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5.21.2013

COMO PRESERVAR SEU OVÁRIO

Como preservar seu ovário

Veja como é possível preservar o ovário da ação do tempo.


A cada ano, as mulheres adiam ainda mais a gravidez. São tantos planos profissionais, a vontade de conquistar seu lugar ao sol e construir um patrimônio sólido, que a gestação acaba ficando para segundo plano. Mas, assim como a nossa pele, o nosso ovário também envelhece.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a partir dos 35 anos de idade a mulher é considerada idosa – ou em idade avançada – para ter filhos. Mas, nada de desespero. Estudos comprovam que é possível preservar o nosso ovário contra os danos causados pelo tempo.

Preservação ovariana

Uma das formas mais efetivas de conseguir uma gravidez tardia é a preservação ovariana. O tratamento é indicado para mulheres que não podem conceber um filho até os 35 anos. Seja por problemas sociais, profissionais, conjugais, de saúde ou até por opção, elas podem congelar seus óvulos e preservá-los para uma ocasião mais oportuna, sem os riscos inerentes à idade avançada.

Os óvulos, espermatozoides, tecido germinativo (ovariano ou testicular) e embriões poderão manter-se preservados por até cinco anos – os casos de exceção são julgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

“A mulher pode manter sua função hormonal ovariana, sexual afetiva e opção de escolha do momento da maternidade preservando seus óvulos por tratamento de reprodução assistida (criopreservação). A preservação é indicada também para pacientes que serão submetidas a tratamentos de risco para esta reserva ovariana, como quimioterapia e radioterapia ou cirurgias pélvicas oncológicas extensas”, diz o Dr. Wagner Busato, representante da Academia Merck de Reprodução Humana (SP).

Novas regras

A nova Legislação, elaborada pelo Conselho Federal de Medicina, proíbe a doação de óvulos para mulheres acima de 35 anos – embora permita o recebimento de óvulos por mulheres de até 50 anos – e a interrupção da gestação ou a redução embrionária após o tratamento de reprodução assistida. As normas também fixam o número de embriões a serem transferidos de acordo com a idade da mulher: até dois embriões para mulheres até 35 anos, até três entre 36 e 40 anos e até quatro embriões para mulheres após 40 anos.

Ovário policístico: reconheça e trate

Hormônios em crise
Tratar os ovários policísticos ainda na adolescência pode prevenir futuras encrencas cardiovasculares.
por Angelo Massaine | design Thiago Lyra


As duas fábricas de óvulos estão com problemas na linha de montagem. E a notícia repercute no corpo inteiro. O distúrbio atende pelo nome de ovários policísticos (SOP), afeta entre 10% e 15% das mulheres e se manifesta na adolescência. "Ele não tem uma causa específica, mas está associado ao aumento desproporcional da produção de androgênio, o hormônio masculino", conta o especialista em reprodução humana Jorge Haddad Filho, coordenador do Programa de Reprodução Assistida da Universidade Federal de São Paulo.
"Questionar se essa alta é o motivo ou a conseqüência do problema soa como a pergunta sobre quem veio primeiro o ovo ou a galinha", completa. Pois é, ainda há muito o que descobrir a respeito da SOP. Mas a ciência desconfia que alterações genéticas estejam por trás dela. Uma delas seria responsável pela chamada resistência à insulina, hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue. Esse distúrbio, por sua vez, levaria a síndrome metabólica e um pacote de encrencas, como obesidade, gordura abdominal, colesterol e triglicérides alterados, pressão alta e diabete, capazes de levar a doenças cardiovasculares.
"Queremos saber quais tratamentos ajudariam a evitar tanta complicação", diz a ginecologista Carolina Sales Vieira, uma das coordenadoras de um estudo do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, que, durante um ano, vai avaliar 88 portadoras da SOP. Para o diagnóstico dessa síndrome os especialistas recorrem a um exame de ultra-som, além de levar em conta sintomas como irregularidade do ciclo menstrual e aparecimento de características masculinas.
"Só dá para afirmar que há SOP depois de dois anos da primeira menstruação, porque antes disso as conexões entre ovários e cérebro ainda não estão estabilizadas", explica Carolina. Nem todas as mulheres com ovários policísticos apresentam resistência à insulina, distúrbio que pode desencadear o diabete tipo 2 e levar ao entupimento de vasos sangüíneos.
"No entanto, entre 30% e 50% das portadoras de SOP magras têm essa disfunção hormonal", informa Carolina Sales Vieira. Já as estimativas em relação às obesas sobem para algo entre 70% e 90%. Não à toa, a obesidade é um dos fatores diretamente ligados aos ovários policísticos. E, como a alta de androgênio estimula o apetite, a perda de peso fica ainda mais difícil. "A SOP também contribui para a aterosclerose, o bloqueio da passagem de sangue pelas artérias provocado por placas de gordura", lembra o ginecologista Rui Ferriani, professor da USP de Ribeirão Preto, que também participa do estudo.
Felizmente, todos esses problemas dos pêlos em locais indevidos às complicações descritas acima, passando pela infertilidade podem ser evitados ou combatidos. "Quando a paciente é acompanhada pelo médico e faz o tratamento correto, pode perfeitamente engravidar e ficar longe de riscos vinculados à síndrome metabólica e ao diabete", afirma a hebiatra Andrea Hercowitz, professora da Faculdade de Medicina do ABC, na Grande São Paulo.
"Em caso de resistência à insulina, receitamos medicamentos como a metformina, que equilibra a síntese desse hormônio e ajuda a abaixar os níveis de androgênio", acrescenta Jorge Haddad Filho. Só a droga, porém, não basta. Mudar os (maus) hábitos é fundamental. "A jovem com ovários policísticos deve praticar atividades físicas regularmente e ter uma dieta equilibrada, o que também significa reduzir o açúcar e a gordura", orienta Andrea. A SOP em si não tem cura, mas o tratamento, aliado à adoção de um estilo de vida saudável, afasta as encrencas.
Nunca é demais lembrar que as desordens típicas da síndrome às vezes são confundidas com as alterações comuns nos primeiros meses após a menarca a primeira menstruação tais como acne e ciclo irregular. Daí a importância de detectar o problema precocemente. Tirar a prova dos nove logo cedo é o caminho certeiro para garantir que o corpo continue funcionando a todo vapor pela vida afora.
Revista Saúde

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