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4.04.2013

Colágeno em pó no combate ao envelhecimento

Segundo nutricionista, o ideal é misturar com algum suco rico em vitamina C





O colágeno é uma substância natural produzida pelo organismo, que garante a sustentação das células Foto: Mônica Imbuzeiro


O colágeno é uma substância natural produzida pelo organismo, que garante a sustentação das células Mônica Imbuzeiro

RIO — Colágeno é palavra-chave quando se fala em medidas para conter os sinais de envelhecimento. Substância natural do organismo (em outras palavras, um tipo de proteína), ele funciona como a argamassa que dá sustentação às células, mantendo-as firmes e unidas. A partir dos 30 anos, o corpo começa a sofrer perda gradual de colágeno. Por isso, quando surge algo com este ingrediente “mágico” no mercado (de origem animal ou vegetal), logo chama a atenção. As versões hidrolisadas, em pó, são a bola da vez, e multiplicam-se pelas prateleiras de lojas de produtos naturais, em versões que se misturam com óleo de coco, chá verde e vitaminas. Isso sem falar em balas e cápsulas. Mas funcionam?
Há pesquisas que atestam que sim. Por isso, é receitado por nutricionistas como Lucianna Jardim, que indica para pacientes acima dos 30 anos, para retardar os efeitos da idade, e, para os mais idosos, para prevenir a osteoporose:
— O ideal é consumir dez gramas por dia. Sugiro misturar o pó a algum suco de vitamina C, como acerola, caju, goiaba e limão. Assim, ainda fornecemos a vitamina que é fundamental para a produção natural de colágeno.
Especialistas têm dado preferência ao pó hidrolisado, para que fique mais fácil atingir as tais dez gramas diárias (o equivalente a dez cápsulas, por exemplo). No caso das balas, vale para enganar a fome ou matar a vontade de um docinho, mas a percentagem de colágeno ali não é significativa para a pele.
É importante esclarecer que pó e hidrolisado não são necessariamente a mesma coisa:
— O hidrolisado passa por um processo no qual a molécula é quebrada para tornar mais fácil a absorção pelo organismo — diz Lucianna. — Nem toda versão em pó é hidrolisada.
A dermatologista Regina Schechtman, da comissão científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia, faz uma ressalva: os estudos, até agora, foram financiados pelos próprios fabricantes de colágeno.
— Não sabemos ao certo quanto desse colágeno ingerido é absorvido pela pele e quanto é eliminado pelo organismo.
A psicóloga Elizabeth Villar incluiu o pozinho no suco do café da manhã há mais de seis meses, após fazer 42 anos. Não nota a pele mais firme, mas não quer abrir mão dele:
— Não vou conseguir comparar como estaria meu rosto se não estivesse ingerindo o colágeno. Mas afirmar que sinto uma melhora significativa seria mentira.
A publicitária Maria Eduarda Cunha, de 37 anos, jura que sente diferença:
— Depois de dois meses, esqueci de comprar e acabei parando de tomar o pó hidrolisado. Sabe que achei que a pele ficou mais molinha? É sutil, claro, mas senti.
A dermatologista Regina Schechtman lembra que o processo de envelhecimento engloba todas as células e estruturas do corpo. No caso da pele, a hereditariedade é mais determinante do que a quantidade de colágeno que se perde ao longo dos anos, assim como a prática de exercícios e uma boa alimentação, além de se proteger contra os raios UV.
— O sol é um vilão contra o colágeno, degradando-o ao longo dos anos

Nota boaspraticasfarmaceuticas:
As tecnologias de fabricação de medicamentos estão ai para proteger os princípios ativos dos ataques das enzimas do aparelho digestivo, seja por cápsulas duras ou por microesferas, desta forma produtos que são muito degradáveis como as proteinas utilizam estas tecnologias.

Um comentário:

  1. Antônio, não consigo acreditar nessa estória de colágeno, pois a fisiologia nos prova o contrário. Colágeno absorvido pela pele? Meus olhos doem ao ler algo assim. Proteínas ingeridas, sejam quais forem, serão metabolizadas e "quebradas" no estômago podendo ou não formar o colágeno novamente, não é mesmo? Gosto muito da sua página como fonte de informação, mas seria interessante se você fizesse alguns comentários críticos aos artigos na área farmacêutica, como meio de "enriquecimento".Claro, não sei sua disponibilidade tempo, rs, mas seria muito bom! Abraços

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