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5.31.2013

Saúde amplia assistência à gestação de alto risco




O Ministério da Saúde informou nesta sexta-feira, 31, que vai investir na ampliação e na qualificação de serviços especializados em atendimento a gestantes que passam por gravidez de alto risco. A portaria que amplia a oferta de maternidades e garante atendimento às gestantes e aos bebês foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta. A estimativa é que sejam investidos R$ 123 milhões ao ano e que 390 mil grávidas sejam beneficiadas.

Segundo o ministério, existem 196 maternidades de referência em gestação de alto risco habilitadas pelo governo. Com a portaria, a expectativa é que o número chegue a 390, enquanto o número de leitos qualificados atinja 2.885 até 2014. As maternidades habilitadas para alto risco tipo 1 (menor complexidade) e alto risco tipo 2 (maior complexidade) vão receber valores diferenciados por cada procedimento - partos e cesarianas em gestação de alto risco.

O texto prevê o repasse de incentivos por cada leito obstétrico classificado como de alto risco. Os leitos reservados para atendimento de alto risco vão receber incentivo de R$ 220 por diária, enquanto os novos leitos obstétricos habilitados receberão R$ 220 de incentivo mais R$ 260 correspondentes aos procedimentos diferenciados.

Segundo o ministério, são consideradas gestantes com gestação de alto risco as mulheres com doenças que podem se agravar durante a gestação ou com problemas desencadeados neste período, como hipertensão, diabetes, infecções, doenças do coração e do aparelho circulatório.
AE


GESTAÇÃO DE ALTO RISCO
É a gestação que ocorre quando existe qualquer doença materna ou condição sócio-biológica que pode prejudicar a sua boa evolução.
Na gestação de alto risco existe risco maior para a saúde da mãe e/ou do feto.
INDICAÇÃO DE ALTO RISCO
Fatores individuais e sócio econômicos
 
idade materna menor do que 17 anos ou maior do que 35 anos
altura materna menor do que 1,45 m
exposição a agentes físico-químicos nocivos e estresse
má aceitação da gestação
situação conjugal insegura
baixa escolaridade
baixa renda
peso materno inadequado
dependência de drogas lícitas ou ilícitas
História ginecológica e obstétrica anterior
 
gestação ectópica
abortamento habitual
infertilidade
anormalidades uterinas
feto morto ou morte neonatal não explicada
trabalho de parto prematuro
recém-nascido de baixo peso
neoplasia ginecológica
cirurgia uterina anterior
hemorragia ou pressão alta em gestação anterior
Doenças maternas prévias ou concomitantes
 
cardiopatia (doença do coração)
pneumopatia crônica (doença dos pulmões)
doenças da tireóide
retardo mental
doenças sexualmente transmissíveis
tumores
doenças psiquiátricas
epilepsia
doenças hematológicas (do sangue)
infecções
Doenças da gestação atual
 
crescimento uterino maior ou menor do que o esperado
gestação gemelar ou múltipla
não realização de pré-natal ou pré-natal insuficiente
hipertensão associada a gestação
diabete associada a gestação
ruptura prematura de membranas (ruptura da bolsa antes de 37 semanas)
isoimunização (doença do RH)
ganho de peso excessivo
O seu médico saberá avaliar a necessidade de um acompanhamento mais rigoroso nas pacientes de alto risco. O conhecimento das patologias coexistentes e o acompanhamento por outros profissionais poderão ocorrer em alguns casos.
Nas gestações de alto risco é imprescindível o estabelecimento preciso da idade gestacional. Isso é realizado pela data da última menstruação (quando a paciente recordar) ou por ecografia precoce.
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