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1.17.2013

Novo exame diagnostica início de câncer de esôfago

Cápsula do tamanho de um comprimido pode ser engolida e em seis minutos fornece imagem da células em 3D

Exame substitui a endoscopia tradicional



Nova câmera mostra subestruturas que não são vistas pela endoscopia tradicional
Foto: Reprodução

Nova câmera mostra subestruturas que não são vistas pela endoscopia tradicional Reprodução
NOVA YORK - Uma nova câmera do tamanho de um comprimido, desenvolvida por pesquisadores americanos e com resultados publicados na edição on-line da “Nature Medicine”, pode ajudar a detectar os primeiros sinais de câncer no esôfago.
O dispositivo contém um laser de rotação rápida e, uma vez engolido, emite um feixe de luz infravermelha na parede do esôfago. Os sensores gravam estes reflexos e produzem imagens microscópicas que podem revelar mudanças celulares associadas ao esôfago de Barret (ou síndrome de Barret), uma condição pré-cancerosa relacionada à azia e ao refluxo. Depois do exame, uma corda permite que o dispositivo seja puxado de volta do esôfago e transmita imagens apara um monitor.
Em testes com 13 voluntários não sedados, sendo seis disgnosticados com síndrome de Barret, a cápsula foi capaz de mostrar imagens de todo o canal em amenos de um minuto. Todo o procedimento demorou seis minutos. Atualmente o mesmo teste demora mais de uma hora e é feito com endoscopia, passando uma microcâmera pela garganta do paciente.
O novo dispositivo revelou subestruturas que não são vistas pela endoscopia tradicional e são claramente identificadas como sinais iniciais de câncer.
— O sistema nos dá uma boa ferramenta para disgnóstico que não requer que o paciente seja sedado nem que o profissional seja treinado para fazer endoscopia — diz o professor Gary Tearney, do Hospital Geral de Massachusetts.
— Ficamos surpresos que a pílula, uma vez ingerida, pudesse ser absorvida pelo esôfago, permitindo ver a imagem completa da parede — observa Tearney.
A síndrome de Barret é causada pela exposição crônica ao refluxo ácido do estômago, levando à irritação e à azia. Entre dez pessoas com refluxo, uma desenvolve a doença, que é muito mais comum em homens. De cem pessoas com a doença, uma desenvolve câncer de esôfago.

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