora e não querem deixar seu melhor amigo sozinho em casa o dia inteiro. Com origem na Europa e nos Estados Unidos, o serviço de creches para cães, também conhecido como Day Care, já faz parte da realidade de milhares de brasileiros.
O Day Care funciona como uma escola infantil: um espaço com horários de entrada e saída definidos, monitores, brinquedoteca, local de descanso com almofadas, recreação, banho, escovação de pêlos e dentes, exercícios, piscina e, até mesmo, transporte que busca e deixa o cão em casa.
No primeiro dia de “aula” o proprietário acompanha o cão até a creche para que seja feita a verificação das vacinas e do controle de pulgas e carrapatos do animal, assim como a avaliação de seu temperamento e comportamento em grupo. A separação de cães de diferentes tamanhos varia de creche para creche, assim como a idade mínima para efetuar a matrícula. Mas todas as raças de cães podem freqüentar o serviço.
Na maioria das creches o horário de permanência do cão é integral e, para adequar ao horário de trabalho dos donos, existem dois horários de entrada e saída. Caso o proprietário não apareça até o fim do expediente, cobra-se o serviço de hospedagem ou uma diária proporcional, dependendo da creche.
A mensalidade varia de acordo com a quantidade de dias da semana contratados, mas custa, em média, R$ 580,00 para uma freqüência de segunda a sexta-feira e R$ 50,00 para diárias avulsas (exceto feriados e finais de semana). Além disso, o serviço de transporte costuma ser cobrado à parte e o preço varia de acordo com a cidade onde fica a creche.
Além da companhia permanente e das atividades físicas diárias, outra vantagem das creches é ensinar o seu animal a conviver diariamente, de maneira satisfatória, com outros cães, diminuindo assim a agressividade, timidez, medo, tédio e mau comportamento, característicos de cães que crescem isolados.
Para tranqüilizar os proprietários, muitas creches já oferecem uma novidade: o serviço de webcam ao vivo. Os cães podem ser acompanhados por seus “pais”, em tempo real, pelo computador, garantindo que o animal está sendo bem cuidado em um ambiente seguro e agradável.

Contudo, antes de matricular seu cão numa creche é necessário que você observe alguns fatores, como:
  • Segurança, controle epidemiológico e higiênico do local;
  • Profissionais experientes, treinados e que realmente gostem de cães;
  • Assistência veterinária;
  • Permanência integral dos animais soltos, mas com supervisão;
  • Áreas livres e espaçosas com brinquedos e estruturas em boas condições para recreação e descanso dos animais.

MESTRADO E DOUTORADO NA FIOCRUZ-ENSP


O curso de mestrado em Saúde Pública, da área de Saúde Coletiva, é credenciado pelo Conselho Federal de Educação. É destinado à preparação de profissionais de alto nível para a docência, pesquisa e gestão. Os cursos são orientados por linhas de pesquisa e áreas temáticas, numa perspectiva interdisciplinar e multiprofissional.
Subáreas de concentração e vagas disponíveis: Abordagem Ecológica de Doenças Transmissíveis (6 vagas); Planejamento e Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde (14 vagas); Saneamento Ambiental (9 vagas); Saúde e Sociedade (5 vagas); Saúde, Trabalho e Ambiente (7 vagas); Violência e Saúde (5 vagas).
Obs.: As sub - áreas ‘Políticas Públicas e Saúde’ e ‘Processo Saúde-Doença, Território e Justiça Social’ não abrirão vagas em 2012.
Os textos das referências bibliográficas para o mestrado em Saúde Pública da ENSP estão disponíveis para download aqui.
Coordenação:
Dra. Claudia Garcia Serpa Osorio de Castro (claudia.osorio@ensp.fiocruz.br
)
Dra. Mônica Siqueira Malta (malta@ensp.fiocruz.br)

O curso de doutorado em Saúde Pública, da área de Saúde Coletiva, credenciado pelo Conselho Federal de Educação, visa à formação de profissionais para atuar nas seguintes áreas de docência e pesquisa: Assistência Farmacêutica; Avaliação de Políticas, Sistemas e Programas de Saúde; Avaliação de Serviços e Tecnologias de Saúde; Avaliação do Impacto sobre a Saúde dos Ecossistemas; Construção do Conhecimento Epidemiológico Aplicado às Práticas de Saúde; Desenvolvimento, Estado e Saúde; Desigualdades Sociais, Modelos de Desenvolvimento e Saúde; Determinação e Controle de Endemias; Economia em Saúde; Epidemiologia de Doenças Transmissíveis; Ética Aplicada e Bioética; Formulação e Implementação de Políticas Públicas e Saúde; Gênero e Saúde; Gestão Ambiental e Saúde; Habitação e Saúde; Informação e Saúde; Instituições, Participação e Controle Social; Paleopatologia, Paleoparasitologia e Paleoepidemiologia; Pesquisa Clínica; Planejamento e Gestão em Saúde; Políticas e Sistemas de Saúde em Perspectiva Comparada; Profissão e Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde; Promoção da Saúde; Saneamento e Saúde Ambiental; Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente; Saúde e Trabalho; Saúde Global e Diplomacia da Saúde; Saúde Indígena; Saúde Mental; Toxicologia e Saúde; Vigilância Sanitária; Violência e Saúde.
Ao todo, a Escola conta com 40 doutores com vagas para novos alunos.
Coordenação:
Dra. Claudia Garcia Serpa Osorio de Castro (claudia.osorio@ensp.fiocruz.br)
Dra. Mônica Siqueira Malta (malta@ensp.fiocruz.br)

O Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, credenciado pelo Conselho Federal de Educação, tem como objetivo a capacitação de docentes, pesquisadores e gestores em saúde e ambiente, numa perspectiva interdisciplinar, multiprofissional e interinstitucional, para a análise e proposição de soluções sobre os efeitos decorrentes das exposições ambientais na saúde humana. Está voltado para profissionais e pesquisadores das áreas de saúde e do meio ambiente, com formação, no nível de graduação, em diferentes campos do conhecimento e interessados na análise de problemas de saúde e ambiente.
Subáreas de concentração e vagas disponíveis: Epidemiologia Ambiental (6 vagas); Gestão de Problemas Ambientais e Promoção de Saúde (5 vagas); e Toxicologia Ambiental (4 vagas).
Coordenação:
Dr. Sergio Koifman (koifman@ensp.fiocruz.br
)
Dra. Gina Torres Rego Monteiro (gtorres@ensp.fiocruz.br)

O Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente, credenciado pelo Conselho Federal de Educação, tem como objetivo a capacitação de docentes, pesquisadores e gestores em saúde e ambiente, numa perspectiva interdisciplinar, multiprofissional e interinstitucional, para a análise e proposição de soluções sobre os efeitos decorrentes das exposições ambientais na saúde humana. Está voltado para profissionais e pesquisadores das áreas de saúde e do meio ambiente, com formação, no nível de graduação, em diferentes campos do conhecimento e interessados na análise de problemas de saúde e ambiente.
As linhas de pesquisa para este doutorado são: Avaliação do Impacto sobre a Saúde dos Ecossistemas; Desigualdades Sociais, Modelos de Desenvolvimento e Saúde; Epidemiologia de Doenças Crônicas; Exposição a Agentes Químicos, Físicos e Biológicos e Efeitos Associados na Saúde Humana e Animal; Exposições Ambientais e Avaliação dos Efeitos no Ciclo de Vida; Gestão Ambiental e Saúde; Patologia Clínica, Ambiental e do Trabalho; Saneamento e Saúde Ambiental; Toxicologia e Saúde.
Ao todo, a Escola conta com 11 doutores com vagas para novos alunos.
Coordenação:
Dr. Sergio Koifman (koifman@ensp.fiocruz.br
)
Dra. Gina Torres Rego Monteiro (gtorres@ensp.fiocruz.br)

O mestrado em Ciências na área de Epidemiologia em Saúde Pública, credenciado pelo Conselho Federal de Educação, tem como objetivo a formação de docentes, pesquisadores e gestores numa perspectiva interdisciplinar e multiprofissional. É desenhado para capacitar profissionais para análise, planejamento, desenvolvimento, implementação e avaliação de políticas públicas e tecnologias, considerando os contextos epidemiológico, social e ambiental, nos cenários nacional e internacional.
Subáreas de concentração e vagas disponíveis: Epidemiologia Geral (7 vagas); Epidemiologia, Etnicidade e Saúde (8 vagas); Filosofia e Ciências Sociais Aplicadas à Epidemiologia (3 vagas); Epidemiologia das Doenças Transmissíveis (4 vagas); Métodos Quantitativos em Epidemiologia (6 vagas).
Coordenação:
Dr. Reinaldo Souza dos Santos (rssantos@ensp.fiocruz.br
)
Dra. Ana Glória Godoi Vasconcelos (anaggodoi@fiocruz.br)

O doutorado em Epidemiologia, credenciado pelo Conselho Federal de Educação, visa à formação de profissionais para atuar nas áreas de docência e pesquisa. As linhas de pesquisa são: A construção do conhecimento epidemiológico e sua aplicação às práticas de saúde; Avaliação de políticas, sistemas e programas de saúde; Avaliação de serviços e tecnologias em saúde; Epidemiologia de doenças crônicas; Epidemiologia de doenças transmissíveis; Desigualdades sociais, modelos de desenvolvimento e saúde; Determinação e controle de endemias; Informação e saúde; Modelagem estatística, matemática e computacional aplicadas à saúde; Paleopatologia, Paleoparasitologia e Paleoepidemiologia; Saúde da mulher, da criança e do adolescente; Saúde indígena; Saúde mental.
Ao todo, a Escola conta com 13 doutores com vagas para novos alunos.
Coordenação:

Dr. Reinaldo Souza dos Santos (rssantos@ensp.fiocruz.br
)
Dra. Ana Glória Godoi Vasconcelos (anaggodoi@fiocruz.br)
Os Editais dos três programas, que podem ser conferidos nos endereços abaixo:

Barriguinha de fora volta à moda

POR Marcia Disizer
Rio -  A barriga de fora, quem diria, voltou a ser tendência. No sobe e desce da moda, ela regressa com pose de campeã da próxima estação. Mas, cuidado. Esqueça aquele visual das funqueiras, no qual o jeans fica lá embaixo e o top se resume a um mero sutiã. A barriga de fora de agora vem no espírito dos anos 60 e 70. Isso quer dizer que a cintura está no lugar e como companhia para calças, shorts e saias que beijam o umbigo, os bustiês são a maior aposta. “Essa é a fórmula para quem deseja seguir o que é moda em 2012”, avisa a consultora de moda Silvia de Souza. Lá fora, a grife Dolce & Gabbana apostou nesta silhueta. No Rio e em São Paulo, marcas como Maria Bonita Extra e Colcci seguiram a onda.
Tendência está de volta | Foto: Prema Surya
Tendência está de volta | Foto: Prema Surya
“Nossa inspiração foi a musa Brigitte Bardot nos 60”, conta Luiza Bomeny, diretora de produto do Grupo Maria Bonita. “E criamos os ‘bralets’, sutiãs com alças largas, para serem usados com calças sequinhas, que cobrem o umbigo. Fora da passarela, sugiro que se acrescente uma camisa transparente meio aberta ou até mesmo um blazer”, aconselha ela.
Segundo Silvinha, também é necessário ter uma boa dose de autocrítica antes de sair por aí, com a barriguinha, ou pelo menos parte dela, à mostra. “Não dá para ter pneuzinho e é necessário estar com o abdômen sarado. Não acho que tenha um limite de idade, mas deve prevalecer o bom senso”, opina.
Tendência está de volta | Foto: Prema Surya
Tendência está de volta | Foto: Prema Surya
No centro, calça Mary Zaide (R$ 475), bustiê Trieb (R$ 99), sandália Espaço Vintage (R$ 120), carteira Seanite (R$ 98), braceletes e anel Yellow Dress (a partir de R$ 39), brinco Zellig (R$ 55), chapéu Diversa (R$ 149); à esq., bustiê e paletó Karamello (R$ 89 e R$ 189), saia Maria Klein (R$ 202), bolsa Jorge Bischoff (preço sob consulta) e colar Diversa (R$ 75)

OUTRA OPINIÃO SOBRE BARRIGUINHA DE FORA:

Eba eba! Mais uma seção novinha para vocês!

Porque uma coisa é fato, e todo mundo sabe (ou pelo menos deveria saber!): Tem coisa que dá, e tem coisa… que não dá!

Para abrir com chave-de-ouro, vamos falar de uma coisa que sempre me deixa horrorizada nas ruas: Barriga de fora!

Vamos começar com uma dica de moda simples, e para toda vida: Barriga de fora não pode nunca, independente de ser magrinha ou gordinha, não pode! Ponto final.

barriga1 Barriga de fora

Só tenha coragem de colocar uma blusa curtinha com a barriguinha a mostra se estiver na praia ou no clube. E mesmo assim, esteja com a barriga em dia para fazer isso.

Ninguém é obrigada a cruzar com as figuras que usam aquelas calças justérrimaaaaas, ultra baixas, combinadas com t-shirts mais curtinhas, que deixam amostra aquela “bainha” pendurada.

Fala sérioooooooooooo!!!!!!!

E atenção magrinhas, essa reclamação não é só com quem está acima do peso não, se a calça for um pouco menor do que deveria, sua barriga também forma uma dobrinha nada bonita de ser mostrada.

Clique no link abaixo para ler o restante do post!

barriga4 Barriga de fora

Na dúvida, sejamos práticas, barriga de fora: NUNCA!

Ai, vocês podem dizer: Mas não está na moda mostrar a barriguinha?!

Sim, está. Mas a moda sempre pede bom senso, e o que está na moda não são roupas com cintura baixa e barriguinha a mostra, e sim, a cintura alta, combinada com uma blusinha, e apenas um filetinho da barriga (sarada, ok?!) aparece.

barriga2 Barriga de fora

Ai, ai… espero que esse post funcione e que pelo menos, desse mal, barriga de fora, eu não tenha mais que sofrer (por ver!).

E vocês meninas, me contem qual o tipo de erro que vocês encontram por ai, e que é irresistíveeeeel o comentário!

Sim, eu sei… são muitos… mas, me digam alguns, ok?! Rs….
Postado por Catarina Novaes