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1.06.2013

As cinco conversas mais difíceis para o profissional de RH

Falar sobre higiene — ou a falta dela —, demissões, morte e investigação na empresa são assuntos complicados

RIO - Ninguém, em sã consciência, gosta de transmitir uma notícia ruim. No mundo corporativo, essa tarefa acaba, muitas vezes, caindo no colo dos profissionais de RH. Administrar conversas difíceis com funcionários está no topo da lista das tarefas que ninguém quer cumprir, diz Jessica Millher-Merrell, consultora de tecnologia e mídia social para equipes de recrutamento, RH e liderança sênior, que escreve para o Blogging4Jobs.com.
“As crianças não hesitam em dizer o óbvio quando algo não parece estar certo, não cheira bem. Às vezes, queria que o mundo do RH fosse tão fácil como o é o dos pequeninos”, diz Jessica.
Infelizmente, ter conversas difíceis faz parte do trabalho do gestor de RH. E lidar com o inesperado é especialmente difícil. Avaliar as melhores práticas de enfrentar essas situações pode ajudar o gerente de RH a superar esses desafios e se tornar um forte líder.
Em artigo para o site americano CareerBuilder.com, a especialista listou as cinco conversas mais difíceis que os profissionais de RH são obrigados a ter com os empregados de uma empresa:
Falta de cuidados com a higiene — Falar sobre higiene — pior, sobre a falta dela — é muito complicado, independentemente do ambiente. Embora muitos achem anti-higiênico o fato de o homem ter bigode ou barba, principalmente quando estão mal aparados ou são muito cerrados, não chega a representar um problema na maioria das empresas. Mas... e quando o caso se refere a uma mulher? Neste caso, lidar com a questão de pelo facial é algo bastante delicado, podendo ser comparado aos problemas de mau hálito. Tratar de questões de higiene é classificada como uma das conversas mais difíceis para se ter, e ainda há aspectos legais a considerar. Às vezes, um problema de saúde pode ser o culpado e, como profissional de RH, é seu dever conversar com o empregado e, se for o caso, buscar ajuda para um tratamento. Ao lidar com uma situação deste tipo, lembre-se de ser sincero, sensível, solidário, atencioso e compreensivo.
Rescisão de contrato — Você nunca vai esquecer a primeira vez. Isto é especialmente verdadeiro quando se trata de rescisão de contrato. Independentemente de ser do RH ou de outro setor, chega um momento da carreira de quase todo o gestor que ele terá de enfrentar cortes. Na maioria das vezes, a rescisão do contrato não deve ser uma surpresa para o funcionário. Feedback constante e uma clara compreensão das consequências pode fornecer pistas sobre como anda sua performance e o seu futuro na empresa. De acordo com a Forbes.com, os gestores devem comunicar ao RH antes de iniciar o processo de rescisão. Como profissional de RH, é seu trabalho garantir que as coisas estejam no trilho e orientar todo o processo. Durante a reunião com o funcionário, é importante ter empatia com a sua situação e ser profissional.
Anúncio de cortes na empresa — Este tipo de anúncio pode colocar a equipe de Relações Públicas na jogada, dependendo da reação dos funcionários e da mídia. É um dos assuntos mais delicados a serem enfrentados. A realidade é que, mesmo que o assunto esteja sendo discutido numa sala à prova de som, a informação pode vazar de uma forma ou de outra. Seja direto, honesto e não tente adoçar o problema ao comunicar oficialmente aos funcionários. Não precisa dar nomes aos bois, dizer quem é responsável pela ordem de dispensa. Como representante da empresa, é o seu trabalho aceitar o papel de mensageiro. A notícia não deve ser dada por telefone, e e-mail é o último recurso de comunicação a ser usado. Acompanhe todas as conversas com um memorando formal, ata de reunião ou carta para assegurar que a comunicação foi clara e bem entendida.
Morte — Lidar com notícias de morte no ambiente de trabalho é uma das partes mais difíceis do trabalho de um gestor ou do pessoal de RH. Se a morte é de um empregado, pode caber ao gerente de RH a tarefa de comunicador o fato aos demais funcionários. E, normalmente, cabe a algum funcionário deste departamento chamar um funcionário para comunicar a morte de um familiar. Às vezes, é necessário o apoio de um profissional qualificado, como um psicólogo, para ajudar a comunicar o ocorrido ou até mesmo para que empregados do departamento de RH saibam como lidar com tais situações.
Investigações na empresa — Como se o trabalho de um profissional de RH não fosse difícil o suficiente, a empresa decide investigar o comportamento de um funcionário. Dependendo da natureza da queixa, talvez seja necessário recorrer à equipe de advogados ou do pessoal de relações públicas da empresa. Lidar com investigações, seja por suspeita de fraude, desfalque ou denúncias de relações impróprias, é importante documentar todas as conversas e conselhos legais para sua proteção e de sua empresa. Uma simples conversa sobre o que está acontecendo na empresa pode prejudicar todo o seu trabalho e virar seu mundo de cabeça para baixo. Todo cuidado é pouco.
O Globo, com informações do CareerBuilder.com

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