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5.21.2013

Marrocos condena 2 jovens a 4 meses de prisão por homossexualismo

Advogados não aceitam a hipótese de relação homoafetiva.  Em Marrocos é pau nos gays.

EFE
Marrocos - Dois marroquinos foram condenados nesta segunda-feira a quatro meses de prisão pelo Tribunal de Primeira Instância de Temara, na periferia sul de Rabat, pela suspeita de serem homossexuais. Levando em conta que a homossexualidade pode ser castigada com até três anos de prisão, os dois processados, um estudante de pós-graduação de engenharia de 28 anos e um desempregado de 20, foram sentenciados a uma pena leve.
Os dois foram detidos no último dia 2 de maio dentro do carro de um deles, que se encontrava estacionado em um jardim público de Temara. Em suas primeiras confissões perante a Polícia Judiciária, que no Marrocos têm valor de prova, disseram que tinham se conhecido em uma página de contatos pela internet e um deles admitiu que fazia sexo em troca de dinheiro, alegações que foram negadas nesta segunda-feira pelos dois acusados.
Os três advogados dos dois jovens evitaram o tempo todo defender o direito à homossexualidade e centraram sua defesa em assegurar que seus clientes não eram gays nem estavam incorrendo em nenhuma prática sexual ao serem detidos. De fato, um dos advogados ressaltou que não defenderia seus clientes se tivesse consciência que eram homossexuais; outro destacou que a falta de testemunhas anulava o delito de "atentado contra a moral"; e o terceiro minimizou a dureza da pena de prisão ao considerar que os jovens já foram condenados pela sociedade e suas famílias.
Em processo que se desenvolveu em um silêncio excepcional, com um grande número de jornalistas, o promotor, que pediu "uma pena exemplar", disse que não pensava em entrar em detalhes do crime "para não ferir os sentimentos do tribunal nem do público".
Este é o segundo processo do mês contra homossexuais; no anterior, dois homens foram condenados à pena máxima, três anos de prisão cada um e uma multa de mil dirhams (pouco mais de R$ 200) também por homossexualidade, uma prática que, além de estar no Código Penal, tem uma severa condenação social.

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