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3.01.2013

Presidenta Dilma inaugura fábrica submarino nuclear

Presidente destacou transferência de tecnologia e qualificação.
Acordo com França prevê fabricação cinco submarinos no Rio.

Do G1, em Brasília, e do G1 RJ
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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (1º) que o Brasil "é capaz", ao inaugurar fábrica de metais no Rio de Janeiro necessária para a futura produção de um submarino nuclear.
"O Brasil é capaz, o Brasil pode e faz, tem todas as condições de cumprir simultaneamente seu grande papel, do desenvolvimento científico e tecnológico, da exploração de um segmento especial, da indústria da defesa, e ao mesmo tempo um papel gerador de renda e de emprego, e capaz de lidar com a superação e eliminação da miséria", afirmou.
A presidente Dilma durante cerimônia de inauguração da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, em Itaguaí (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)A presidente Dilma durante cerimônia de inauguração da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, em Itaguaí (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Durante a fala, a presidente não comentou, em qualquer momento, o desempenho da economia brasileira, tema frequente em seus discursos. Nesta sexta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado oficial do PIB de 2012, que apontou crescimento de 0,9%, pouco abaixo da expectativa do Banco Central, de 1%.
Acompanhada do governador Sérgio Cabral, Dilma discursou na inauguração de uma fábrica da Marinha em Itaguaí, que fornecerá de metais para a produção de cinco submarinos, incluindo uma unidade movida a energia nuclear.
Ela destacou a importância da transferência de tecnologia e da qualificação da mão-de-obra e ressaltou que somente países do Conselho de Segurança da ONU possuem o equipamento. "Podemos de fato dizer que com ela entramos no seleto grupo do Conselho de Segurança das Nações Unidas, únicas nações que têm acesso ao submatino nuclear", afirmou, citando China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia.
A Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas da Marinha do Brasil (Ufem), cuja obra durou três anos, é o primeiro empreendimento necessário para a construção das embarcações, com produção de chapas e cilindros para os cascos, tubulações, dutos e demais estruturas.
Além da fábica de metais, está prevista a construção de um estaleiro, que deve ficar pronto em dezembro de 2014, e uma base naval, prevista para 2017. Os investimentos somam R$ 7,8 bilhões.
O primeiro dos quatro submarinos convencionais deve ser entregue em 2017. Já o de propulsão, segundo a expectativa do governo, deve ser lançado em 2023. A presidente classificou o programa como "verdadeira epopeia", que segundo ela, permitirá ao país "se afirmar no mundo, mas sobretudo se desenvolver de forma soberana".
A construção dos submarinos é fruto de parceria entre Brasil e França firmado em 2008, que inclui transferência de tecnologia. Além de fortalecer os investimentos na indústria militar, o projeto tem como objetivo proteger a costa marítima brasileira, especialmente nas áreas de exploração de petróleo.
Antes de Dilma, o ministro da Defesa, Celso Amorim, disse estar "emocionado" com a futura produção de submarinos.
"O Brasil entendeu plenamente, no governo do presidente Lula e do grande apoio de vossa excelência [Dilma], que defesa não é delegada, é algo de país que quer ser autônomo e quer se afirmar no mundo", disse o ministro.

Amorim ainda comemorou a decisão dos Estados Unidos em importar aviões SuperTucano da Embraer, dizendo que a compra "vem reafirmar essa importância" da indústria militar no país.
Em seu discurso, o governador Sérgio Cabral disse que, com a construção do submarino nuclear, "o Brasil entra num clube pequeno de nações que alcançaram esse estágio de desenvolvimento"

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