Se você faz parte deste grupo de mulheres que sente mais dor
do que prazer na relação sexual, saiba que isto não é normal, mas a
doença tem cura!
Apesar de ser muito comum, principalmente depois dos 40 anos, poucas mulheres têm coragem de assumir o problema: sentem dor durante a relação sexual. O prolapso genital, nome cientifico do distúrbio, atinge duas em cada dez mulheres e pode ser a causa de algumas doenças, como a incontinência urinária.
Apesar de ser muito comum, principalmente depois dos 40 anos, poucas mulheres têm coragem de assumir o problema: sentem dor durante a relação sexual. O prolapso genital, nome cientifico do distúrbio, atinge duas em cada dez mulheres e pode ser a causa de algumas doenças, como a incontinência urinária.
Popularmente conhecido como 'bexiga caída”, o prolapso genital é caracterizado pela queda da parede da vagina, consequência do enfraquecimento dos músculos da região pélvica, causando o deslocamento de órgãos como útero, bexiga, reto, intestino delgado e uretra.
“Existem quatro graus de prolapso. Nos mais graves, a mulher sente uma bola na região genital, que causa enorme desconforto e constrangimento. Mulheres com prolapso passam a evitar seus parceiros, já que, além da vergonha, o ato sexual pode se tornar doloroso. A doença também prejudica a qualidade de vida, uma vez que causa a perda involuntária de urina”, explica a ginecologista da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e especialista no assunto, Silvia Carramão.
Apesar de frequente, muitas mulheres ainda desconhecem o problema. “É comum elas sentirem vergonha de pedir ajuda ou acharem que é normal, consequência da idade. Algumas apenas buscam tratamento quando o prolapso está bastante avançado”, explica.
O diagnóstico do prolapso é clínico e sua ocorrência está relacionada a múltiplos partos normais ou gravidez, obesidade, menopausa, cirurgias abdominais ou vaginais prévias, envelhecimento e algumas doenças musculares, neurológicas e genéticas. “Estudos mostram que, a cada década de vida, dobra a chance da mulher apresentar o prolapso genital, sendo que 11% das mulheres até os 70 anos precisarão de tratamento cirúrgico", explica.
Quem pode apresentar o prolapso genital
A doença também atinge mulheres jovens, mas é mais comum a partir dos 40 anos principalmente em:
- Mulheres que tiveram mais de uma gravidez ou partos normais
- Após a menopausa
- Mulheres com diabetes, sobrepeso ou com algumas doenças musculares, neurológicas e genéticas
- Cirurgias anteriores
- Histerectomia (retirada do útero)
- Envelhecimento
- Genética
- Etnia
Sintomas
- Desconforto na região genital
- Sensação de saliência na vagina
- Perda involuntária de urina
- Dificuldade ou dor nas relações sexuais
Tratamento
O tratamento varia de acordo com a intensidade. Nos prolapsos mais leves, são indicados exercícios para a região pélvica e, nos casos mais avançados, é necessário o tratamento cirúrgico. A operação pode ser tradicional, para restaurar a anatomia normal, ou com a utilização de malhas sintéticas, por via vaginal ou laparoscópica, que corrigem os defeitos do assoalho pélvico, fortalecendo a região, com taxas de eficácia superiores a 90%.
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