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5.24.2013

Pés humanos abrigam quase 200 tipos de fungos

Primeiro estudo do tipo revela que lugares favoritos são o calcanhar, debaixo das unhas e entre os dedos dos pés.



  BBC




Pés abrigam até 200 tipos de fungos, diz estudo (Foto: BBC) 
Pés abrigam até 200 tipos de fungos, diz estudo
(Foto: BBC)
Cientistas descobriram que todos nós temos quase 200 diferentes tipos de fungos colonizando os nossos pés.
Segundo um estudo realizado nos Estados Unidos, os fungos vivem por todo o corpo humano, mas seus lugares favoritos são o calcanhar, debaixo das unhas e entre os dedos dos pés.
Fungos inofensivos vivem naturalmente na nossa pele, mas podem causar infecção caso se multipliquem.
No primeiro estudo deste tipo, uma equipe dos Estados Unidos catalogou os diferentes grupos de fungos que vivem no corpo humano, e criaram um mapa dessa diversidade que pode ajudar a combater doenças de pele como o pé de atleta -- uma infecção nos pés causada por fungos.
Da orelha à curva do cotovelo
Uma equipe liderada pelo Instituto Nacional de Pesquisa do Genoma Humano, em Bethesda, Maryland, sequenciou o DNA de fungos que vivem sobre a pele em 14 diferentes áreas do corpo em dez adultos saudáveis.

As amostras foram retiradas do canal auditivo, da área entre as sobrancelhas, da parte de trás da cabeça, da área atrás da orelha, do calcanhar, das unhas dos pés, entre os dedos, do antebraço, das costas, da virilha, do nariz, do peito, da palma da mão, e da curva do cotovelo.
Os dados revelam que a riqueza fúngica varia ao longo do corpo. O habitat fúngico mais complexo é o calcanhar, que abriga cerca de 80 tipos de fungos. Os pesquisadores descobriram cerca de 60 tipos de fungos em pedaços de unhas dos dedos dos pés, e 40 tipos entre dedos.
Outras partes preferidas pelos fungos incluem a palma da mão, o antebraço e o interior do cotovelo, apresentando um nível moderado de fungos, em torno de 18 a 32 tipo diferentes.
Em contraste, a cabeça e o tronco abrigam poucas variedades de fungos -- de 2 a 10 tipos cada.
"Os dados coletados nos dá uma base para o estudo sobre os indivíduos normais que nunca tivemos antes", disse a principal autora da pesquisa, Julia Segre.
"A conclusão é que nossos pés abrigam uma diversidade enorme de fungos, por isso, se você não quiser misturar os seus fungos com os de outra pessoa, é melhor usar chinelos nos vestiários."
Enorme diversidade
O estudo define as diferentes colonias de fungos que vivem normalmente na pele, o que permite criar uma estrutura para investigar as condições de pele causadas por fungos.

Em 20% dos voluntários, os pesquisadores observaram problemas relacionados a infecções fúngicas.
Comentando sobre o estudo, o especialista em fungos Dr. Paul Dyler, da Universidade de Nottingham, disse que fungos normalmente podem co-existir muito bem no corpo humano sem causar qualquer dano, exceto em pessoas com sistema imunológico deficiente.
"O estudo ilustra a enorme diversidade de fungos que crescem no corpo humano. Isso é muito maior do que sabíamos anteriormente", disse Dyler à BBC.

Fungos da micose gostam de ambientes úmidos e fechados

Bem Estar desta 2ª recebeu consultor Caio Rosenthal e dermatologista.
Problema também é comum em atletas e quem frequenta áreas públicas.

Do G1, em São Paulo
O fungo que causa a micose é invisível a olho nu, mas pode estar presente na piscina, na praia, no chão ou em objetos de uso comum. Esse micro-organismo, que gosta de ambientes úmidos e fechados e costuma ser recorrente em atletas e pessoas que frequentam áreas públicas, foi tema do Bem Estar desta segunda-feira (25).
Para falar sobre o assunto, estiveram no estúdio o infectologista Caio Rosenthal, que também é consultor do programa, e a dermatologista Zilda Najjar. Os médicos explicaram como se proteger sem comprometer o lazer e a diversão.
A pele pode servir de porta de entrada para várias doenças, principalmente em locais de grande circulação onde há maior exposição dos pés. A micose não perdoa a falta de cuidados com a higiene, como não secar bem nas dobras e no meio dos dedos, o que deve ser feito com toalha ou secador frio.
Micose (Foto: Arte/G1)
O problema também pode ser transmitido pelo suor, principalmente em academias, onde o ideal é ter à mão papel descartável com álcool para limpar os aparelhos antes e depois de usá-los. Atualmente, o interesse maior pela prática esportiva e pelo contato com a natureza tem aumentado o risco de exposição a ambientes contaminados.
Na manicure, o cuidado deve ser redobrado, por causa do risco de fungos e hepatite B. Alicates e outros objetos de metal devem ser esterilizados em autoclave, enquanto lixas e palitos precisam ser descartáveis ou de uso individual. Bacias devem ser lavadas sempre e toalhas, trocadas a cada cliente. O repórter Renato Biazzi foi ver de perto como trabalham essas profissionais em São Paulo.
Os fungos podem estar presentes, ainda, em parques, na areia, terra ou grama. Além disso, água não tratada devidamente com cloro pode ser um perigo. Segundo a dermatologista, o pano branco não surge mais no verão, mas fica em evidência nessa estação porque as pessoas se bronzeiam e as manchas se destacam.
Já a cândida, que causa o sapinho em bebês, é normalmente encontrada na boca, nos intestinos e na vagina das mulheres. Ela pode se desenvolver porque a criança teve diarreia e colocou a mão na boca, ou porque o bico do seio, as mãos da mãe ou algum objeto (como bico da mamadeira ou chupeta) estão infectados.
Crianças que vivem com o dedo na boca e adultos que lidam muito com água são grupos de risco de unheiro – um tipo de candidose chamado de paroníquia, que atinge primeiro a cutícula e depois causa alterações nas unhas. Donas de casa que trabalham sem luvas e ficam com as mãos úmidas por longos períodos também têm maior predisposição.
Outra micose comum são as tinhas, que atingem o couro cabeludo de crianças e adultos, provocando queda de cabelo. Essa doença pode ser adquirida de outra pessoa ou de animais de estimação que vivem dentro de casa, como gatos, cachorros, coelhos e hamsters.
A frieira ou pé-de-atleta, que aparece entre os dedos dos pés, é de tratamento demorado, porque geralmente o local fica úmido, favorecendo a instalação de micoses. Às vezes, porém, o excesso de umidade faz com que a pele entre os dedos se solte, sem que isso seja micose. O problema só é decorrente de fungo quando a pele descama, racha e aparecem bolhinhas cheias de líquido.
As praias também contêm fungos, na maioria das vezes deixados na areia pelos próprios frequentadores. A água do mar, contudo, não é um meio favorável para a proliferação desses micro-organismos, como a das piscinas. Geralmente, a preocupação maior é com os cachorros que transitam, que podem ter fungos no pelo. As fezes e a urina dos animais transmitem o bicho geográfico, um verme que nada tem a ver com as micoses e que provoca caminhos na pele e muita coceira.
Provador de roupa
Você sabe por quantas mãos e corpos uma peça íntima passa antes de chegar ao seu guarda-roupa? A repórter Marina Araújo foi às lojas de São Paulo conferir quais doenças você pode pegar em um provador.
Muitas pessoas não lavam as roupas antes de vesti-las pela primeira vez, para não perderem o ar de “novas”. Algumas até saem da loja com a aquisição no corpo. E, na hora de provar um tênis, você pede uma meia emprestada para o vendedor? Para evitar problemas, algumas lojas já apostam em meias plásticas descartáveis.

Uso contínuo de sapatos fechados pode provocar chulé e micose

Pés devem ficar arejados e bem secos para prevenir proliferação de fungos.
Microorganismos gostam de ambientes quentes e úmidos; veja como evitar.

Muitas pessoas têm chulé, mas evitam comentar porque é um assunto geralmente associado a falta de higiene e sujeira. No entanto, o chulé é causado pela presença de bactérias e fungos que se alimentam de pele e suor.
Por isso, é importante não usar os mesmos sapatos todos os dias, deixá-los arejados e evitar os tipos apertados e fechados para que o pé não sue e não crie um ambiente favorável para a proliferação desses microorganismos.
Geralmente, esses “intrusos” chegam aos pés da mesma maneira que chegam os fungos que causam a micose e dependem da resistência imunológica de cada pessoa, como explicaram as dermatologistas Márcia Purceli e Anelise Ghideti no Bem Estar desta quinta-feira (1).
Micose 2 (Foto: Arte/G1)
Existem outras recomendações para evitar o chulé, como principalmente lavar e secar bem os pés. Em uma enquete feita no site do Bem Estar, 44% dos internautas disse que usam essa opção como medida para prevenir o problema (veja o resultado no fim da página).
A dica de alternar os sapatos, além de ser uma atitude de prevenção também da micose, pode proteger inclusive as unhas já que os calçados muito apertados podem encravá-las. Por isso, os tipos de bico arredondado são os mais recomendados e, no caso de corredores, o ideal é usar um tênis com dois números a mais. As dermatologistas ressaltaram também a importância de trocar sempre as meias e preferir os tipos de algodão.
No caso da micose, é importante observar se há descamação no pé para não confundir com o excesso de ácido úrico. Quando uma pele fina começa a se soltar, isso é sinal de micose e pode causar coceira ou não. Caso exista essa característica, a preocupação passa para a transmissão do fungo, que pode ocorrer caso a pessoa divida chinelos, meias ou sapatos.
O tratamento é feito não só com a mudança dos hábitos, mas também com um medicamento, que deve ser aplicado em todo o pé por mais ou menos 30 dias – caso seja aplicado da maneira errada, pode deixar o fungo ainda mais resistente.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, a micose não aparece somente entre os dedos; pode aparecer também na sola dos pés ou debaixo das unhas. No caso da micose na unha, o fungo pode ser transmitido, por exemplo, na manicure ou por uma autocontaminação (quando se transfere dos dedos). Para reconhecer esse tipo de micose, é só observar a espessura da unha, que fica visivelmente mais grossa e começa a soltar um pó mais fino.
Segundo a dermatologista Márcia Purceli, não pode cutucar ou usar palitos para tentar limpar a unha já que o fungo fica entre as camadas e essa atitude não vai adiantar nada. Arrancar a unha também não ajuda a curar o problema já que a raiz também pode estar contaminada. Nesse caso, o tratamento pode demorar até um ano, dependendo do crescimento e o medicamento é via oral.
Reflexologia
Além da higiene, os pés precisam também relaxar. A repórter Daiana Garbin foi ver como é feita a reflexologia, uma massagem que ativa diversos pontos do sistema nervoso central tocando alguns pontos dos pés.

Esse tipo de massagem é indicado para pessoas que não têm problemas no sistema nervoso e também pode ajudar como terapia auxiliar para alguns problemas de saúde, estresse, TPM, dores ou até mesmo problemas respiratórios.
Geralmente, há uma conversa antes do procedimento com o terapeuta para que ele saiba o estado de saúde da pessoa para preparar a reflexologia de acordo com as necessidades. Após essa conversa, os pés são colocados em água quente  por cerca de 20 minutos para que os músculos relaxem e os pés não sintam dores na hora da massagem.
Depois, o terapeuta usa cremes e óleos para começar a técnica. Segundo a professora de naturologia Michelly Eggert, alguns movimentos podem ser feitos em casa, como uma repetição de 5 movimentos de deslizamento da base do calcanhar até a ponta do dedo ou o contrário. A pessoa pode também identificar um ponto de tensão e massageá-lo até que a dor diminua.

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