Qual a composição dessa bebida?
O mais conhecido componente dessa saboraza bebida é a cafeína, entretanto, há outras substâncias como as lactonas, a celulose que estimula os intestinos; os minerais, que são aproveitados no organismo; os açúcares que dão o toque final ao sabor; e o material lipídico, responsável pelo aroma. Restam ainda as proteínas, que formam a tinta e dão cor ao café, e o tanino que interfere no sabor.
Especificações e Certificação do café:
Muito lemos sobre as propriedades do café, porém esquecemos que para a realização de um estudo a utilização de uma boa matéria-prima é essencial. Quando verificamos uma boa propriedade de um alimento é importante verificar a procedência desse, assim como quando verificamos uma efeito negativo.
Sabemos, que no Brasil há uma variedade imensa de tipos de cafés vendidos em supermecados ou em lojas especializadas, e a grande diferença nas propriedades pode estar exatamente aí, na procedência. Então vamos entender como funciona essa questão de certificação do café:
Para ser considerado café especial, os grãos devem ter certificação de origem emitida pela BSCA, identificados com o nome da fazenda em que foi produzido e selo de responsabilidade social e ambiental. O selo tem uma numeração que, quando acessada via internet, informa o tipo do café, o local onde foi produzido e a safra, além de apresentar outros dados.
Para obter o selo, além de uma boa safra questões trabalhistas, instalações onde são acomodados os empregados e a segurança no manuseio de ferramentas e equipamentos. Para a conquista da certificação o empreendimento tem que ser sustentável, ter método de produção adequado e grãos de alta qualidade.
O termo Café Especial foi usado pela primeira vez nos Estados Unidos, em 1974, por Erna Knutsen. Insatisfeitos com a qualidade do café importado, os americanos se reuniram e criaram uma associação para defender seus interesses qualitativos sobre o café, e nomearam este grupo de SCAA (Specialty Coffee Association os America). A partir de então, todo café deveria passar por uma seleção prévia para ser aceito. Nesta seleção, alguns pré-requisitos deveriam ser cumpridos, e os avaliadores eram os próprios compradores através de seus experientes provadores contratados. Os pré-requisitos seriam:
1) Cafés 100% Coffea Arabica; 2) Avaliação de apenas 300 grs de um lote; 3) Isenção de defeitos primários (que alteram o sabor); 4) Pontuação acima de 80 por 3 provadores profissionais.
De posse destes itens o café receberia um selo que garantiria sua qualidade.Tipos de café:
No Brasil, a BSCA (Brazil Specialty Coffee Association) começou a atuar em 1992, fundada por fazendeiros interessados em melhorar a qualidade do café!
Espécies: Existem inúmeras espécies de café cultivadas no mundo, mas no Brasil conhecemos apenas duas: o café Arábica (Coffea Arábica) e Café Robusto (Conillon). Cada espécie, por sua vez, tem um grande número de variedades e linhagens.
- O Arábica produz cafés de melhor qualidade, mais finos e requintados. Tem grãos de cor esverdeada, é cultivado em regiões com altitude acima de 800m e é originário do Oriente, de onde resulta seu nome (Etiópia, Yemem).
- O Robusta é originário da África, tem um trato mais rude e pode ser cultivado ao nível do mar (altitudes mais baixas). Não possui sabores variados e refinados como o arábica, dizendo-se que tem um “sabor típico e único”. Sua acidez é mais baixa e, por ter mais sólidos solúveis, é utilizado intensamente nos cafés solúveis. Seu teor de cafeína é maior do que nos arábicas.
Grãos de diferentes variedades, origens e tipos de preparo geralmente são combinados para formar diferentes blends do produto final.
O blend, ou liga, é o grande segredo da qualidade da bebida, já que é o responsável pela característica e qualidade de determinada marca de café, e pela fidelidade do consumidor a esta marca.
Cada marca de café tem o seu próprio blend e todos de boa qualidade.
Tipos de Café
- Pó de Café (torrado e moído) – dependendo do grau de moagem, esse tipo pode ser utilizado para preparar o café de coador ou o espresso.
- Grãos de café torrado – os grãos de café são apenas torrados, mas não moídos. Mais comum para café espresso, esse tipo de produto também está na preferência de consumidores de café coado que não dispensam pó sempre fresco.
- Café solúvel – os grãos são torrados e moídos, depois seus sólidos solúveis são extraídos e solubilizados, resultando o produto na forma de grânulos ou pó.
- Café aromatizado – café com adição de aroma.
- Café gourmet – trata-se de uma indicação comercial de que o produto é o melhor dentro de uma determinada marca ou categoria.
- Café orgânico – produzido em lavouras sem o uso de agrotóxicos fertilizantes químicos.
- Café descafeinado – a cafeína é extraida dos grãos verdes de café, antes de eles serem torrados. Para ser chamado de descafeinado, um café tem que ter mais de 97% de sua cafeína retirada.
- Café Percolado:
a água passa pelo café torrado e moído, extraindo-lhe parte das
substâncias que irão compor a bebida. A preparação do café percolado
pode ser:
- A frio: o café torrado e moído é deixado em infusão em água fria por um período de cerca de 12 horas. O resultado é um café muito forte, geralmente utilizado no preparo de bebidas frias ou servir como ingrediente em culinária.
- A quente sem pressão e com filtro: neste tipo de preparo obtém-se o café filtrado, despejando água quente (não fervida) sobre o café torrado e moído que se encontra em um filtro ou coador. - Café espresso: o café é percolado a quente, mas sob pressão em máquina apropriada.
- Café instantâneo ou solúvel: os grânulos de café preparado industrialmente são simplesmente dissolvidos diretamente em água fervente.
Quer mais informações sobre café, acesse: Sebrae e Mexidos de idéias!
Att
Vanessa Lobato
Vamos tomar um cafezinho.....
ResponderExcluir