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3.12.2013

Cientistas descobrem caminho para recriar jovialidade do cérebro

Experimentos realizados por pesquisadores da Universidade de Yale mostraram que, bloqueando função de gene, é possível redefinir um velho cérebro a níveis adolescentes


Pesquisadores de Yale identificaram chave genética para maturação do cérebro
Foto: Latinstock
Pesquisadores de Yale identificaram chave genética para maturação do cérebro Latinstock
CONNECTICUT - Há muito tempo, os cientistas sabem que cérebros jovens e idosos são diferentes. Cérebros adolescentes são mais maleáveis ou plásticos, o que lhes permite aprender línguas mais rapidamente do que os adultos e acelera a recuperação de lesões. Mas pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Yale estão conseguindo reverter esse processo, recriando um cérebro jovem, que facilita a aprendizagem e a cura.
Durante experimentos realizados em ratos vivos, os pesquisadores de Yale identificaram a chave genética para a maturação do cérebro: trata-se do gene Nogo Receptor, necessário para suprir os níveis elevados de plasticidade no cérebro adolescente e criar os níveis de plasticidade na idade adulta. Quando os pesquisadores bloquearam a função deste gene em camundongos velhos, eles redefiniram o velho cérebro a níveis adolescentes.
“Isso sugere que podemos voltar o relógio no cérebro adulto e nos recuperarmos de traumas da maneira que as crianças se recuperam”, disse o professor de Neurologia e Neurobiologia de Yale Vicente Coates.
A reabilitação após lesões cerebrais, como derrames, exige que os pacientes reaprendam tarefas como mover uma mão. Os pesquisadores descobriram que camundongos adultos carentes do receptor Nogo Receptor se recuperaram de uma lesão tão rapidamente quanto camundongos adolescentes, e ainda masterizaram novas tarefas motoras complexas mais rapidamente do que os adultos que possuem o receptor.
“Isso aumenta o potencial da manipulação do gene em humanos, podendo acelerar e ampliar a reabilitação após lesões cerebrais, como derrames”, disse o estudante de doutorado de Yale Feras Akbik, um dos autores do estudo.
Os pesquisadores também mostraram ratos sem o gente perderam memórias estressantes mais rapidamente, o que sugere que a manipulação do receptor pode ajudar a tratar problemas de estresse pós-traumático.

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