Proibida pela Anvisa em 2009, tecnologia volta à cena e gera curiosidade nos consumidores
Viviane Nogueira
RIO - Leonardo di Caprio fuma. Os atores Robert Pattinson e Dennis
Quaid também. No Brasil, mesmo com a comercialização proibida pela
Anvisa desde 2009, os cigarros eletrônicos voltaram a aparecer. Por aqui
usar pode, vender não. Mas na internet a oferta do produto é alta,
variada e facilitada. E, sendo assim, o número de usuários vai
aumentando, por razões que vão de curiosidade à tentativa de largar o
cigarro, mesmo que os médicos especialistas em dependência de tabaco
rejeitem esta possibilidade. Somente nos EUA, existem hoje 400 marcas
diferentes de cigarros eletrônicos.
INFOGRÁFICO: Como funciona o cigarro eletrônico
— Experimentei para tentar parar de fumar, o gosto é bom e dá um certo prazer. Mas tem que fazer muita força para inalar, a bateria descarrega rápido, achei complicado e voltei para o cigarro — conta a vendedora Núbia Heckert, fumante há mais de 20 anos que já tentou usar o adesivo de nicotina mas teve taquicardia.
Às vezes, quando fica sem cigarro, ela volta a usar o dispositivo chinês, comprado na internet há seis meses.
A proibição da Anvisa, baseada na legislação sanitária que exige comprovação de segurança e eficácia do produto (seja na redução de dano, seja no tratamento do tabagismo), não serve para coibir a venda.
— Temos outras situações como esta, como a venda de complementos alimentares na internet em que atuamos em conjunto com a Polícia Federal, mas não há muito o que possamos fazer — afirma o diretor de monitoramento e controle sanitário da agência, Agenor Álvares.
Do ponto de vista médico não há recomendação. Segundo a pneumologista e psiquiatra Alessandra A. da Costa, do setor de drogas lícitas do departamento de psiquiatria da Uerj, os poucos estudos que existem sobre o tema apontam irritação na mucosa pulmonar causada pelo cigarro eletrônico. A FDA, agência americana que regulamenta alimentos e medicamentos, encontrou nos cartuchos, além da nicotina, as substâncias nitrosamina e dietileno glicol, cancerígenas e causadoras de dependência química.
— A primeira coisa que o médico que trata de dependentes de cigarro faz é quebrar o tripé de dependência: química, psicológica e o hábito — explica. — O e-cigarro não colabora com isso porque induz ao mesmo gestual comportamental. Além disso tem nicotina, mesmo que se reduza o nível, os cartuchos não são padronizados — diz a médica.
Para o cardiologista Marcelo Montera, coordenador do Centro de Insuficiência Cardíaca do hospital Procardíaco, só a proibição da Anvisa e a contraindicação do uso terapêutico recomendado pela FDA e Organização Mundial de Saúde sobre o produto seriam suficientes para encerrar a questão.
— Você tomaria uma coca-cola que não fosse testada? Pois é isso que as pessoas fazem com o cigarro eletrônico. Há indicadores de que o produto estimula o vício e não há literatura científica sobre a diminuição de casos de câncer ou dependência — adverte. Outro problema, segundo ele, é a falta de comprovação de segurança.
— Não é porque não tem alcatrão e outros elementos que o cigarro eletrônico é mais seguro; se o cigarro normal tem 60 elementos comprovadamente cancerígenos, este tem cinco potencialmente cancerígenos. As pessoas se enganam achando que podem consumir porque são as mesmas substâncias presentes em alimentos. Uma coisa é comer, a outra é inalar — diz.
Ao contrário da maioria dos casos o produtor Júlio Cunha conseguiu reduzir o nível de nicotina usando o cigarro eletrônico, há um ano começou com a carga de 18mg por ml e hoje está na de 12mg por ml.
— O meu é americano, garantido pela FDA e para mim é um invento fabuloso. Meu cardiologista achou ótimo quando me viu trocar dois maços por esse cartucho. A vantagem é que o cigarro eletrônico você pode dar um trago e colocar no bolso, o outro você acende e tem que fumar até o final — diz ele, que comemora a troca do que chama de cigarro analógico, e conta que pretende reduzir a carga para 6mg por ml em três meses.
INFOGRÁFICO: Como funciona o cigarro eletrônico
— Experimentei para tentar parar de fumar, o gosto é bom e dá um certo prazer. Mas tem que fazer muita força para inalar, a bateria descarrega rápido, achei complicado e voltei para o cigarro — conta a vendedora Núbia Heckert, fumante há mais de 20 anos que já tentou usar o adesivo de nicotina mas teve taquicardia.
Às vezes, quando fica sem cigarro, ela volta a usar o dispositivo chinês, comprado na internet há seis meses.
A proibição da Anvisa, baseada na legislação sanitária que exige comprovação de segurança e eficácia do produto (seja na redução de dano, seja no tratamento do tabagismo), não serve para coibir a venda.
— Temos outras situações como esta, como a venda de complementos alimentares na internet em que atuamos em conjunto com a Polícia Federal, mas não há muito o que possamos fazer — afirma o diretor de monitoramento e controle sanitário da agência, Agenor Álvares.
Do ponto de vista médico não há recomendação. Segundo a pneumologista e psiquiatra Alessandra A. da Costa, do setor de drogas lícitas do departamento de psiquiatria da Uerj, os poucos estudos que existem sobre o tema apontam irritação na mucosa pulmonar causada pelo cigarro eletrônico. A FDA, agência americana que regulamenta alimentos e medicamentos, encontrou nos cartuchos, além da nicotina, as substâncias nitrosamina e dietileno glicol, cancerígenas e causadoras de dependência química.
— A primeira coisa que o médico que trata de dependentes de cigarro faz é quebrar o tripé de dependência: química, psicológica e o hábito — explica. — O e-cigarro não colabora com isso porque induz ao mesmo gestual comportamental. Além disso tem nicotina, mesmo que se reduza o nível, os cartuchos não são padronizados — diz a médica.
Para o cardiologista Marcelo Montera, coordenador do Centro de Insuficiência Cardíaca do hospital Procardíaco, só a proibição da Anvisa e a contraindicação do uso terapêutico recomendado pela FDA e Organização Mundial de Saúde sobre o produto seriam suficientes para encerrar a questão.
— Você tomaria uma coca-cola que não fosse testada? Pois é isso que as pessoas fazem com o cigarro eletrônico. Há indicadores de que o produto estimula o vício e não há literatura científica sobre a diminuição de casos de câncer ou dependência — adverte. Outro problema, segundo ele, é a falta de comprovação de segurança.
— Não é porque não tem alcatrão e outros elementos que o cigarro eletrônico é mais seguro; se o cigarro normal tem 60 elementos comprovadamente cancerígenos, este tem cinco potencialmente cancerígenos. As pessoas se enganam achando que podem consumir porque são as mesmas substâncias presentes em alimentos. Uma coisa é comer, a outra é inalar — diz.
Ao contrário da maioria dos casos o produtor Júlio Cunha conseguiu reduzir o nível de nicotina usando o cigarro eletrônico, há um ano começou com a carga de 18mg por ml e hoje está na de 12mg por ml.
— O meu é americano, garantido pela FDA e para mim é um invento fabuloso. Meu cardiologista achou ótimo quando me viu trocar dois maços por esse cartucho. A vantagem é que o cigarro eletrônico você pode dar um trago e colocar no bolso, o outro você acende e tem que fumar até o final — diz ele, que comemora a troca do que chama de cigarro analógico, e conta que pretende reduzir a carga para 6mg por ml em três meses.
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