Anvisa propõe a mudança na quantidade da substância no sal.
Segundo a endocrinologista do Hospital Santa Luzia (Brasília), Dra. Cristina Blankenburg, a tireoide, por exemplo, necessita de uma determinada quantidade de iodo para a produção de hormônios.
“Antigamente a carência do iodo causava a hipofunção da tireoide, conhecida como bócio. O órgão apresentava uma disfunção hormonal e um crescimento exagerado”, afirma. O bócio se caracteriza pelo inchaço na região do pescoço, onde está a tireoide, e a formação inadequada de hormônios.
Atualmente o maior problema da adição do iodo ao sal é o consumo exagerado desta substância. “O consumo em excesso do sal está causando uma sobrecarga de iodo no organismo, o que também é maléfico ao corpo”, relata a endocrinologista.
A dosagem muito alta também causa doenças tireoidianas, como hipotireoidismo e o hipertireoidismo. “A grande quantidade de sal consumida pela população brasileira está causando diversos danos à saúde, além de problemas cardiovasculares relacionados ao aumento da pressão arterial”, explica Cristina.
A medida proposta pela Anvisa pretende proporcionar um consumo adequado de iodo pela população, diminuindo os riscos de doenças tireoidianas. A quantidade atual de iodo no sal é de 20 a 60 mg/kg, a faixa aprovada pela Anvisa é de 15 a 45 mg/kg.
“Além do iodo, a população deve se conscientizar que o consumo exagerado de sódio acarreta diversos problemas de saúde”, conclui.
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