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5.05.2013

MENOS IODO NO SAL


Menos iodo no sal
Anvisa propõe a mudança na quantidade da substância no sal.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a proposta para a redução de iodo no sal para consumo humano no Brasil. A adição do Iodo no sal foi adotada na década de 50 com o intuito de suprir a carência desta substância na maior parte do país, gerando um alto índice de problemas de saúde na população.

Segundo a endocrinologista do Hospital Santa Luzia (Brasília), Dra. Cristina Blankenburg, a tireoide, por exemplo, necessita de uma determinada quantidade de iodo para a produção de hormônios.

“Antigamente a carência do iodo causava a hipofunção da tireoide, conhecida como bócio. O órgão apresentava uma disfunção hormonal e um crescimento exagerado”, afirma. O bócio se caracteriza pelo inchaço na região do pescoço, onde está a tireoide, e a formação inadequada de hormônios.

Atualmente o maior problema da adição do iodo ao sal é o consumo exagerado desta substância. “O consumo em excesso do sal está causando uma sobrecarga de iodo no organismo, o que também é maléfico ao corpo”, relata a endocrinologista.

A dosagem muito alta também causa doenças tireoidianas, como hipotireoidismo e o hipertireoidismo. “A grande quantidade de sal consumida pela população brasileira está causando diversos danos à saúde, além de problemas cardiovasculares relacionados ao aumento da pressão arterial”, explica Cristina.

A medida proposta pela Anvisa pretende proporcionar um consumo adequado de iodo pela população, diminuindo os riscos de doenças tireoidianas. A quantidade atual de iodo no sal é de 20 a 60 mg/kg, a faixa aprovada pela Anvisa é de 15 a 45 mg/kg.

“Além do iodo, a população deve se conscientizar que o consumo exagerado de sódio acarreta diversos problemas de saúde”, conclui.

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