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2.26.2013

Como vai sua próstata?

Câncer de próstata

As principais doenças que acometem a próstata são:

As principais doenças que acometem a próstata.
São três as principais doenças que acometem a próstata:
  • Hipertrofia Benigna da Próstata (HPB) – que representa o crescimento de um adenoma (tumor benigno), em uma das partes da glândula;
  • Processos inflamatórios e infecciosos - as chamados prostatites;
  • Câncer da Próstata.
A próstata é uma glândula masculina, que pesa cerca de 20 gramas, e secreta fluidos que compõem parte do sêmen.
Localiza-se logo abaixo da bexiga, envolvendo uma parte da uretra.

Hipertrofia Benigna da Próstata (HPB):

É a doença mais comum do homem.
Representa o crescimento nodular de uma das regiões da próstata. Sua incidência aumenta progressivamente com a idade, ocorrendo em 40 % dos homens a partir dos 50 anos e em 90 % daqueles com 80 anos.
O crescimento da próstata comprime a uretra, causando obstrução mecânica ao fluxo da urina, o que leva à dificuldade para urinar. A urina estagnada na bexiga favorece o surgimento de infecção urinária e formação de cálculos.
O esforço para urinar, em conseqüência da obstrução ao fluxo urinário, aumenta a pressão no interior da bexiga e provoca o aumento de suas camadas musculares. O aumento da pressão dentro da bexiga se transmite aos ureteres e aos rins, podendo levar à doença chamada hidronefrose e culminar com um quadro de insuficiência renal.
Obstrução do fluxo urinário.

Os sintomas da Hipertrofia Benigna da Próstata podem ser divididos em dois grandes grupos:

  • Sintomas Obstrutivos, decorrentes da obstrução ao fluxo urinário, tais como: diminuição da força do jato urinário; esforço para urinar; interrupção do jato durante a micção; gotejamento; sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.
  • Sintomas Irritativos, devidos à irritabilidade da bexiga : urgência para urinar; dor no baixo ventre; diversas nicções noturnas; diversas micções, em um curto espaço de tempo, com saída de pequena quantidade de urina em cada uma delas.
Também pode ocorrer sangramento junto com a urina e infecção urinária.
No Exame Físico, é imprescindível o Toque Retal que fornece informações sobre o volume, consistência, presença de irregularidades, limites, sensibilidade e mobilidade da próstata.
Toque retal.

O Exame de Urina evidencia a presença de sangramento e/ou infecções.

Exames de Sangue, tais como: uréia e creatinina, permitem avaliar o comprometimento da função renal. A dosagem do PSA (uma proteína chamada Antígeno Prostático Específico) é importante para a exclusão de possíveis tumores malígnos da próstata.

A Ultra-sonografia permite avaliar a forma e a densidade da próstata, bem como a presença de resíduo elevado de urina na bexiga, após a micção.

A Urografia Excretora tem sua indicação quando ocorrer sangramento na urina e como complemento para melhor avaliação de alterações observadas na ultra-sonografia.

Quando necessário podem ser realizados ainda:

Uretrocistografia - exame radiológico, com introdução de contraste através da uretra.

Uretrocistoscopia - exame que permite a visão da uretra e bexiga, através de instrumentos óticos introduzidos pela uretra.

Biópsia da Próstata - coleta de fragmentos do tecido prostático, através de punção trans-retal.

Estudo Urodinâmico - avaliação das contrações da bexiga e alterações do fluxo urinário durante a micção.

O tratamento da HPB pode ser clínico ou cirúrgico. A seleção do tratamento é feita tendo em vista as condições clínicas do paciente, os danos causados ao aparelho urinário e a gravidade dos sintomas.

Pacientes com sintomas leves e sem complicações devem ser observados, com acompanhamento anual.

Nos pacientes com sintomas moderados está indicado o tratamento medicamentoso.

Em pacientes com sintomas graves, o tratamento cirúrgico é a opção recomendada.

O tratamento cirúrgico padrão da obstrução do fluxo urinário por HPB é a chamada ressecção trans-uretral da próstata ou a prostatectomia supra-púbica.

O tratamento cirúrgico está indicado quando ocorrer:
  • Retenção urinária persistente e refratária ao tratamento clínico.
  • Infecções urinárias freqüentes.
  • Sintomas clínicos graves.
  • Dilatação do sistema urinário.
  • Sangramento urinário persistente.
  • Associação de cálculos ou divertículos na bexiga.
  • Ressecção Trans-uretral da Próstata (RTUP): consiste na retirada de fragmentos do tecido prostático, através de instrumental introduzido pela uretra, desobstruíndo o fluxo urinário.
  • Sendo menos traumática que a cirurgia aberta, propiciando menor tempo de hospitalização e recuperação mais rápida do paciente, é o método de preferência para o tratamento cirúrgico da HPB.

Prostatectomia Supra-púbica: trata-se de cirurgia aberta, onde a retirada do adenoma da próstata é realizado através de uma abertura feita na bexiga.

As indicações da prostatectomia supra-púbica são as seguintes:
  • Próstatas muito volumosas (acima de 80 - 90 g).
  • Presença de divertículos ou cálculos na bexiga.
  • Estenose uretral extensa.
  • Problemas ortopédicos que impossibilitem a colocação do paciente na posição adequada para a RTUP.

Câncer de Próstata


Câncer de próstata.

A freqüência do câncer de próstata aumentou de forma explosiva nos últimos anos, representando, atualmente, o câncer que mais freqüentemente acomete o homem.
Sua incidência aumenta com a idade atingindo quase 50 % dos indivíduos com 80 anos. Todavia, sua evolução é lenta e a grande maioria de seus portadores, provavelmente, virão a falecer de outros motivos que não o câncer de próstata.
A busca do diagnóstico precoce, visando um tratamento curativo, assume fundamental importância e deve ser realizada através de exame preventivo, anual, em todos os homens a partir de 45 anos de idade, independente de apresentarem ou não sintomas. Naqueles que possuem história de incidência de câncer de próstata na família, o exame preventivo deverá ser iniciado aos 40 anos.

Detecção do Carcinoma Prostático:


Toque retal - O exame digital da próstata é o método mais antigo, mais barato e ainda o mais usado para levantar suspeitas de câncer de próstata.

Dosagem do Antígeno Prostático Específico (PSA) - O PSA é uma proteína secretada pela próstata. O aumento da taxa de PSA no sangue, excluídas as causas benignas desse aumento, pode indicar a presença de câncer de próstata. Elevações extremamente expressivas sugerem o comprometimento metastático do tumor.
As causas benignas de aumento do PSA são:
    • Hipertrofia prostática benigna.
    • Massagem prostática recente.
    • Prostatite.
    • Retenção aguda de urina.
    • Biópsia prostática por agulha.
    • Ressecção trans-uretral da próstata.
Ultra-sonografia da Próstata – é um exame ultrassonográfico da próstata, que pode evidenciar o aumento de volume da mesma, alterações de sua consistência e a presença de nódulos.
A Ultra-sonografia trans-retal permite uma avaliação mais acurada da próstata.
Biópsia – é a coleta de fragmentos do tecido prostático, através de punção por uma agulha especial, confirma o diagnóstico da lesão.
O tratamento do câncer de próstata varia de acordo com o tipo de tumor e estágio em que foi diagnosticada a doença.
As diversas possibilidades de tratamento, mais adequadas para cada caso, devem ser discutidas entre médicos e pacientes e compreendem:
    • Prostatectomia radical - retirada cirúrgica de toda a próstata e tecidos linfáticos adjacentes.
    • Bloqueio hormonal - o crescimento do tumor é contido através de terapia medicamentosa.
    • Orquiectomia - o crescimento do tumor é contido através do efeito hormonal provocado pela retirada dos testículos.
    • Radioterapia - está indicada em determinados casos.

Referências:

  • Programa de Educação a Distância de Medicina Familiar e Ambulatorial - PROFAM - Entrega VII, Cap. 54, 2003, IdeoGráfica, Argentina.
  • Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências, 3ª edição, Bruce B. Duncan, Artmed, 2004.
Próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, que produz e armazena parte do fluido seminal. Câncer de próstata é o tumor mais comum em homens acima de 50 anos. Os fatores de risco incluem idade avançada (acima de 50 anos), histórico familiar da doença, fatores hormonais e ambientais e certos hábitos alimentares (dieta rica em gorduras e pobre em verduras, vegetais e frutas), sedentarismo e excesso de peso.
Os negros constituem um grupo de maior risco para desenvolver a doença.
Sintomas
A maioria dos cânceres de próstata cresce lentamente e não causa sintomas. Tumores em estágio mais avançado podem ocasionar dificuldade para urinar, sensação de não conseguir esvaziar completamente a bexiga e hematúria (presença de sangue na urina).
Dor óssea, principalmente na região das costas, devido à presença de metástases, é sinal de que a doença evoluiu para um grau de maior gravidade.
Diagnóstico
O câncer de próstata pode ser diagnosticado por meio de exame físico (toque retal) e laboratorial (dosagem do PSA). Caso sejam constatados aumento da glândula ou PSA alterado, deve ser realizada uma biópsia para averiguar a presença de um tumor e se ele é maligno. Se for, o paciente precisa ser submetido a outros exames laboratoriais para se determinar seu tamanho e a presença ou não de metástases.
Tratamento
O tratamento depende do tamanho e da classificação do tumor, assim como da idade do paciente e pode incluir prostatectomia radical (remoção cirúrgica da próstata), radioterapia, hormonoterapia e uso de medicamentos. Para os pacientes idosos com tumor de evolução lenta o acompanhamento clínico menos invasivo é uma opção que deve ser considerada.
Recomendações
* Homens sem risco maior de desenvolver câncer de próstata devem começar a fazer os exames preventivos aos 50 anos;
* Descendentes de negros ou homens com parentes de primeiro grau portadores de câncer de próstata antes dos 65 anos apresentam risco mais elevado de desenvolver a doença; portanto, devem começar a fazer os exames aos 45 anos;
* Pessoas com familiares portadores de câncer de próstata diagnosticado antes dos 65 anos apresentam risco muito alto de desenvolver a doença; por isso, devem começar o acompanhamento médico e laboratorial aos 40 anos;
* Homens com níveis de PSA abaixo de 2,5 ng/mL devem repetir o exame a cada 2 anos; já aqueles com PSA acima desse valor devem fazer o exame anualmente;
* Resultados de PSA e toque retal alterados são relativamente comuns, mas podem gerar muita angústia, apesar de não serem suficientes para estabelecer o diagnóstico de câncer de próstata; para confirmá-lo é indispensável dar prosseguimento a uma avaliação médica detalhada e criteriosa;
* Optar por uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos regularmente são recomendações importantes para prevenir a doença.

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