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5.30.2013

Câncer de mama


Japão testará novo tratamento contra o câncer de mama

A radioterapia com partículas pesadas, que já se mostrou eficaz em combater outros tipos de tumor, ataca apenas células cancerígenas e dispensa a necessidade de cirurgia. Testes serão iniciados ainda neste mês

Câncer de mama
Câncer de mama: No japão, nova abordagem para curar a doença será testada ainda neste mês (Thinkstock)
Pesquisadores japoneses darão início, ainda neste mês, aos testes clínicos de uma nova abordagem para tratar o câncer de mama que dispensa a necessidade de cirurgia. Em comunicado divulgado nesta terça-feira, o Instituto Nacional de Ciências Radiológicas (NIRS, sigla em inglês) do Japão informou que a técnica que será avaliada é a radioterapia com partículas pesadas, que consiste em emitir uma radiação concentrada com precisão apenas às células cancerígenas.
“A radioterapia com partículas pesadas já se mostrou eficaz em combater outros tipos de câncer que não se espalharam, como o de próstata e o de pulmão, mas nunca foi testada para combater o de mama. Nós vamos realizar essa pesquisa para ter um maior conhecimento sobre quais tipos do câncer de mama podem se beneficiar desse tipo de tratamento”, diz Kumiko Karasawa, oncologista e coordenadora do novo estudo.
O tratamento convencional do câncer de mama combina a cirurgia com radioterapia ou com quimioterapia. Além disso, a radioterapia comum emite energia aos tecidos mais superficiais do corpo, mas essa energia se enfraquece conforme penetra nos tecidos mais profundos. De acordo com o NIRS, a radioterapia com partículas pesadas permite que a energia emitida continue forte mesmo quando alcançar maiores profundidades.
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Testes — A primeira etapa do estudo do NIRS vai testar o tratamento em 20 pacientes de 60 anos ou mais que apresentam estágio inicial de câncer de mama, com tumores pequenos e que não tenham se espalhado. Esses participantes vão ser submetidos a um tratamento de uma hora por dia durante quatro dias – uma duração “muito menor” do que a da radioterapia comum, que pode levar meses, segundo Karaswa. Depois, os pacientes serão acompanhados ao longo de cinco anos para que os pesquisadores avaliem os resultados.
“O tratamento com partículas pesadas pode ampliar as opções de tratamento e beneficiar pessoas que não querem ou não podem ser submetidas a cirurgias ou à radioterapia comum, que exige visitas regulares ao médico durante meses”, disse Karaswa.
Segundo o NIRS, o Japão é líder mundial na tecnologia que esse novo estudo irá utilizar. O país concentra três dos seis centros do mundo que contam com a técnica. A instalação de uma estrutura de radioterapia com partículas pesadas pode chegar a custar 97,2 milhões de dólares (ou cerca de 200 milhões de reais), informou o instituto.

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