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2.09.2013

Enxaquecas

Estímulo elétrico em nervo pode reduzir enxaquecas, aponta estudo

Pacientes receberam impulso por 20 minutos ao dia durante dois meses.
Para pesquisadores, estudo abre caminho para criação de novo tratamento.

Do G1, em São Paulo
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Grupo testa massagem que pode curar dores de cabeça (Foto: Rodolfo Tiengo/ G1)Média de dores de cabeça entre grupo que recebeu
estímulo caiu para 4,8 dias (Foto: Rodolfo Tiengo/G1)
Um estudo publicado na quarta-feira (6) na edição online do jornal da Academia Americana de Neurologia, “Neurology”, revela que utilizar um estimulador de nervo durante 20 minutos por dia pode reduzir a ocorrência de enxaquecas.
O estimulador é colocado sobre a testa e proporciona um impulso elétrico sob o nervo supraorbital e não foram observados efeitos colaterais provocados pelo estímulo.
O estudo foi realizado em duas etapas. Na primeira, os pesquisadores acompanharam por um mês 67 pessoas que sofriam uma média de quatro ataques de enxaqueca por mês, sem oferecer-lhes nenhum tratamento.
Em seguida, o grupo foi dividido em dois: uma parte recebeu o estímulo de 20 minutos diários durante três meses, enquanto ao restante foi dada um placebo - uma estimulação em níveis muito baixos para provocar qualquer efeito.
Os resultados revelam que aqueles que receberam a estimulação registraram menos dias de enxaqueca no terceiro mês, em comparação ao primeiro mês, quando não houve tratamento. A média mensal de fortes dores de cabeça caiu de 6,9 dias para 4,8 dias entre o grupo. O número não se alterou entre os que receberam o tratamento placebo.
Os pesquisadores então se debruçaram sob o número de pessoas que registraram uma redução na quantidade de dias com enxaqueca de 50% ou mais. Eles descobriram que 38% dessas pessoas receberam a estimulação, ante 12% que tratadas com placebo.
De acordo com os cientistas, o estudo abre caminho para a criação de novos tratamentos, que gerem menos incômodo do que os efeitos secundários dos atuais medicamentos para a enxaqueca.
"Os resultados são animadores, pois foram semelhantes aos das drogas que são utilizadas para prevenir a enxaqueca e que, muitas vezes, apresentam muitos efeitos colaterais. Além disso, frequentemente, os efeitos colaterais são tão ruins que fazem com que os pacientes deixem de tomar o medicamento", disse o autor do estudo e membro da Academia Americana de Neurologia, Jean Schoenen, da Universidade de Liège, na Bélgica.

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