skate a nova mania das meninas

 

De roqueiras a patricinhas: Conheça as meninas que são fãs do skate

Stella Chinelli e Cristal Rodrigues levaram o esporte favorito para realities de canais fechados

Elisa Amaral

Meninas de todos os estilos e idades aderiram ao skate

Veja também

• Veja galeriaEsporte radical: cresce o número de meninas que são fãs do skate
• Galeria Exercícios à beira-mar: uma fuga da rotina de academias
• Praia retrô: o saudosismo nas areias cariocas
• Galeria Minha praia inesquecível no verão

RIO — A teoria de que andar de skate é coisa só para meninos já foi ultrapassada faz tempo. Afinal, não é de hoje que as mulheres aderiram à mania de andar sobre a prancha de rodinhas - seja para executar manobras radicais na pista, ir ao trabalho e à universidade, ou mesmo para passear curtindo o visual da praia. Em um passeio rápido pela orla de Ipanema, no Rio, é possível esbarrar com várias delas, dos mais diferentes perfis e idades. De roqueiras tatuadas a patricinhas de biquíni.Que o diga a estudante de publicidade Stella Chinelli, uma apaixonada pelo esporte desde que ganhou seu primeiro skate, aos 8 anos. Hoje, aos 20 anos de idade, ela virou autoridade na modalidade conhecida como downhill, que consiste em descer ladeiras e que exige, por precaução, o uso de luvas. Entre tombos e derrapadas, a estudante se diverte ao lembrar de situações nem tão engraçadas com seu skate. Uma delas aconteceu durante uma gravação do seu programa "Vida de Roqueira", no canal Bis do Multishow:
— Estávamos gravando na Vista Chinesa, que é considerado "o pico dos skatistas" e acabei confiando demais no meu taco. Em uma velocidade absurda que pode chegar a 60 quilômetros por hora, acabei perdendo a força dos braços e me ralei toda na frente dos câmeras e de todos. Foi engraçado, mas penso que normalmente tomo cuidado quando vou me jogar, e sempre com proteção. Cair me instiga a tentar uma nova manobra e fazer ela três vezes mais complexa que a anterior - brinca.
Outra dura na queda é a locutora Renata Mattos, 33 anos. Admiradora do surfe, ela sempre teve vontade de encarar altas ondas, mas faltava coragem. O jeito foi, então, arriscar-se nas famosas pranchas sobre rodinhas.
— Eu achava que nunca seria capaz de descer uma ladeira de skate. Hoje em dia eu me jogo, caio e levanto. Acho que o skate está ficando mais popular que a própria bicicleta - diz Renata.
Mas andar de skate pode ser de maneira mais tradicional e contemplativa. Pelo menos para as estudantes Anairam de Leon, 22 anos, e Luisa Giacomo, 17, adeptas da modalidade "street" - a mais tradicional de todas. Elas andam pelas ruas de skate, explorando picos e fazendo manobras. A preferência são para os parques e as ruas largas, que se transformam numa espécie de quintal.
— Escaneamos a rua toda com o skate. É como ela fosse o nosso playground. O legal é a liberdade que o skate te proporciona. Não existem limites - acredita Anairam.
Se andar de skate na rua já é bom, imagina na orla da praia, com toda aquela vista? Dar um rolé de skate é uma terapia e muito prazerosa, segundo a chef Malu Paes, 23 anos.
—Gosto de andar no calçadão nos fins de tarde. No verão é a melhor coisa, pois o céu está limpo e o pôr do sol é a coisa mais linda. E andar em Ipanema tira a maior onda. Todo mundo repara e diz: "olha a menina que anda de skate" - se orgulha Malu.
Meias até a canela, tênis próprio e o look mais confortável possível. Cristal Rodrigues, 19 anos, e Nicole Cyrne, 23, estão prontas para derrapar nas ladeiras e se aventurar nos bowls de skate. Mais que um estilo, estar se sentindo à vontade com a proteção de luvas e joelheiras é essencial para deslizar sobre as rodas. Cristal, que está fazendo parte do piloto "Meninas de Ouro", um reality de meninas que praticam esportes radicais, tenta passar o exemplo para as outras colegas do esporte.
— Eu sempre procuro me equipar. Cair é inevitável, mas eu morro de medo de quebrar um braço ou uma perna. Mas não deixo de andar e me arriscar por causa disso -
Joelho raladinho não é legal..Quer praticar use o equipamento de proteção.

.