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4.01.2013

Comer peixe favorece a longevidade, sugere estudo americano

Idosos que comem esse tipo de carne vivem dois anos a mais, conclui.
Harvard analisou dados de 2.700 pessoas com mais de 65 anos.

As pessoas com mais de 65 anos que comem peixe podem viver, em média, dois anos a mais do que pessoas que não consomem os ácidos-graxos ômega-3 encontrados principalmente nos frutos do mar, sugeriu um estudo publicado nesta segunda-feira (1º).
Segundo a pesquisa, pessoas com níveis mais altos de ácidos-graxos ômega-3 também tiveram um risco geral de morrer 27% menor e um risco de morrer de ataque cardíaco 35% inferior ao de indivíduos com as mesmas características, mas níveis sanguíneos da substância inferiores. O estudo, liderado por cientistas da Escola de Saúde Pública de Harvard, foi publicado no periódico "Annals of Internal Medicine".
Tambaqui fresco no supermercado é exposto em um barco  (Foto: Ivanete Damasceno / G1)Tambaqui fresco em supermercado de Manaus (Foto: Ivanete Damasceno / G1)
Enquanto outros estudos demonstraram um vínculo entre ácidos-graxos ômega-3 e um risco menor de desenvolver doenças cardíacas, esta pesquisa examinou registros de pessoas mais velhas para determinar qualquer vínculo entre o consumo de carne de peixe e o risco de morrer.
Os cientistas analisaram dados de 16 anos de cerca de 2.700 adultos americanos com 65 anos ou mais. Aqueles considerados no estudo não ingeriam suplementos de óleo de peixe de forma a evitar a confusão sobre o uso de suplementos e diferenças na dieta.
As pessoas com níveis sanguíneos maiores de ácidos-graxos ômega-3, encontrados sobretudo em peixes como salmão, atum, halibute, sardinha, arenque e cavala, tiveram os menores riscos de morrer de qualquer causa e viveram, em média, 2,2 anos a mais do que aquelas com níveis baixos das substâncias.
Os cientistas identificaram o ácido docosahexaenoico (DHA) como o mais fortemente vinculado a um risco inferior de doença cardíaca coronariana. O ácido eicosapentaenoico (EPA) foi fortemente relacionado a um risco menor de ataque cardíaco não fatal, enquanto o ácido docosapentaenoico (DPA) foi mais fortemente associado a um risco menor de morrer de acidente vascular cerebral.
As descobertas persistiram quando os pesquisadores fizeram ajustes demográficos, de estilo de vida e dietéticos. "Nossas descobertas sustentam a importância de níveis sanguíneos adequados de ômega-3 para a saúde cardiovascular e sugerem que mais tarde na vida estes benefícios podem na verdade prolongar os anos restantes", afirmou o principal autor do estudo, Dariush Mozaffarian, professor associado do Departamento de Epidemiologia da Escola de Saúde Pública de Harvard.
"A melhor relação custo-benefício é passar de nenhuma ingestão à ingestão moderada, ou cerca de duas porções de peixes ricos em ácidos-graxos por semana", disse Mozaffarian.
Peixe vale este (Foto: Arte/G1)
 

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