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1.30.2013

Estudo indica que anticoncepcionais de última geração( Diane 35) teriam causado tromboses

Rio -  A Agência Europeia de Medicamentos colocou sob suspeita as pílulas anticoncepcionais de última geração. Segundo a entidade, estudos indicam que o uso continuado delas aumentaria os riscos de tromboses. No Brasil, elas são vendidas com os nomes de Yáz e Yasmin.
A análise dos medicamentos foi iniciado após denúncias de mulheres que sofreram acidentes vasculares. A principal suspeita é que os problemas tenham sido causados pelas pílulas.

Foto: João Laet / Agência O Dia
Foto: João Laet / Agência O Dia
Mais modernas e mais caras, as pílulas de terceira e quarta geração costumam ser procuradas porque, além de evitar a gravidez, diminuem efeitos da menstruação, como cólicas e edemas.
Esse motivo levou a estudante de medicina Milena de Souza a optar pela Yáz. “Pesquisei na internet uma pílula que diminuísse a TPM, e ela foi a mais indicada”.
Além da Yáz e Yasmin, a revisão inclui outras marcas conhecidas, como a Elani. O medicamento Diane, desenvolvido para tratamento de acne, mas que é usado como anticoncepcional, também foi incluída na lista da agência europeia. Há suspeita que ele tenha provocado quatro mortes por trombose venosa na França nos últimos 25 anos.
Luis Fernando Moraes, membro da Câmara Técnica de Ginecologia e Obstetrícia do Conselho Regional de Medicina (Cremerj) explica que, por estarem à venda há pouco tempo, é preciso estudo mais amplo sobre seus efeitos. “É importante que a mulher consulte o ginecologista antes de usar, mas o Cremerj não se coloca contra a venda desse tipo de medicação”.
Já o médico Renato Sá, da diretoria da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro, alerta: “Os riscos dessas doenças aumentam quando se associa o uso da pílula ao cigarro e há sobrepeso, por exemplo”.
 
França suspende comercialização de Diane 35 
Diane 35, usado principalmente como contraceptivo, causou quatro mortes na França
Foto: PHILIPPE HUGUEN / AFP Pílula está relacionada às mortes de quatro mulheres por trombos; Brasil ainda avalia que medidas irá tomar Agência de Medicamentos Europeia vai revisar segurança de anticoncepcionais

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