Venda do Cordaptive está suspensa também porque, segundo a empresa, não demonstrou benefícios esperados
Anvisa recomenda que pacientes não interrompam uso por conta própria, mas que procurem o médico antes
O Globo
RIO — A Merck & Co, que opera no Brasil como MSD, suspendeu a
venda e está recolhendo, em todo o mundo, o medicamento Cordaptive
(ácido nicotínico/laropipranto), indicado para controlar os níveis de
colesterol e de outras substâncias gordurosas no sangue. A informação
está publicada no site da empresa.
A empresa e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orienta os pacientes que usam Cordaptive, vendido no Brasil desde 2009, a procurar o médico para reavaliação do tratamento e substituição do medicamento por alternativas terapêuticas existentes. De acordo com a empresa, já foram recolhidos 50% do estoque do remédio disponível no Brasil. Cerca de 1.500 brasileiros usavam o remédio até a divulgação de um primeiro comunicado, feito a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 11 de janeiro.
“Essa decisão foi baseada nos resultados de um estudo clínico internacional que evidenciou um aumento no número de ocorrências de efeitos colaterais graves com o uso de Cordaptive. Além disso, o medicamento não demonstrou os benefícios esperados na diminuição dos principais eventos cardiovasculares em comparação com a terapia convencional”, diz o comunicado da Merck/MSD, publicado nesta terça-feira em jornais de grande circulação. O estudo, feito por uma equipe independente de cientistas, da Universidade de Oxford, envolveu 25.673 pacientes europeus e chineses, que foram acompanhados por quase quatro anos.
De acordo com a Anvisa, o estudo divulgado pela Merk/MSD indica que análises preliminares sugerem que os efeitos colaterais estão dentro das seguintes categorias: sanguíneos e linfáticos, gastrointestinais, infecções, metabolismo, respiratório, músculo-esquelético e pele.
No comunicado encaminhado pela fabricante à Anvisa são descritos como efeitos colaterais graves “aqueles que causam óbito, hospitalização ou prolongamento de uma hospitalização existente, incapacidade significativa persistente, anomalia congênita ou constituem uma ameaça à vida ou um evento clinicamente significativo.” A mesma empresa, no entanto, descartou terem havido mortes por causa do uso do Cordaptive.
A caixa com 14 comprimidos do Cordaptive variava entre R$ 36,34 a R$ 41,39, em função da alíquota de ICMS vigente em cada estado. O Cordaptive tem no mercado nacional dois medicamos similares que também utilizam o ácido nicotínico.
A orientação do laboratório é para os consumidores que já adquiriram o medicamento ligarem para 0800 012 22 32 sobre informações de como devolver as unidades diretamente à MSD. Neste telefone, uma atendente explica que a empresa vai ressarcir o consumidor em R$2,96 para cada comprimido entregue e que agendaria uma visita a casa do consumidor para recolher o medicamento, se necessário. A mesma atendente, no entanto, informa que o remédio não traz risco à saúde e que a Merck está recolhendo o produto para fazer novos testes, o que não condiz com o comunicado oficial.
A empresa e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) orienta os pacientes que usam Cordaptive, vendido no Brasil desde 2009, a procurar o médico para reavaliação do tratamento e substituição do medicamento por alternativas terapêuticas existentes. De acordo com a empresa, já foram recolhidos 50% do estoque do remédio disponível no Brasil. Cerca de 1.500 brasileiros usavam o remédio até a divulgação de um primeiro comunicado, feito a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 11 de janeiro.
“Essa decisão foi baseada nos resultados de um estudo clínico internacional que evidenciou um aumento no número de ocorrências de efeitos colaterais graves com o uso de Cordaptive. Além disso, o medicamento não demonstrou os benefícios esperados na diminuição dos principais eventos cardiovasculares em comparação com a terapia convencional”, diz o comunicado da Merck/MSD, publicado nesta terça-feira em jornais de grande circulação. O estudo, feito por uma equipe independente de cientistas, da Universidade de Oxford, envolveu 25.673 pacientes europeus e chineses, que foram acompanhados por quase quatro anos.
De acordo com a Anvisa, o estudo divulgado pela Merk/MSD indica que análises preliminares sugerem que os efeitos colaterais estão dentro das seguintes categorias: sanguíneos e linfáticos, gastrointestinais, infecções, metabolismo, respiratório, músculo-esquelético e pele.
No comunicado encaminhado pela fabricante à Anvisa são descritos como efeitos colaterais graves “aqueles que causam óbito, hospitalização ou prolongamento de uma hospitalização existente, incapacidade significativa persistente, anomalia congênita ou constituem uma ameaça à vida ou um evento clinicamente significativo.” A mesma empresa, no entanto, descartou terem havido mortes por causa do uso do Cordaptive.
A caixa com 14 comprimidos do Cordaptive variava entre R$ 36,34 a R$ 41,39, em função da alíquota de ICMS vigente em cada estado. O Cordaptive tem no mercado nacional dois medicamos similares que também utilizam o ácido nicotínico.
A orientação do laboratório é para os consumidores que já adquiriram o medicamento ligarem para 0800 012 22 32 sobre informações de como devolver as unidades diretamente à MSD. Neste telefone, uma atendente explica que a empresa vai ressarcir o consumidor em R$2,96 para cada comprimido entregue e que agendaria uma visita a casa do consumidor para recolher o medicamento, se necessário. A mesma atendente, no entanto, informa que o remédio não traz risco à saúde e que a Merck está recolhendo o produto para fazer novos testes, o que não condiz com o comunicado oficial.
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