Google está livre de investigação antitruste nos EUA

Companhia se compromete a alterar práticas para evitar problemas com Justiça

A Comissão Federal de Comércio americana (FTC) concluiu nesta quinta-feira que o Google não violou leis antitruste ou de competição dos Estados Unidos. A companhia passou a ser investigada em 2011, após denúncias de rivais – como a Microsoft – por utilizar seu serviço de buscas para favorecer os próprios produtos em pesquisas realizadas por usuários. De acordo com a FTC, as denúncias foram parcialmente confirmadas, mas todos os casos detectados foram acompanhados de uma justificativa satisfatória.
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Para evitar novas acusações, o Google afirmou que vai alterar algumas práticas de negócios relativas aos seus serviços de busca e publicidade na internet. Em sua defesa, a companhia apontou que os resultados apresentados aos usuários são listados por sua relevância e que os anúncios pagos são exibidos em um espaço diferenciado, no topo da página de resultados.
Uma das exigências do FTC, que será cumprida pelo Google, é a de que os clientes de produtos como Adsense (serviço de publicidade do Google) tenham mais controles sobre as campanhas criadas no serviço. Nos próximos meses, os anunciantes terão acesso a recursos que permitem a exportação de dados para que eles possam analisar com cautela o desempenho de suas peças publicitárias de forma independente.
“As mudanças que o Google se propôs a fazer vão garantir que os consumidores continuem a colher os benefícios da competição no móvel e on-line”, afirmou Jon Leibowitz diretor do FTC. “Nossa investigação foi cuidadosa, e o resultado é fruto de uma série de importantes acordos entre as partes.”

Além da questão das buscas, durante a investigação, a FTC concluiu que o Google fez mal uso de diversas patentes relativas à tecnologia para telefones celular, tablets e jogos eletrônicos. Ao ser cobrada, a empresa concordou em liberar essas patentes – que não tiveram seus números divulgados – para a competição.