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3.16.2013

Parar de fumar engorda, mas benefícios ao coração se mantêm

Tabagismo

Segundo estudo que acompanhou 3.200 pessoas por mais de 20 anos, tendência de ganho de peso é maior entre quem abandona o cigarro. No entanto, quilos a mais não alteram a diminuição do risco de doenças cardíacas

Cigarro: Leis anti-fumo têm impacto positivo sobre a saúde da população em um período de um ano
Fim do hábito: Largar o cigarro engorda, mas mesmo assim benefícios à saúde cardíaca se mantêm (Thinkstock)
É inegável que uma das melhores coisas que um fumante pode fazer pela sua saúde cardíaca é abandonar o cigarro. Por outro lado, estudos já mostraram que o ganho de peso é, de fato, um dos efeitos negativos do fim do tabagismo – e, como se sabe, engordar faz mal ao coração. Diante disso, surge uma dúvida: qual dos efeitos, entre o do aumento do peso e o do fim do cigarro, se sobressai? Um novo estudo feito por pesquisadores suíços e americanos descobriu que uma pessoa que para de fumar, de fato, pode engordar — mas que os benefícios ao coração superam qualquer risco associado ao aumento do peso. A pesquisa foi publicada nesta terça-feira no periódico The Journal of The American Medical Association (JAMA).

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Association of Smoking Cessation and Weight Change With Cardiovascular Disease Among Adults With and Without Diabetes 

Onde foi divulgada:  periódico The Journal of The American Medical Association (JAMA)

Quem fez: Carole Clair, Nancy Rigotti, Bianca Porneala, Caroline Fox, Ralph D’Agostino, Michael Pencina e James Meigs

Instituição: Universidades de Lausanne, Suíça, e Harvard, Estados Unidos

Dados de amostragem: 3.251 pessoas

Resultado: Fumantes, não fumantes e pessoas que deixaram de fumar há mais do que quatro anos engordam, em média, entre meio e um quilo a cada quatro anos. Já aquelas que deixaram de fumar há menos do que quatro anos, ganham entre dois e 4,5 quilos no mesmo período. Porém, independentemente de quanto um indivíduo engorda após abandonar o cigarro, ele tem uma redução de 50% no seu risco de doenças cardíacas seis anos depois de largar o vício.
O trabalho, desenvolvido por especialistas da Universidade de Lausanne, na Suíça, e do Hospital Geral de Massachusetts, filiado à Universidade Harvard, nos Estados Unidos, se baseou nos dados de 3.251 americanos que participaram de um estudo de saúde durante 27 anos (de 1984 a 2011). A cada quatro anos, os pesquisadores avaliaram os participantes, olhando especialmente para fatores como tabagismo, ganho de peso e saúde cardíaca. Durante todo o estudo, foram registrados 631 casos de doenças cardiovasculares.

Tabagismo

Parar de fumar engorda, mas benefícios ao coração se mantêm

Segundo estudo que acompanhou 3.200 pessoas por mais de 20 anos, tendência de ganho de peso é maior entre quem abandona o cigarro. No entanto, quilos a mais não alteram a diminuição do risco de doenças cardíacas

Cigarro: Leis anti-fumo têm impacto positivo sobre a saúde da população em um período de um ano
Fim do hábito: Largar o cigarro engorda, mas mesmo assim benefícios à saúde cardíaca se mantêm (Thinkstock)
É inegável que uma das melhores coisas que um fumante pode fazer pela sua saúde cardíaca é abandonar o cigarro. Por outro lado, estudos já mostraram que o ganho de peso é, de fato, um dos efeitos negativos do fim do tabagismo – e, como se sabe, engordar faz mal ao coração. Diante disso, surge uma dúvida: qual dos efeitos, entre o do aumento do peso e o do fim do cigarro, se sobressai? Um novo estudo feito por pesquisadores suíços e americanos descobriu que uma pessoa que para de fumar, de fato, pode engordar — mas que os benefícios ao coração superam qualquer risco associado ao aumento do peso. A pesquisa foi publicada nesta terça-feira no periódico The Journal of The American Medical Association (JAMA).

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Association of Smoking Cessation and Weight Change With Cardiovascular Disease Among Adults With and Without Diabetes 

Onde foi divulgada:  periódico The Journal of The American Medical Association (JAMA)

Quem fez: Carole Clair, Nancy Rigotti, Bianca Porneala, Caroline Fox, Ralph D’Agostino, Michael Pencina e James Meigs

Instituição: Universidades de Lausanne, Suíça, e Harvard, Estados Unidos

Dados de amostragem: 3.251 pessoas

Resultado: Fumantes, não fumantes e pessoas que deixaram de fumar há mais do que quatro anos engordam, em média, entre meio e um quilo a cada quatro anos. Já aquelas que deixaram de fumar há menos do que quatro anos, ganham entre dois e 4,5 quilos no mesmo período. Porém, independentemente de quanto um indivíduo engorda após abandonar o cigarro, ele tem uma redução de 50% no seu risco de doenças cardíacas seis anos depois de largar o vício.
O trabalho, desenvolvido por especialistas da Universidade de Lausanne, na Suíça, e do Hospital Geral de Massachusetts, filiado à Universidade Harvard, nos Estados Unidos, se baseou nos dados de 3.251 americanos que participaram de um estudo de saúde durante 27 anos (de 1984 a 2011). A cada quatro anos, os pesquisadores avaliaram os participantes, olhando especialmente para fatores como tabagismo, ganho de peso e saúde cardíaca. Durante todo o estudo, foram registrados 631 casos de doenças cardiovasculares.
Leia também:
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Fim do vício — De acordo com o estudo, em mais de duas décadas, a tendência de ganho de peso foi observada em todos os indivíduos que participaram da pesquisa, mas foi maior entre aqueles que haviam parado de fumar há menos tempo – ou seja, desde a sua última avaliação, feita há quatro anos. Enquanto fumantes, não fumantes e pessoas que haviam abandonado o cigarro há mais do que quatro anos engordaram, em média, de meio a um quilo a cada intervalo entre as avaliações, os ex-fumantes mais recentes ganharam, em média, de dois a 4,5 quilos no espaço entre as visitas.
Porém, os pesquisadores observaram que, independentemente de quanto o participante havia engordado ao deixar de fumar, o seu risco de sofrer algum evento cardiovascular diminuiu em 50% seis anos após ele abandonar o cigarro. Esse dado foi válido para pessoas livres de diabetes. De acordo com os autores do estudo, diabéticos, entre os quais o ganho de peso é especialmente preocupante, também apresentaram uma queda nesse risco. No entanto, poucos participantes da pesquisa apresentavam a doença, então não foi possível chegar a um número estatisticamente significativo.
“Nós agora podemos dizer com toda a certeza que parar de fumar tem um efeito muito positivo no risco cardiovascular, mesmo se houver ganho de peso”, diz James Meigs, professor da Universidade Harvard e um dos autores do estudo.

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