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5.07.2013

Fim dos cabelos brancos

Coquetel interromperia embranquecimento dos cabelos

  • Tratamento foi descoberto quando cientistas pesquisavam o vitiligo
  • Acúmulo de peróxido de hidrogênio no folículo piloso faz cabelo ficar branco de dentro para fora
O Globo

Pseudocatalise combateria envelhecimento capilar
Foto: Marcos Alves/28-2-2013
Pseudocatalise combateria envelhecimento capilar Marcos Alves/28-2-2013
O branqueamento capilar, que hoje muitos tentam esconder com a tintura, pode ser curado. Pesquisadores americanos descobriram que pessoas que estão ficando grisalhas acumulam peróxido de hidrogênio no folículo piloso, o que faz com que o cabelo se torne branco de dentro para fora.
Este processo natural pode ser revertido por um coquetel “antioxidante” que permite a “repigmentação” do cabelo.
A descoberta, publicada na revista da Federação de Sociedades Americanas para Biologia Experimental (Faseb, na sigla em inglês), foi, na verdade, feita enquanto se pesquisava o vitiligo, uma doença da pele.
Esta doença, da qual Michael Jackson afirmava sofrer, causa perda da pele hereditária e da cor do cabelo.
Para o estudo, os cientistas analisaram um grupo internacional de 2.411 pacientes com vitiligo. Eles foram tratados com uma droga chamada pseudocatalase, ativada pela luz do sol. Os pesquisadores averiguaram que o pigmento da pele e dos cílios dos voluntários retornaram.
Gerald Weissman, editor-chefe do jornal da Faseb, afirmou que o mesmo tratamento poderia ser desenvolvido para permitir a “repigmentação” do cabelo grisalho - ou até interromper seu processo de embranquecimento.
- Por gerações, diversas soluções foram criadas para esconder o cabelo grisalho, mas agora, pela primeira vez, há um verdadeiro tratamento que chega à raiz do problema - destacou.
Por enquanto, segundo ele, a prioridade é desenvolver um tratamento para o vitiligo, que pode causar grandes problemas sociais para os pacientes.
- Esta doença, embora seja tecnicamente estética, pode causar efeitos socioemocionais - lembrou. - Desenvolver um tratamento efetivo para esta condição melhoraria radicalmente a vida de muita gente.
A professora Karin Schallreuter, autora principal do estudo e especialista em vitiligo, concordou que a prioridade deve ser a elaboração de um tratamento para esta doença.
- Não há qualquer dúvida de que a perda súbita da pele hereditária e a perda localizada da cor do cabelo podem afetar indivíduos de maneiras fundamentais - ressaltou. - A melhora da qualidade de vida depois de uma “repigmentação” total, ou mesmo parcial, foi documentada.

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